Desconfiança e medo. Esses são os principais motivos alegados por funcionárias da Caixa Econômica Federal para não denunciar o ex-presidente Pedro Guimarães por assédio sexual. Por três anos e meio, o executivo comandou o banco impondo uma gestão classificada por ele próprio como meritocrática, para promover aos principais cargos do banco quem se destacava no trabalho.
Na prática, para ganhar um lugar no seu time, era preciso participar de uma espécie de pacto de fidelidade, segundo relatos das vítimas que romperam o silêncio e denunciaram o executivo não só por assédio sexual, mas também moral, numa dinâmica de demonstração de poder que reforçou sua proteção.
Apenas dois meses depois de assumir a Caixa, em janeiro de 2019, Guimarães fez uma reestruturação no banco e trocou os ocupantes de 105 dos 120 principais cargos executivos, incluindo vice-presidências, diretorias e superintendências, por pessoas tidas como da sua confiança.
![Mulheres protestam na porta da sede da Caixa, em Brasília, após denúncias de assédio sexual — Foto: Cristiano Mariz](https://s2-oglobo.glbimg.com/mykepTQ_Rp9Z3QqR4xjA1KaUY1M=/0x0:1680x1120/1008x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/c/R/udtqXqRma7VNfBuc5kKw/99714191-mariz-pa-brasilia-29-06-2022-manifestacao-caixa-economica-assedio-sexual-manifestacao-1-.jpg)
Depois disso, as trocas eram constantes, principalmente na cúpula da estatal. Quem prejudicasse seus interesses ou questionasse suas decisões dele perdia o cargo, conta um executivo.
O clima constante de ameaças e destituições permeava o ambiente em que mulheres disseram ser importunadas por Guimarães, que se tornaria um dos auxiliares mais próximos do presidente Jair Bolsonaro.
Elas só romperam o silêncio depois que o Ministério Público Federal iniciou uma investigação sigilosa, revelada juntamente com depoimentos de vítimas pelo site Metrópoles no fim de junho. O executivo pediu demissão, mas negou as acusações.
![Pedro Guimarães, então presidente da Caixa, circula no Palácio do Planalto: um dos principais auxiliares do presidente Jair Bolsonaro pediu demissão após ser alvo de denúncias de assédio — Foto: Cristiano Mariz](https://s2-oglobo.glbimg.com/vXkga9md3jQDHAHrCsxukF1_RlU=/0x0:5814x3762/1008x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/r/v/rO5WuFROKQSxjlBXiBiw/96146677-mariz-pa-brasilia-df-11-11-2021-pedro-eduardo-guimaraes-caixa-economica-pedro-duart.jpg)
Na avaliação de vítimas ouvidas pelo GLOBO, o próprio organograma da Caixa funciona de forma a proteger Guimarães. O canal de denúncias é ligado à vice-presidência de risco. A Corregedoria responde à presidência da Caixa, e não ao Conselho de Administração.
Depois que as denúncias vieram a público, a Caixa admitiu que recebeu uma denúncia em maio e abriu investigação, sem consequência até agora. A substituta de Guimarães, Daniella Marques, prometeu apuração rigorosa e afastou auxiliares do ex-presidente.
Mesmo após a saída de Guimarães, poucas funcionárias aceitam falar sobre o assédio. As que testemunham, pedem para não serem identificadas. O receio de sofrer represálias permanece. O temor é o de não de conseguir avançar na carreira ou ser transferida para outra cidade.
![Mulher distribui flores na sede da Caixa em protesto por denúncias de assédio sexual — Foto: Cristiano Mariz](https://s2-oglobo.glbimg.com/b3h8QpThrptV0GXk7DY5vEaqqv0=/0x0:6720x4480/1008x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/X/W/Fqk3fKTWer31e3dA7MZw/99711921-mariz-pa-brasilia-29-06-2022-manifestacao-caixa-economica-assedio-sexual-manifestacao-de-f.jpg)
Uma funcionária disse ao GLOBO que os abusos eram cotidianos, em atitudes inapropriadas ou constrangedoras muitas vezes disfarçados de brincadeiras. Em uma viagem de trabalho, ela conta que Guimarães pediu a uma funcionária de outro banco que fazia parte da comitiva para tirar os sapatos porque queria ver seus pés. A mulher ficou muito desconcertada e não atendeu o pedido.
