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Por — Rio de Janeiro

Em meio a um cenário de reestruturação das empresas de saúde no país, Amil e Dasa estão negociando a possível junção de hospitais dos dois grupos, segundo reportagem do Valor Econômico desta sexta-feira.

Em fato relevante divulgado hoje, a Dasa, da família Bueno, afirmou que uma possível transação com a Amil estaria em linha com as iniciativas operacionais e estratégicas da empresa anunciadas quando foi informado o aporte de R$ 1,5 bilhão da família controladora.

No entanto, a companhia destaca que não há garantias de que essa operação será efetivamente realizada.

Segundo a Dasa, qualquer transação cuja implementação resulte na redução da dívida líquida em, pelo menos, R$ 2,5 bilhões, dispara o critério de fixação de preço de ações a serem emitidas no aumento de capital, para evitar assimetria de informações.

Cada companhia conta com cerca de 12 hospitais, com unidades distribuídas em diferentes regiões do país, com marcas reconhecidas. Entre elas, estão, por exemplo, Nove de Julho, Santa Paula e Leforte, que pertencem à Dasa, enquanto Samaritano e Pró-Cardíaco, à Amil.

A possibilidade de uma combinação dos hospitais de Amil e Dasa acontece num momento em que outros negócios vêm sendo firmados no setor. No começo do mês, a Rede D’Or e Bradesco Seguros juntaram forças para criar uma empresa de hospitais que abre as portas já no segundo semestre, com três unidades da bandeira São Luiz. Juntos demandaram investimentos de R$ 1,1 bilhão.

Sinergia e redução de custos

Na visão de Bruno Komura, analista da Potenza Capital, a união entre Dasa e Amil pode ser proveitosa para ambas as empresas. Para a primeira, que está muito endividada, seria uma solução para evitar o acionamento de um dispositivo em que credores podem pedir a antecipação do pagamento das dívidas. Para a Amil, é uma oportunidade de ter acesso a uma rede de hospitais maior e, ainda, entrar em uma operação na qual não é tão forte — laboratórios.

— Pode gerar sinergia para ambas. Dasa está muito alavancada. Ela poderia receber novos aportes do controlador; vender alguns hospitais, que são bons ativos e que encontrariam compradores; ou fazer essa operação com a Amil — explica. — Acho a última opção mais favorável porque acredito bastante na tese de verticalização do setor de saúde. A Amil é um bom parceiro para fazer a gestão de hospitais, como o Nove de Julho.

Paulo Luives, especialista da Valor Investimentos, destaca que o mercado reagiu positivamente à notícia por serem duas empresas importantes no setor. Enquanto a Amil tem cerca de três milhões de beneficiários e ativos hospitalares em relevantes regiões do país, a Dasa é uma das maiores redes de diagnósticos e que também faz a gestão de grandes redes de hospitais em São Paulo, no Rio e em regiões metropolitanas.

— Essa fusão permitiria aumentar a integração vertical. Teríamos um melhor controle de custos e poder de negociação com fornecedores, já que o volume de pedidos será maior. Qualquer eficiência operacional gerada já ajuda muito no resultado final da companhia — diz.

Embora a operação ainda precise ser aprovada, João Lucas Tonello, analista da Benndorf Research, estima que haveria benefícios também para os consumidores:

— A combinação de recursos e expertise das duas empresas pode levar a uma melhoria na qualidade dos serviços prestados aos pacientes. Eles também podem se beneficiar com acesso a uma rede mais ampla de hospitais e diagnósticos.

Por outro lado, Tonello pondera que a integração de ativos seria complexa, considerando a densidade das unidades de negócios presentes em ambas as empresas, o que poderia levar os investidores a devolverem os ganhos da ação. Além disso, a fusão pode ter implicações nos setores hospitalar e de planos de saúde, afetando a concorrência e a oferta de serviços médicos.

* Com Valor Econômico

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