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Por The New York Times — Paris

Bernard Arnault, CEO do império de artigos de luxo LVMH, controla marcas emblemáticas como Louis Vuitton, Dior, Tiffany e Moët & Chandon, nomeou mais dois de seus filhos para fazer parte do conselho da empresa, uma medida para consolidar o controle de sua família sobre o conglomerado mais valioso da Europa.

As nomeações, sujeitas à aprovação de um conselho de 15 pessoas, basicamente mantêm quatro dos cinco filhos de Arnault como os principais tomadores de decisão do grupo, promovendo uma estratégia de sucessão que Arnault, o homem mais rico da França, mapeou meticulosamente durante anos em uma tentativa de estender o legado da LVMH para a próxima geração.

Arnault, de 74 anos, fez o anúncio ao compartilhar os resultados financeiros da LVMH para 2023. Apesar da desaceleração econômica na Europa, nos Estados Unidos e na China, os maiores mercados do grupo, as vendas do ano aumentaram 9%, para € 86,2 bilhões (US$ 94 bilhões). O lucro líquido aumentou 8% para € 15,2 bilhões- um recorde para a empresa.

"Nosso desempenho em 2023 ilustra o apelo excepcional de nossas marcas e sua capacidade de despertar o desejo, apesar de um ano afetado por desafios econômicos e geopolíticos - disse Arnault.

As vendas foram impulsionadas por roupas e artigos de couro, além de perfumes, cosméticos, relógios e joias.

Arnault nomeou Alexandre Arnault, 31 anos, que é vice-presidente executivo de produtos e comunicações da Tiffany & Co. e Frédéric Arnault, 29 anos, CEO da Tag Heuer. Eles se juntariam a dois irmãos mais velhos: Delphine, de 48, que também é presidente e CEO da Christian Dior Couture, e Antoine, de 46, que dirige várias marcas da LVMH e é responsável pelos esforços de imagem e sustentabilidade do grupo. O irmão mais novo, Jean, de 25 anos, é o diretor de relógios da Louis Vuitton.

"Como eu sempre disse, a LVMH é um grupo familiar", ressaltou Bernard Arnault em um comunicado, acrescentando que os dois irmãos "trarão perspectivas interessantes" para o grupo.

Jean Arnault, diretor de relógios da Louis Vuitton, é o filho mais novo de Bernard Arnault, o fundador da gigante francesa do luxo LVMH — Foto: Nathaniel Goldberg
Jean Arnault, diretor de relógios da Louis Vuitton, é o filho mais novo de Bernard Arnault, o fundador da gigante francesa do luxo LVMH — Foto: Nathaniel Goldberg

Ao longo de três décadas, Arnault transformou a LVMH no maior grupo de luxo do mundo e na empresa mais valiosa da França. Suas marcas - 75 delas - são as estrelas do mundo do luxo e incluem Louis Vuitton, Christian Dior, Tiffany e Dom Pérignon Champagne.

Há muito tempo, Arnault trabalha para garantir que o conglomerado - que ele criou adquirindo marcas de luxo europeias que haviam sido enfraquecidas pelas famílias que as possuíam - permaneça firmemente nas mãos de sua própria família.

Em 2022, ele persuadiu o conselho a aumentar a idade de aposentadoria obrigatória do CEO e do presidente para 80 anos, em vez de 75, e criou uma estrutura corporativa que garantiu que seus filhos - cada um deles com funções executivas na empresa - continuassem sendo os principais tomadores de decisão.

Frederic Arnault assumirá a área de relógios do conglomerado de luxo LVMH — Foto: Cyril Marcilhacy/Bloomberg
Frederic Arnault assumirá a área de relógios do conglomerado de luxo LVMH — Foto: Cyril Marcilhacy/Bloomberg

Essas medidas geraram especulações de competição entre os irmãos para saber quem um dia sucederá o pai. Arnault afastou essa conversa em uma entrevista no verão passado ao The New York Times, dizendo: "A melhor pessoa dentro ou fora da família deve ser, um dia, meu sucessor. Mas não é algo que eu espero que seja um duelo em um futuro próximo".

Em 2022, a Forbes nomeou Arnault como o homem mais rico do mundo, posição que ele perdeu quando o preço das ações da LVMH caiu cerca de 20% em meio ao enfraquecimento do crescimento da demanda por produtos de luxo. Atualmente, ele detém o título de segunda pessoa mais rica do mundo, de acordo com a Forbes, superado por Elon Musk, dono daTesla, Space X e da rede social X, ex-Twitter.

No ano passado, a LVMH também foi desbancada como a empresa mais valiosa da Europa pela Novo Nordisk, da Dinamarca, a empresa farmacêutica que fabrica o Ozempic e o Wegovy, medicamentos para diabetes também usados para perda de peso.

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