Outra testemunha contou ter sido assediada por Guimarães nessas viagens e também na sala dele, com pedidos de abraços. Como se cercou de aliados fiéis, era difícil contar com outras testemunhas, diz ela:
— Ele foi muito esperto, colocou no poder apenas pessoas de sua extrema confiança, que abafavam os casos, faziam vista grossa e, em algumas situações, até participavam.
Pé na lama e dança em quadrilha: veja fotos do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, em viagens pelo Brasil
![presidente da Caixa, Pedro Guimarães, posa na lama de um mangue em Belmonte, na Bahia - Foto: Divulgação/Caixa](https://s2-oglobo.glbimg.com/oFK-1mVEc5fRLqjOZDpFV0O7U6w=/0x0:624x416/648x248/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/L/A/6yM3O8T0CQJLq1GqZaEw/caixa-pedro-guimaraes.jpg)
![presidente da Caixa, Pedro Guimarães, posa na lama de um mangue em Belmonte, na Bahia - Foto: Divulgação/Caixa](https://s2-oglobo.glbimg.com/U_yvxLo4H85V7R_pcs9yQzawfj8=/624x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/L/A/6yM3O8T0CQJLq1GqZaEw/caixa-pedro-guimaraes.jpg)
presidente da Caixa, Pedro Guimarães, posa na lama de um mangue em Belmonte, na Bahia - Foto: Divulgação/Caixa
![m Campina Grande, na Paraíba, Guimarães se arriscou dançando quadrilha na capital brasileira do forró](https://s2-oglobo.glbimg.com/eVIOYV9GkmJxacdeDCdojlizhHM=/0x0:628x417/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/e/v/bqJvLhQA2z7GLrUlTAwA/caixa-1-pedro-guimaraes.jpg)
![m Campina Grande, na Paraíba, Guimarães se arriscou dançando quadrilha na capital brasileira do forró](https://s2-oglobo.glbimg.com/S8iuCSTTYz6J14M9FJ2rrSi0zdU=/628x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/e/v/bqJvLhQA2z7GLrUlTAwA/caixa-1-pedro-guimaraes.jpg)
m Campina Grande, na Paraíba, Guimarães se arriscou dançando quadrilha na capital brasileira do forró
Publicidade
![Pedro Guimarães ajuda a plantar uma árvore em Cruzeiro do Sul, no Acre. Foto:Caixa/Divulgação](https://s2-oglobo.glbimg.com/A-ijBpaP4ELDWCsIeKGyOOfuoZo=/0x0:674x401/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/G/o/Ba544GT52WJ3UbqH3woA/caixa-2-pedro-guimaraes.jpg)
![Pedro Guimarães ajuda a plantar uma árvore em Cruzeiro do Sul, no Acre. Foto:Caixa/Divulgação](https://s2-oglobo.glbimg.com/ZFUaKiCB4--z2b9ib8j4Etoja00=/674x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/G/o/Ba544GT52WJ3UbqH3woA/caixa-2-pedro-guimaraes.jpg)
Pedro Guimarães ajuda a plantar uma árvore em Cruzeiro do Sul, no Acre. Foto:Caixa/Divulgação
![Além de fazer contatos com políticos, Guimarães também visita locais que têm desafios urbanos, como um lixão em Itabuna](https://s2-oglobo.glbimg.com/bVvvqAoVItTjD4_3k2OaEnOjWAI=/675x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/H/7/4ah3LQRBuOUWwisLyYnQ/caixa-3-pedro-guimaraes.jpg)
Além de fazer contatos com políticos, Guimarães também visita locais que têm desafios urbanos, como um lixão em Itabuna
Publicidade
![Pedro Guimarães é abraçado por Bolsonaro: o executivo conquistou a confiança do presidente. Foto: Daniel Marenco](https://s2-oglobo.glbimg.com/PbszdMECn9o8vF_a3K72thwfoXs=/678x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/l/2/JhQQnXTTqB10VvpBtQWQ/caixa-4-pedro-guimaraes.jpg)
