Em meio a especulações sobre fusão, Gol admite 'discussões' entre seu controlador e a Azul

A empresa divulgou carta enviada ontem por seu diretor de Relações com Investidores, à Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, em resposta a um pedido de esclarecimentos sobre reportagem do jornal Valor que apontou o recente acordo de codeshare firmado entre Gol e Azul como um passo para uma possível fusão, citando bastidores da negociação entre as duas empresas.

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A reportagem diz que, em vez de a Azul comprar a Gol, estaria em cogitação uma combinação de negócios entre a Azul e o Grupo Abra, com a formação de uma nova empresa da qual o controlador da Gol seria acionista.

Essa possibilidade também foi aventada no mês passado por uma reportagem da Bloomberg, reproduzida pelo GLOBO. O Grupo Abra passaria suas ações da Gol para a Azul em troca de uma participação na nova companhia aérea combinada, disse uma fonte à agência.

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No comunicado divulgado hoje, a Gol reiterou que seus executivos pretendem conduzir um processo de busca de alternativas financeiras para a empresa, que está em recuperação judicial nos EUA. No entanto, a companhia informou que esse processo ainda não foi iniciado e que "nenhuma negociação com a intenção de concluir uma transação foi iniciada pela companhia com qualquer terceiro".

Em seguida, no ofício à B3, admitiu que seu controlador mantém conversas com a Azul, mas frisou que um eventual negócio entre essas empresas não seria necessariamente vinculada à Gol no Brasil.