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Por — São Paulo

O Tribunal de Falências do Distrito Sul de Nova York, nos Estados Unidos, aceitou parte do pedido da Gol para que a Latam apresente informações e documentos sobre movimentações para supostamente “adquirir aeronaves e funcionários da Gol”. A companhia em recuperação judicial nos EUA acusou a Latam de tentar ficar com alguns de seus aviões Boeing 737 e de atrair seus pilotos, aproveitando-se de seu processo de reestruturação.

O juiz Martin Glenn autorizou depoimentos de executivos da Latam, sem revelar quem vai prestar as informações. A Gol havia pedido que CEO e executivos da Latam fossem intimados a fornecer esclarecimentos. Mas a confidencialidade dos documentos, assim como dos depoimentos, será mantida, determinou a Justiça dos EUA.

Além disso, o juiz autorizou que sejam apresentadas cartas enviadas pela Latam aos arrendadores de aviões para Gol. O juiz citou uma carta anexada ao pedido de moção da Gol em que a Latam faz contato com um de seus arrendatários. O magistrado entretanto, negou pedido para investigar uma publicação com vagas de emprego feita pela Latam, argumentando que a companhia tem o direito de contratar funcionários.

Procurada, a Latam afirmou não ter informações sobre a decisão da Justiça americana. A Gol informou estar satisfeita com a decisão e avalia que ela permitirá “que as ações da Latam sejam esclarecidas, além de identificar se descumprem a lei de falências dos EUA e as proteções legais relativas aos ativos da Gol”.

Na semana passada, a Gol denunciou que a Latam estava “em uma campanha deliberada e coordenada” para adquirir seus aviões, atrair lessores (arrendadores de aeronaves) e contratar seus pilotos.

No documento, a Gol afirma que a concorrente “distorceu a capacidade financeira da Gol” no contato com parceiros comerciais dela.

A Latam respondeu, na sexta-feira, que as acusações são “especulações infundadas” e pediu que a moção de emergência pedida pela rival fosse negada. Nas respostas apresentadas ao Tribunal, os advogados da companhia argumentam que a moção busca interferir nos negócios da Latam e que a Gol, com o requerimento, busca “obter informações comerciais confidenciais” sobre os planos de frota da empresa.

“As alegações infundadas dos devedores (a Gol) contra a Latam baseiam-se em uma premissa falsa: que a Latam está buscando “seus” aviões dos “seus” arrendadores e tentando contratar “seus” pilotos. Isso é pura especulação e está incorreto", afirma a empresa, que acrescenta que poderá reivindicar reparação pelo que chama de conduta difamatória da Gol.

O cabo de força entre duas das três maiores companhias aéreas do mercado brasileiro acontece em um momento em que o mercado de aviação passa por uma escassez no fornecimento de aviões e motores. A Gol tem como estratégia operar exclusivamente com aviões do modelo Boeing 737, que não fazem parte, atualmente, da frota da Latam.

Entre as acusações da Gol, estava justamente o fato da Latam supostamente se aproveitar de sua reestruturação judicial para avançar na obtenção de sua frota de Boeing 737, entrando em contato com seus arrendadores para apresentar ofertas e "distorcer" informações sobre a Gol.

Nesta sexta-feira, a Latam rebateu também esta acusação e afirmou que busca aeronaves de diferentes fabricantes. A empresa acrescentou, ainda, que solicitou propostas para cerca de 50 arrendadores, entre eles os que operam com a Gol.

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