Pedro Guimarães é abraçado por Bolsonaro: o executivo conquistou a confiança do presidente. Foto: Daniel Marenco
![Guimarães participa de transmissão na internet de Bolsonaro. O presidente da Caixa é figura fácil nas lives de quita](https://s2-oglobo.glbimg.com/GiQCebrFFDs1D78xm70KOYE2Aa8=/674x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/p/W/WuXBiJTl6LvrrGD5R3PA/caixa-5-pedro-guimaraes.jpg)
Guimarães participa de transmissão na internet de Bolsonaro. O presidente da Caixa é figura fácil nas lives de quita
Publicidade
![Guimarães conversa com o ministro Paulo Guedes, que o convidou para a Caixa no fim de 2018. Foto: Daniel Marenco](https://s2-oglobo.glbimg.com/U2FuWZmaeFuDPAMcTxQArSZWu7A=/674x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/f/T/59uOYDSDeP4jiZJZSTJw/caixa-6-pedro-guimaraes.jpg)
Guimarães conversa com o ministro Paulo Guedes, que o convidou para a Caixa no fim de 2018. Foto: Daniel Marenco
![Guimarães com Flávio Bolsonaro,: Foram os filhos do presidente Bolsonaro que o apresentaram ao executivo](https://s2-oglobo.glbimg.com/qaaftfn3PsVH96eC78QTEDYpUW8=/671x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/5/U/JLvM2kT3GCWrbhjiZ3xA/caixa-7-pedro-guimaraes.jpg)
Guimarães com Flávio Bolsonaro,: Foram os filhos do presidente Bolsonaro que o apresentaram ao executivo
Publicidade
![Gestão marcada por tensão interna: afastou ou trocou de lugar mais de dez executivos. E não tolera discordâncias](https://s2-oglobo.glbimg.com/B4V2ki_2eFFuK1104PLWCMEYy6Y=/676x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/A/E/lA9PrOSQyw9VBWOftOZA/caixa-8-pedro-guimaraes.jpg)
Gestão marcada por tensão interna: afastou ou trocou de lugar mais de dez executivos. E não tolera discordâncias
![Os resultados de Guimarães são bem avaliados. Banco bateu recorde de lucro em 2019 e 2020. Foto: Daniel Marenco](https://s2-oglobo.glbimg.com/6QLHhJnKq3fIJdq0v3C5pes2otg=/671x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/m/V/Q87oYbRY2JHyR53s9P5g/caixa-9-pedro-guimaraes.jpg)
Os resultados de Guimarães são bem avaliados. Banco bateu recorde de lucro em 2019 e 2020. Foto: Daniel Marenco
Publicidade
![O presidente do BC, Roberto Campos Neto, e Guimarães são citados como alternativas de Bolsonaro a Guedes](https://s2-oglobo.glbimg.com/u35zLqBjQM2w5h-6A9ioUMR4JC4=/672x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/n/J/VJZtFgS5AxqBAH5pazEA/caixa-10-pedro-guimaraes.jpg)
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, e Guimarães são citados como alternativas de Bolsonaro a Guedes
![Guimarães, sempre didático em entrevistas, fala em cerimônia para marcar 100 milhões de contas do app Caixa Tem](https://s2-oglobo.glbimg.com/IjebmFPdtjC59HHtKwjMySe8ok4=/678x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/f/j/FQ7kQdTiAo52BFUUnbHQ/caixa-11-pedro-guimaraes.jpg)
Guimarães, sempre didático em entrevistas, fala em cerimônia para marcar 100 milhões de contas do app Caixa Tem
Publicidade
Funcionária da Caixa em licença não remunerada e morando no Canadá, Carolina Lacerda foi uma das poucas que decidiu mostrar o rosto para confirmar os relatos. Ela também diz que o ambiente corporativo criado pelo ex-presidente era intimidador, sem canais apropriados para denúncias.
