Negócios
PUBLICIDADE

Após alguns adiamentos, os credores da Light aprovaram em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira o plano de recuperação judicial do Grupo Light (Light SA), controlador da distribuidora Light Sesa e da geradora Light Energia.

O pedido de recuperação judicial foi aceito pela Justiça em maio de 2023, após a a companhia alegar não ter geração de caixa suficiente para garantir sua sustentabilidade financeira. A Light fornece energia para 31 municípios do Rio de Janeiro.

A assembleia, que começou às 14h, aprovou o plano de recuperação da Light SA com 99% dos votos, segundo fontes.

Segundo o CEO da empresa, Alexandre Nogueira, a aprovação representa a crença de acionistas e credores no futuro da empresa.

-- É a crença de que se acredita na recuperação e transformação da companhia. Haverá agora o equilíbrio financeiro e econômico, além da continuidade da empresa -- diz Nogueira.

A versão do plano apresentada na assembleia sofreu modificações desde o ano passado para atender aos interesses dos diversos credores. No mês passado, o Conselho de Administração da Light aprovou os termos do novo plano. O plano prevê o aporte de recursos na companhia, mediante aumento de capital, e o pagamento integral de credores com valores a receber de até R$ 30 mil.

Antes da assembleia, lembram fontes do setor, a empresa intensificou as conversas com os principais credores, como bondholders, bancos e donos de debêntures. No mês passado, a Light informou que o novo plano tem o objetivo de "soerguimento da companhia e superação da sua atual situação econômico-financeira, assim como a continuidade da prestação dos serviços no âmbito das concessões de titularidade do Grupo Light, a preservação de valor e a promoção de sua função social".

Capitalização deve ocorrer até o fim do ano

Assim, o plano aprovado da Light envolve capitalização no valor de R$ 3,2 bilhões. Deste total, R$ 1 bilhão vem dos acionistas de referência da companhia — Nelson Tanure, Ronaldo Cézar Coelho e Beto Sicupira, que detêm 65% dos papéis do grupo.

Além disso, outros R$ 2,2 bilhões são oriundos da conversão de dívida em novas ações. Dessa forma, o plano prevê a conversão de ao menos 35% dos créditos por ações por parte dos credores.

Além da conversão, o restante dos créditos será remunerado por IPCA mais 5% ao ano, com pagamento em oito anos. Para os credores que não aderirem à conversão, a taxa será de 3% e amortização em 13 anos.

Com o plano, a dívida cai de R$11 bilhões para R$7,8 bilhões. Além disso, há o alongamento das dívidas, assim como o período de carência de 3,5 anos. Rodrigo Tostes, CFO da empresa, afirmou que nos próximos 15 dias começa a ser feita a listagem dos credores que aceitam a conversão e, com isso, após a homologação do plano, em 60 dias será feito o pagamento dos credores com valores a receber de até R$ 30 mil.

-- A expectativa é que o aumento de capital, com a aporte de R$ 1 bilhão, ocorra até o fim do ano. Para isso, há uma série de condições, como a homologação do plano, a troca da dívida por ações dos credores e questões regulatórias, como a renovação da concessão. A aprovação foi um voto de confiança. Além da redução da dívida, o mais importante é que a Light vai conseguir pagar e continuar a prestar seus serviços - explica Tostes.

Aneel arquiva intimação de caducidade da concessão

Semana passada, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) arquivou o termo de intimação que pedia a caducidade do contrato de concessão da Light. O processo foi aberto no ano passado após o pedido de recuperação judicial pela Superintendência de Fiscalização Econômica, Financeira e de Mercado. "A Light vem claramente adotando providências que poderão resultar em sua recuperação", disse em seu voto o diretor da Aneel Hélvio Guerra, que foi o relator do processo.

Analistas lembram que, embora não haja mais preocupação de caducidade neste momento, a renovação do processo de concessão da Light é essencial para a recuperação da companhia. Na Aneel, o tema só deve ser iniciado nos próximos meses.

A concessão atual da Light vence em julho de 2026, mas as negociações de renovação começam dois anos antes.

- O sucesso do processo de recuperação judicial da Light é uma vitória não só da companhia, que conseguiu readequar seu passivo, mas também dos credores e do setor elétrico - diz Rodrigo Cotta, sócio do escritório Salomão Advogados.

Mais recente Próxima BHP retira oferta de US$ 49 bi pela Anglo, e desiste do que seria o maior negocio de mineração em mais de uma década
Mais do Globo

Pais iniciou investigação abrangente sobre assassinato de Ismail Haniyeh, evento que foi entendido como um sinal de quão prejudicial e chocante foi a falha de segurança

Oficiais de inteligência e até militares: Irã faz diversas prisões em busca de suspeitos do assassinato do líder do Hamas

Campeã saltou de 13 mil para 1,4 milhão de fãs no Instagram

Após ouro na Olimpíada, Bia Souza vê número de seguidores aumentar 19.000%

Artem Viktorovich Dultsev e Anna Valerevna Dultseva se passavam por família argentina que vivia na Eslovênia

Filhos de espiões que 'descobriram' que eram russos em voo não sabiam quem é Putin e só falam espanhol

A voz da jogadora será dublada pela atriz Paola Oliveira no 'Fantástico'

Isabel do vôlei terá sua história contada em animação

Comportamento de atleta chamou a atenção até de Elon Musk; ela foi prata no tiro esportivo de 10m

Paris-2024: 'Pistoleira marrenta' que conquistou web fica em 27º na prova em que prometeu ouro

Consumidor pode 'reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação' 'em trinta dias, tratando-se de fornecimento de produtos não duráveis', caso de produtos como o café

Comprou café impróprio para consumo? Veja como proceder após Ministério da Agricultura reprovar 16 marcas

No Instagram, PA fica atrás apenas dos aposentados Usain Bolt e Caitlyn Jenner; ele é o segundo representante brasileiro mais seguido

Atleta do Brasil nos 100m rasos, ex-BBB Paulo André é esportista do atletismo com mais seguidores no mundo nas redes sociais

David Pina conquistou torcida com cabelo no formato de Mickey Mouse

Primeiro medalhista de Cabo Verde teve de parar preparação para Paris-2024 para trabalhar como pedreiro em Portugal: 'Dinheiro acabou'