A companhia de vestuário fast fashion Shein ingressou confidencialmente com um pedido junto a reguladores do mercado de capitais nos EUA para uma oferta pública inicial de ações. A entrada da gigante chinesa do e-commerce numa bolsa americana aconteceria no ano que vem, disse uma fonte a par dos planos à agência Bloomberg.
A varejista on-line, fundada na China mas atualmente sediada em Cingapura, está contando com a assessoria dos bancos americanos Goldman Sachs, JPMorgan e Morgan Stanley, informou a fonte.
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Shein e os bancos se recusaram a comentar a informação, que foi noticiada em primeira mão pelo veículo Shanghai Securities News.
A Shein se tornou popular graças à sua estratégia de oferecer roupas em uma plataforma de e-commerce com preços muito baixos, seguindo tendências de moda que mudam rapidamente. A companhia tem um valor de mercado estimado em cerca de US$ 90 bilhões em uma abertura de capital nos EUA, estimou a Bloomberg recentemente.
![Taxação de e-commerce internacional no Brasil alcançou a Shein — Foto: Fábio Rossi/Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/z_mlZvSrDXaZjZNYnecaBUU_QgE=/0x0:5760x3708/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/8/Y/dKt1BrQDShuWRdIvZAwQ/102700544-ec-rio-de-janeiro-rj-13-04-2023-taxacao-de-e-commerce-internacional-como-shein-shopee-e-al.jpg)
As vendas da Shein superam com folga as de grandes varejistas de roupas no mundo, como Zara e H&M, no segmento chamado de fast fashion.
Ao mesmo tempo, a companhia vem sendo alvo de escrutínio com denúncias de más condições de trabalho em fábricas parceiras, produção exagerada de peças de baixa qualidade e uso de algodão de uma região da China que é acusada de abrir trabalhos forçados.
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Senadores americanos notificaram o CEO da Shein, Chris Xu, para esclarecer informações sobre as denúncias de violações trabalhistas que estariam por trás de seus preços baixos e rápida troca de coleções.
As críticas não foram suficientes para interromper o seu crescimento meteórico no mundo. No ano passado, a empresa abriu centros de distribuição nos EUA, Canadá e na Europa. Também iniciou a expansão de sua produção local em países como Turquia, Índica e Brasil, onde também foi alvo do aperto da Receita Federal e acabou aderindo ao programa de conformidade para pagar os impostos decorrentes da venda de importados.