— Ninguém denunciava por medo de sofrer algum tipo de perseguição. Ninguém sabia se o canal de denúncias era confiável — disse Carolina, que trabalhava no mesmo andar da presidência e lembra que era comum Guimarães tirar mulheres de suas mesas sob o pretexto de tirar fotos.
- Além da Caixa: Governo federal tem uma denúncia de assédio sexual por dia
— Ao se aproximar, ele colocava a mão bem na lateral do seio, algo estranho e desconcertante. A partir daí, ao escutar a voz dele no corredor, gargalhando ou falando bem alto, ia para o banheiro e esperava a comitiva dele passar para evitar novas fotos ou abraços constrangedores.
Caixa e Guimarães negam falta de canais
Em nota, a Caixa negou que o seu organograma tenha funcionado para proteger Guimarães. Segundo a estatal, a vinculação da Corregedoria à presidência é apenas para fins administrativos, mas o setor tem total independência para apurações, assegurada pelo estatuto do banco. A Caixa informou ainda que tem canal externo e independente para tratar denúncias com sigilo, confidencialidade e anonimato.
O banco ainda informou que a corregedoria é vinculada tecnicamente à Controladoria-Geral da União (CGU) e que o mandato do corregedor o "blinda" de eventuais tentativas de intervenções. Em nota, a Caixa também ressaltou que o resultado das investigações é apresentado ao Conselho de Administração e o canal de denúncias é administrado apenas pela empresa contratada, sem influência do banco. Alega ainda que a vice-presidência de Riscos (VICOR) é apenas a gestora desse contrato, sem qualquer influência no canal.
![A nova presidente da Caixa, Daniella Marques — Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/C4aFtf930JybQ41ON5KKY4eHhCI=/0x0:4840x3562/1008x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/o/o/v4TvkxQxyeZjBtYNRBGQ/98500224-mariz-pa-brasilia-06-04-2022-danielle-marques-secretaria-de-economia-danielle-marques..jpg)
Pedro Guimarães negou, em nota enviada por seu advogado, ter praticado ou estimulado qualquer abuso enquanto esteve à frente da Caixa. Argumenta que o organograma da instituição foi definido por gestões anteriores e afirma que “a interpretação de que estava estruturado para acobertar qualquer irregularidade não passa de ilação descabida e fantasiosa”.
A defesa do ex-presidente também diz que, em sua gestão, a Caixa “ganhou significativo reforço de pessoal e um canal de denúncias gerido por empresa independente”.
CGU: mais difícil demitir
A Controladoria-Geral da União (CGU) está acompanhando a apuração das denúncias em curso na Caixa como parte de um comitê formado pela Advocacia-Geral da União e representantes do Conselho de Administração do banco.
A CGU poderá anular qualquer tipo de retaliação que forem comprovadas denúncias de funcionários sobre assédio moral e perseguição na gestão de Guimarães.
![Protesto - Manifestação de funcionários em frente ao prédio sede da Caixa Econômica Federal contra o então presidente Pedro Guimarães, acusado de assédio sexual. — Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/Onusy2s8tPfbUt3CLU9BhaZm8Uw=/0x0:6486x4480/1008x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/V/d/r4g0cVQFW8qAtvwOM11Q/99715042-brasilia-df-29-06-2022-cef-protesto-manifestacao-de-funcionarios-em-frente-ao-pre.jpg)
Segundo um técnico do órgão, diante da dificuldade de comprovar a prática de assédio sexual, serão aplicadas provas indiciárias, adjacentes ao assédio em si, como o comportamento da vítima depois do ocorrido: se chorou, adoeceu, pediu licença, e o que dizem as pessoas próximas.
