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Por João Sorima Neto — São Paulo

Os investimentos do setor automotivo no Brasil poderão chegar a R$ 100 bilhões, até 2028/2029, o maior patamar da história desse segmento da indústria. A expectativa é do presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite. Ele disse que se forem confirmados todos os anúncios feitos por montadoras, além de autopeças, que também entram nessa conta, será o maior ciclo de aporte de recursos já visto no país pela indústria automobilística.

— Se tudo se confirmar, há inclusive a possibilidade de ultrapassar esse valor. Ainda não temos o detalhamento, mas vivemos a expectativa de uma pesquisa que fizemos, incluindo o setor de autopeças, de que poderemos chegar a esse patamar — disse Lima Leite, durante coletiva para apresentação dos números de vendas e produção de veículos em janeiro deste ano.

Já anunciaram investimentos expressivos a Volkswagen (R$ 16 bilhões entre 2022 e 2028, sendo R$ 9 bilhões em recursos novos a partir deste ano). A General Motors também anunciou este ano investimentos de R$ 7 bilhões no país.

Juntos, os chineses da BYD e da GWM prometem recursos da ordem de R$ 13 bilhões, nos próximos anos, para começar a fabricar seus veículos por aqui. Na ponta do lápis, até agora, estão anunciados R$ 41 bilhões em recursos, metade desse total nos últimos três meses. A expectativa é que a Stellantis, dona de marcas como Fiat e Peugeot, faça um anúncio em breve.

Ambiente econômico estável

O ambiente econômico mais estável, favorecido por reformas estruturais, como a tributária, as diretrizes trazidas pelo programa Mover, que visa a descarbonização da frota brasileira, começaram a destravar os investimentos na indústria automobilística, disse o presidente da Anfavea. Novos carros híbridos a etanol vão marcar a entrada das montadoras no Brasil na era da eletrificação.

Para Márcio de Lima Leite, a previsibilidade e segurança para investir, estimulam o desembolso de mais recursos para as fábricas brasileiras.

— O anúncio do programa Mover, a volta do imposto de importação dos veículos elétricos, estimulando a indústria local, a reforma tributária, o marco das garantias (projeto que muda regras das garantias para empréstimos, com o objetivo de aumentar o acesso ao crédito e diminuir juros), além da redução da Selic e do crescimento do país estimulam o investimento — explicou Lima Leite.

Ele destacou ainda a estabilidade do câmbio, com o dólar se mantendo abaixo de R$ 5, e a demanda reprimida por veículos no Brasil como fatores que levam o setor a viver uma nova corrida de investimentos, com a largada sendo dada agora.

Risco país em queda

O vice-presidente Geraldo Alckmin, que participou da coletiva da Anfavea, destacou ainda indicadores macroeconômicos, como a queda da inflação e do risco país (de 254 pontos para 137 pontos), além das novas previsões de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que indicam expansão de até 2% este ano, como fatores que beneficiam os investimentos no país.

— E o governo lançou um programa para fortalecer a indústria nacional — o Nova Indústria Brasil (NIB). Além disso, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) vai ter compra de ônibus para o Ministério da Educação e queremos criar um programa permanente de renovação da frota de caminhões e ônibus. No PAC, também está prevista a melhoria da infraestrutura para biocombustíveis e eletrificação — disse Alckmin.

Ele lembrou que o Brasil é o oitavo maior fabricante de veículos do mundo e o sexto maior mercado.

— Temos tudo para nos aproximar dos R$ 100 bilhões de investimento — afirmou o vice-presidente.

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