Americanas recorreu a ex-diretores demitidos para concluir balanço com maior prejuízo da história

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A informação, publicada originalmente pelo “Estado de S.Paulo”, foi confirmada pelo GLOBO. Marcelo Nunes , ex-diretor financeiro, e Flávia Carneiro, ex-superintendente de controladoria da empresa, ajudaram a apontar os "caminhos" do que a varejista classifica como "fraude sofisticada".

Segundo fontes, a atual direção da companhia também recorreu a informações que foram prestadas por outros ex-diretores em depoimentos à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e em documentos enviados à CPI em Brasília para tentar encontrar "rastros" e provas de como a fraude era feita na empresa.

A dificuldade era encontrar o “caminho correto” da verba de propaganda cooperada fictícia, os juros não contabilizados em resultado e as despesas registradas como investimentos. Feito isso, a varejista elevou para R$ 25,2 bilhões o total da fraude registrada, acima dos R$ 20 bilhões esperados pelo mercado.

Uma fonte ligada à companhia disse que a busca por informações precisas foi necessária para encontrar melhores indícios da fraude. “Foi um processo que surgiu da necessidade de se buscar uma solução”, disse essa fonte.

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Os dois ex-executivos, que foram demitidos, fizeram delação premiada em acordo com o Ministério Público Federal.

A Americanas diz que foi vítima de fraude “praticada pela antiga diretoria”. Alegou ainda em seu balanço hoje que “foi vítima de uma fraude sofisticada, baseada na manipulação dolosa de seus controles internos por parte de sua antiga gestão, o que tornou o refazimento das demonstrações financeiras extremamente desafiador, complexo e extenso, requerendo trabalho minucioso e rigoroso”.

Disse também que buscou “em todas as etapas, adotar as melhores práticas”.