Além disso, os depoimentos de acusados e vítimas serão feitos em separado, para evitar intimidação e retirada da denúncia. Relatos com dinâmicas parecidas ajudam a configurar o assédio.
Essas medidas passaram a vigorar este ano depois da publicação de um decreto presidencial editado em dezembro, já que o assédio sexual acontece nas estatais e no serviço público. A CGU supervisiona e dá encaminhamento às apurações de denúncias que chegam às ouvidorias de órgãos da administração pública federal.
Mulheres tomam as ruas pelo mundo para gritar por igualdade; veja fotos
![Mulher iraquiana protesta contra o silenciamento, usando máscara riscada, na cidade de Basra, no sul do IraqueAFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/t8z9paZrexEaovRUX8AIX2aW088=/0x0:5160x3552/648x248/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/l/l/tWAEBITgK93ASmWseu1A/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-3-8-11-1615219560279.jpg)
![Mulher iraquiana protesta contra o silenciamento, usando máscara riscada, na cidade de Basra, no sul do IraqueAFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/EPxFOmCYgmLxCaXnH6PyXhbN1L4=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/l/l/tWAEBITgK93ASmWseu1A/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-3-8-11-1615219560279.jpg)
Mulher iraquiana protesta contra o silenciamento, usando máscara riscada, na cidade de Basra, no sul do IraqueAFP
!["Mulheres trans são mulheres", diz cartaz de manifestante em marcha por igualdade de gênero e protesto contra a discriminação de gênero, em Tóquio, JapãoREUTERS](https://s2-oglobo.glbimg.com/iMOKXZoz8JJAnqrwD0M-2Ae13YI=/0x0:5500x3952/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/x/0/rHtVV9QYeVtxZCwIeDuA/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-3-8-11-1615216026725.jpg)
!["Mulheres trans são mulheres", diz cartaz de manifestante em marcha por igualdade de gênero e protesto contra a discriminação de gênero, em Tóquio, JapãoREUTERS](https://s2-oglobo.glbimg.com/DA-6fEKeA6S7TdTlxDUYseq92qc=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/x/0/rHtVV9QYeVtxZCwIeDuA/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-3-8-11-1615216026725.jpg)
"Mulheres trans são mulheres", diz cartaz de manifestante em marcha por igualdade de gênero e protesto contra a discriminação de gênero, em Tóquio, JapãoREUTERS
Publicidade
![Defensoras dos direitos humanos de 26 organizações comunitárias marcham por direitos no Dia Internacional da Mulher, em Kibera, NairóbiAFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/RwkJTlppCGSpZy9Yutv3oiJau_I=/0x0:6000x4000/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/i/j/88TcHKQkGJeI1Hi11rAw/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-3-8-11-1615216025718.jpg)
![Defensoras dos direitos humanos de 26 organizações comunitárias marcham por direitos no Dia Internacional da Mulher, em Kibera, NairóbiAFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/bffAaJz73Dw2iKDDJXisu0FEkNM=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/i/j/88TcHKQkGJeI1Hi11rAw/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-3-8-11-1615216025718.jpg)
Defensoras dos direitos humanos de 26 organizações comunitárias marcham por direitos no Dia Internacional da Mulher, em Kibera, NairóbiAFP
![Mulheres dos estados vizinhos de Punjab e Haryana se reúnem para se juntar aos agricultores que continuam a protestar contra as recentes reformas agrícolas do governo central na fronteira de Tikri, em Nova DelhiAFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/nr4D_S2lhK-4oAK9wTs3BcJzsII=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/z/M/yoX8o1RPyBqylA7SJMiw/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-3-8-11-1615216022318.jpg)
Mulheres dos estados vizinhos de Punjab e Haryana se reúnem para se juntar aos agricultores que continuam a protestar contra as recentes reformas agrícolas do governo central na fronteira de Tikri, em Nova DelhiAFP
Publicidade
