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O prefeito do Rio, Eduardo Paes, sancionou hoje a lei que cria incentivos para a instalação de uma nova Bolsa de Valores na cidade. A Câmara de Vereadores do Rio aprovou uma redução do Imposto Sobre Serviços (ISS) para empresas dessa área na cidade, o que dará à futura Bolsa do Rio um redução de 5% para 2% na alíquota do ISS.

Nas redes sociais, ele recorreu ao bom-humor para brincar com a velha rivalidade entre paulistanos e cariocas. Atualmente, São Paulo tem a única Bolsa de Valores do país.

Em cerimônia realizada na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), ao lado do prefeito, o CEO do Americas Trade Group (ATG), Cláudio Pracownik, previu o início das operações da nova Bolsa do Rio, ainda sem nome oficial, para o segundo semestre de 2025. O projeto da ATG é um desafio à Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, que atualmente é a única Bolsa brasileira.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, provoca 'farialimers' exibindo um copo Stanley para chamar a atenção para lançamento de nova Bolsa de Valores no Rio — Foto: Reprodução/Instagram
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, provoca 'farialimers' exibindo um copo Stanley para chamar a atenção para lançamento de nova Bolsa de Valores no Rio — Foto: Reprodução/Instagram

O Rio já teve pregões de ações, mas viu a sua antiga Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ) fechar em 2002, após longa agonia. Agora, com o projeto de uma nova instituição do tipo capitaneado pela ATG, empresa de tecnologia financeira que tem o fundo Mubadala, dos Emirados Árabes Unidos, como sócio, Paes resolveu usar as redes sociais para brincar com a eterna rivalidade entre Rio e São Paulo.

Em pré-campanha à reeleição, ele afirmou que começam a crescer no Rio o estilo dos "farialimers", em referência à avenida que se tornou o coração financeiro de São Paulo, num texto cheio de palavras em inglês que não saem da boca dos analistas de mercado.

Exibiu um copo Stanley, vestiu coletinho simulando trabalhar num terminal de investimentos e lembrou que os patinetes de aluguel estão de volta às ruas do Rio. E terminou com a provocação maior: avisar que, na capital fluminense, o "beach tennis é na praia de verdade”.

A brincadeira serviu para Paes demonstrar sua confiança na abertura da nova Bolsa para incrementar o setor financeiro no Rio, que, segundo ele, geraram R$ 1,5 bilhão em arrecadação nos últimos três anos em ISS (tributo municipal).

Na cerimônia, Paes afirmou que batizou para si a lei que dá incentivos à Bolsa de “Bernardo Paes”, em referência ao seu filho, Bernardo, que hoje estuda economia numa faculdade no exterior, na esperança de que ele possa, no futuro, trabalhar no Rio:

— Ele está fazendo faculdade no exterior, de Finanças e Economia, e o modelo que ele quer seguir é de banqueiro em São Paulo. Falei “ai meu Deus do céu, quando se formar vai morar em São Paulo. Que desonra!”

Indefinição sobre o local

Ainda não está definido onde, na cidade, será localizada a nova Bolsa. Pracownik afirmou que procura um imóvel entre o Centro e a Zona Sul. Ele disse que a proximidade do Aeroporto Santos Dumont é um fator importante e que também “precisa ter uma vista para a cidade”. Sobre o nome da futura Bolsa, ele disse que não haverá “Rio” no título, e que o Mubadala, acionista de referência da ATG, opinou sobre o batismo, mas não quis revelar:

— O nome vocês conhecerão em breve, mas a Bolsa, apesar de estar no Rio, é do Brasil.

Antiga Bolsa do Rio foi palco de privatizações e escândalos

Com um icônico edifício na Praça XV, no Centro, a antiga Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ) remontava do século XIX, mas viveu uma longa agonia até ser fechada em 2002 na esteira de escândalos financeiros.

Em 1989, uma crise especulativa que tinha como principal personagem o investidor Naji Nahas quebrou o balcão carioca e quase colapsou uma série de corretoras. Depois desse escândalo, os pregões da Bolsa do Rio nunca mais foram os mesmos. A perda de credibilidade provocou um esvaziamento da Bolsa, com a migração de empresas para a então Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

Na década de 1990, a BVRJ foi o cenário de vários leilões de privatização, como os da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e a mineradora Vale do Rio Doce, com direito a embates entre manifestantes e policiais na porta do prédio da Praça XV. Em 2002, já sem pregões, a Bolsa do Rio foi incorporada pela de São Paulo, que também absorveria a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), formando a B3.

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