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Jean Paul Prates, demitido nesta terça-feira da presidência da Petrobras, disse nesta quarta-feira que está "triste" com sua saída. A declaração foi dada pelo executivo ao deixar a companhia no início desta tarde. Prates esteve na sede da estatal no Centro do Rio para buscar seus pertences pessoais e se despedir da equipe.

Ele fez questão de sair pela porta da frente da empresa, onde jornalistas e funcionários da estatal acompanhavam sua despedida. Na véspera, Prates foi demitido por Lula em reunião que durou apenas 20 minutos. Segundo relato de fontes próximas ao executivo, ele foi a Brasília achando que teria um encontro de rotina com o presidente.

- Não sei o que vou fazer ainda. Estou pensando em política. Não vou tomar decisão nenhuma agora. Agora, vou pensar. Estou triste. Só isso - afirmou ele, na saída da sede da empresa. - Não sei os planos. Eu sempre trabalhei. Vivo das minhas horas de trabalho.

Prates, que é senador licenciado pelo PT, disse que não sabe se continuará no partido. O executivo foi demitido pelo presidente Lula após atritos com o governo e será substituído por Magda Chambriard, ex-diretora da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

'O mercado entendeu', diz Prates sobre 'abrasileirar os preços'

Na saída da sede da estatal, Prates foi aplaudido por funcionários e fez um rápido balanço de sua gestão na estatal. Disse que a principal missão foi estabelecer uma política de preços para os combustíveis a pedido do próprio presidente Lula, de "abrasileirar os preços". E que isso foi feito sem comprometer os resultados da empresa.

- Principalmente deixamos uma política de preços que o presidente pediu, quando disse que ia abrasileirar os preços. O mercado entendeu, e a gente conseguiu explicar isso. Mostramos que a gente conseguiu fazer esses preços sem perder dinheiro. E isso favorece a economia, o governo, o cidadão e a cidadã, além de todas as áreas, como GLP, gasolina, diesel e no frete. Deixamos um legado importante. Todos acreditavam que, quando a gente chegou, isso ia ser impossível ou ia destruir o valor da ação. E não foi assim.

As ações da Petrobras, que chegaram a ter fortes perdas após a polêmica em torno da distribuição de dividendos da companhia, ainda acumulavam alta de 17% na Bolsa de Valores de São Paulo até a última terça-feira.

Nesta quarta, após o anúncio da saída de Prates, os papéis chegaram a recuar mais de 9%. Prates mencionou, na sua despedida, a polêmica em torno dos dividendos:

- Essa foi a missão mais difícil. Mudamos a política de dividendos e conseguimos entregar com a ação (da empresa) subindo - disse Prates, ao deixar a empresa.

Prates listou ainda algumas das principais iniciativas operacionais e gestão durante seu mandato.

-Fizemos uma reunião em Houston com os estaleiros nacionais e internacionais. Deixamos uma empresa muito bem encaminhada. As pessoas estão felizes e gostando de trabalhar aqui. Fizemos concursos, aumentamos a força de trabalho. Eliminamos a atmosfera ruim que estava aqui, de estar vendendo (ativos), de não se saber o futuro da empresa. Anunciamos o futuro da empresa - afirmou ele.

'Não tem inimigo'

O ex-presidente da Petrobras destacou a volta dos investimentos em transição energética. Disse que "não tem inimigo".

- Deixamos a transição energética encaminhada com bons projetos em portfólio que estão sendo analisados agora, com energia offshore, hidrogrênio, captura de carbono, coprocessamento (com óleo vegetal) nas refinarias, atuação no biocombustível que não é incongruente com nada que o setor já faz no Brasil. Não tem inimigo. A Petrobras não vê ninguém como concorrente ruim. A Petrobras é colaborativa. E vai ser a maior compradora de óleo vegetal do país de novo e pode ser a maior compradora de etanol novamente. Vai ajudar na eólica, na solar. Acho que deixamos isso.

Perguntado se deixava uma Petrobras melhor para Magda Chambriard, Prates diz que sim:

- Sem duvida é uma empresa melhor.

Em post na rede social, Prates disse que sente orgulho de ter começado sua carreira na Petrobras.

-Essa é uma empresa que forma profissionais. Agradeço especialmente ao presidente Lula a oportunidade e a responsabilidade de chefiar a empresa no começo desse nosso governo, de dar partida no processo de transição para uma empresa de energia preparada para o futuro.

Ao agradecer a diretoria, lembrou da criação de uma área dedicada à transição energética e criticou a orientação do governo anterior que "militava contra a sustentabilidade".

-Conseguimos mais apoio dos investidores, tivemos desempenho histórico das refinarias e nos reposicionamos no setor como multinacional.

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