!["O patriarcado é a pior pandemia", diz cartaz de mulheres que protestam em Sydney, AustráliaREUTERS](https://s2-oglobo.glbimg.com/pMldXU4dbKus8IX7W2b8XkIL8_E=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/1/L/FbbOqRStuDI9QHWCub6w/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-3-8-11-1615216027953.jpg)
"O patriarcado é a pior pandemia", diz cartaz de mulheres que protestam em Sydney, AustráliaREUTERS
![Mulheres seguram uma faixa com os dizeres "Primeiras a trabalhar. Feministas em greve", em protesto por mais direitos para as mulheres como parte do Dia Internacional da Mulher, em Paris, FrançaAFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/HjasZS1Dke0cFhyvlt1vuYT5Ec4=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/u/I/Ifz3pBSSGBIAo4IjAsBA/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-3-8-11-1615216018927.jpg)
Mulheres seguram uma faixa com os dizeres "Primeiras a trabalhar. Feministas em greve", em protesto por mais direitos para as mulheres como parte do Dia Internacional da Mulher, em Paris, FrançaAFP
Publicidade
!["A revolução será feminista", diz a pichação em muro em Rennes, oeste da FrançaAFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/-rD621G85KwqZxrzTk1y0-P9nHc=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/k/4/SiEVspTHegErsXtrtALw/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-3-8-12-1615219414841.jpg)
"A revolução será feminista", diz a pichação em muro em Rennes, oeste da FrançaAFP
![Membros do grupo de mulheres Gabriela marcham em direção ao palácio presidencial durante um protesto no Dia Internacional da Mulher em Manila, FilipinasAFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/CEsF0lbB04hUl9vx80j-RbqyPAU=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/Y/t/gAzD2LSByaSF9KjRwK2A/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-3-8-11-1615216001767.jpg)
Membros do grupo de mulheres Gabriela marcham em direção ao palácio presidencial durante um protesto no Dia Internacional da Mulher em Manila, FilipinasAFP
Publicidade
![Mulheres protestam em Karachi, Paquistão, para marcar o Dia Internacional da Mulher AFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/6W5cncFjz2IPnMm_d5vyPlU327c=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/l/B/LxbMUlQkiNbOcJzVXUIA/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-3-8-11-1615216012975.jpg)
Mulheres protestam em Karachi, Paquistão, para marcar o Dia Internacional da Mulher AFP
![Ativistas sul-coreanas rasgam cartazes sobre discriminação contra mulheres durante um protesto para marcar o Dia Internacional da Mulher em SeulAFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/UMzlnzxnxShG56ja_GALJ4UewcI=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/G/U/IZXPpKS3WwxCtDryQKrQ/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-3-8-11-1615216029547.jpg)
Ativistas sul-coreanas rasgam cartazes sobre discriminação contra mulheres durante um protesto para marcar o Dia Internacional da Mulher em SeulAFP
Publicidade
![Mulheres participam de uma manifestação que marca o Dia Internacional da Mulher em Valência, mesmo diante da situação de emergência sanitária na Espanha, onde os protestos foram mantidos, apesar de menor quantidade de pessoas que nem outros anosAFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/ibp17xTLrzjExUCCuOKFtJ20p1A=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/l/7/muNiH8Qx6s26k4HitIOA/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-3-8-11-1615216023403.jpg)
Mulheres participam de uma manifestação que marca o Dia Internacional da Mulher em Valência, mesmo diante da situação de emergência sanitária na Espanha, onde os protestos foram mantidos, apesar de menor quantidade de pessoas que nem outros anosAFP
![Pessoas se reúnem em uma manifestação para marcar o Dia Internacional da Mulher, apesar de terem sido proibidas pelas autoridades locais devido às restrições devido à pandemia, na praça Porta do Sol, onde fica o Marco Zero de Madrid, EspanhaREUTERS](https://s2-oglobo.glbimg.com/feB6qmIiwiShVoY8hOlyUv6hVO0=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/Y/7/KT7sGHS0CIa7ieLNKx2w/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-3-8-11-1615216021066.jpg)
