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Por Bloomberg — Nova York

A Alaska Air encontrou parafusos soltos em “vários” de seus Boeing 737 Max 9 depois que um painel de uma porta de emergência se desprendeu da fuselagem de um dos aviões no início deste mês, disse o CEO da aérea em entrevista à NBC.

O acidente gerou algumas “conversas muito duras e francas” com a Boeing sobre as operações da fabricante de aviões, disse o CEO do Alaska, Ben Minicucci, na entrevista.

Ben Minicucci, CEO da Alask Airlines: dura conversa com a Boeing após acidente — Foto: Valerie Plesch/Bloomberg
Ben Minicucci, CEO da Alask Airlines: dura conversa com a Boeing após acidente — Foto: Valerie Plesch/Bloomberg

“Eu estou com raiva. Estou mais do que frustrado e desapontado”, disse ele. “Minha pergunta à Boeing é o que eles farão para melhorar seus programas de qualidade internamente?”

Os reguladores de segurança dos EUA ordenaram que todos os aviões Max 9 permanecessem em terra após o incidente de 5 de janeiro, que deixou um buraco na lateral de um jato e forçou um pouso de emergência. Ninguém ficou gravemente ferido. Minicucci disse que havia um “anjo da guarda” no voo.

A qualidade de fabricação da Boeing enfrenta um escrutínio profundo por parte dos reguladores, dos clientes e da própria fabricante de aviões após o incidente. A Alaska e a United, outra grande operadora do modelo Max, realizaram inspeções em algumas aeronaves, aguardando deliberações finais da Administração Federal de Aviação (FAA) dos EUA e da Boeing antes que os aviões possam voar novamente.

Avião voa de 'porta aberta' e faz pouso de emergência nos EUA

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O CEO da United, Scott Kirby, também já expressou suas frustrações com a administração da Boeing a colegas. Apesar de não ter cancelado encomendas do 737 Max 10 que já fez à Boeing, a United não está mais contando com o maior avião dos modelos 737 Max em seus planos internos. O executivo afimrou que a companhia estará trabalhando no que de fato essa decisão resultará na relação com a Boeing.

Uma reportagem do jornal americano Seattle Times afirmou hoje que o painel que se desprendeu da fuselagem do avião da Alaska Airlines foi removido para reparos pela própria Boeing e não pela Spirit AeroSystems, sua fornecedora que havia instalado originalmente o painel no 737 Max 9.

A informação foi atribuída a uma fonte que teve acesso a registros da fabricante de aviões americana sobre uma revisão pela qual passou o jato da Alaska antes do incidente. Esse painel servia para cobrir um buraco na fuselagem do avião previsto na fabricação para possibilidar a instalação de uma porta de emergência extra. Até agora a suspeita era de que os plugs da porta não haviam sido bem afixados pela Spirit.

O que diz a Boeing

Também hoje, o CEO da Boeing, Dave Calhoun, reconheceu a "gravidade" do incidentes com o 737 da Alaska Airlines.

Em um comunicado, a fabricante de aviões americana diz que “lamenta profundamente a perturbação significativa” para clientes, funcionários e passageiros das companhias aéreas.

“Estamos tomando medidas em um plano abrangente para trazer esses aviões de volta ao serviço com segurança e para melhorar nosso desempenho de qualidade e entrega.”

As inspeções levam cerca de 10 horas por porta, disse Minicucci. Assim que a FAA emitir um parecer final, serão necessários vários dias para concluir as inspeções e começar a pilotar os aviões, disse ele. A Boeing também disse que ajudará os operadores do Max 9 a resolver qualquer problema identificado durante as inspeções.

O CEO da Boeing, Dave Calhoun, tem encontros marcados com senadores em Washington esta semana, segundo pessoas familiarizadas com as reuniões, previstas para quarta e quinta-feira.

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