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Por — Rio

A Americanas adiou para a próxima quinta-feira a divulgação de seus resultados financeiros relativos aos anos de 2022 e 2021. É a quarta mudança anunciada pela varejista, que já transferiu a divulgação de março para abril e, depois, de 31 de outubro para ontem.

A crise na varejista começou em janeiro deste ano, após o ex-presidente Sergio Rial, que ficou apenas nove dias no cargo, ter anunciado inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões. Isso levou a empresa a um processo de recuperação judicial com dívidas estimadas em mais de R$ 42,5 bilhões. Os balanços de 2021 precisaram ser revistos por causa do rombo.

Ao justificar a nova mudança, a companhia afirmou, em comunicado divulgado na madrugada de domingo para segunda-feira, que foi vítima “de uma fraude sofisticada e muito bem arquitetada”, o que tornou a compilação e análise de suas demonstrações financeiras históricas “uma tarefa extremamente desafiadora e complexa.”

A empresa esclareceu que, apesar de o trabalho de elaboração das demonstrações financeiras dos dois últimos anos já estar finalizado e de os procedimentos de auditoria terem sido “substancialmente concluídos”, ainda não foi possível cumprir todo o rito interno de aprovação previsto na governança da companhia.

A decisão pegou parte do mercado de surpresa, já que no domingo, segundo fontes, a diretoria esteve em reuniões o dia inteiro.

A expectativa é que a divulgação dos resultados ocorra na quinta-feira com a presença de Leonardo Coelho, o atual presidente da empresa, e Camille Loyo Faria, diretora de Relações com Investidores.

Além dos números, a varejista vai atualizar a evolução de seu plano de recuperação judicial e apresentar o plano estratégico que já está sendo implementado e que norteará seu desempenho operacional e financeiro futuros.

Credores céticos

A divulgação dos resultados é essencial, na opinião de credores, para que o plano de recuperação judicial possa ser votado em uma assembleia geral. A expectativa da Americanas, dizem fontes, é que a votação ocorra em 19 de dezembro, último dia antes do recesso da Justiça.

Outro processo que está parado é a venda da Uni.co, dona das marcas Puket, Imaginarium e Lovebrand. Para uma fonte, sem o tamanho real da empresa, os interessados têm jogado o preço do ativo para baixo.

Entre os credores, muitas críticas. Alguns apostam em um novo adiamento, até porque a varejista ainda não tem todas as provas necessárias para calcular o real rombo. Segundo uma fonte, “deverá haver algum valor estimado, com a possibilidade de novos rombos futuros.”

Na semana passada, a Justiça do Rio determinou que a Americanas pague R$ 300 mil mensais à empresa CCC Monitoramento, para monitorar seus números.

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