Pessoas se reúnem em uma manifestação para marcar o Dia Internacional da Mulher, apesar de terem sido proibidas pelas autoridades locais devido às restrições devido à pandemia, na praça Porta do Sol, onde fica o Marco Zero de Madrid, EspanhaREUTERS
Publicidade
![Uma mulher segura um cartaz que diz em italiano "em 2020, 312.000 dos 444.000 trabalhadores que perderam seus empregos eram mulheres", durante uma manifestação convocada pelo movimento Non una di Meno (Nem uma a menos) contra o entrecruzamento do patriarcado, neoliberalismo e racismo, em frente ao Ministério da Economia italiano por ocasião do Dia Internacional da MulherAFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/3jryGzGVh5lzeCVSkNbsfpsKwc0=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/T/Q/CuzSzWS3S3zxycmNVwsw/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-3-8-11-1615216019872.jpg)
Uma mulher segura um cartaz que diz em italiano "em 2020, 312.000 dos 444.000 trabalhadores que perderam seus empregos eram mulheres", durante uma manifestação convocada pelo movimento Non una di Meno (Nem uma a menos) contra o entrecruzamento do patriarcado, neoliberalismo e racismo, em frente ao Ministério da Economia italiano por ocasião do Dia Internacional da MulherAFP
![Ativistas da Marcha Aurat carregam cartazes durante uma manifestação para marcar o Dia Internacional da Mulher em Islamabad, capital do PaquistãoAFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/miWKaY_MvaSPay7t4G3cChpCe4s=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/x/m/n6oVveQgiWb7kftn677Q/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-3-8-11-1615216017349.jpg)
Ativistas da Marcha Aurat carregam cartazes durante uma manifestação para marcar o Dia Internacional da Mulher em Islamabad, capital do PaquistãoAFP
Publicidade
![Manifestantes étnicos uigures acenam bandeiras do Turquestão Oriental durante uma reunião por ocasião do Dia Internacional da Mulher para protestar contra o tratamento dado pela China aos uigures, em Istambul, Turquia, 8 de março de 2021. REUTERS / Murad SezerREUTERS](https://s2-oglobo.glbimg.com/qfT6XdBk1LBn36Edvip_hp3dWkk=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/c/A/EqU4pNQde3zsV9n80KBQ/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-3-8-11-1615216016258.jpg)
Manifestantes étnicos uigures acenam bandeiras do Turquestão Oriental durante uma reunião por ocasião do Dia Internacional da Mulher para protestar contra o tratamento dado pela China aos uigures, em Istambul, Turquia, 8 de março de 2021. REUTERS / Murad SezerREUTERS
![Mulher coloca uma flor vermelha em uma instalação de sapatos vermelhos femininos exibidos na escada, como um símbolo para denunciar a violência contra as mulheres, na praça principal de Durresi, em Tirana, AlbâniaAFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/JTql3UxaReGhUEThyQljwb8Oo28=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/D/T/yEjYtwQ4yPTuRuSbTanQ/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-3-8-11-1615216011172.jpg)
Mulher coloca uma flor vermelha em uma instalação de sapatos vermelhos femininos exibidos na escada, como um símbolo para denunciar a violência contra as mulheres, na praça principal de Durresi, em Tirana, AlbâniaAFP
Publicidade
!["Não somos apenas ativistas, somos lutadores por liberdade", diz o cartaz de mulheres que protestam por igualdade de gênero e exigir o fim da violência contra as mulheres, em Bruxelas, Bélgica. REUTERS](https://s2-oglobo.glbimg.com/y4osf4uudNr3WhinXSUYMKjxGf4=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/J/0/6NskFwSsAnl1cHSnlA3Q/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-3-8-11-1615216004181.jpg)
"Não somos apenas ativistas, somos lutadores por liberdade", diz o cartaz de mulheres que protestam por igualdade de gênero e exigir o fim da violência contra as mulheres, em Bruxelas, Bélgica. REUTERS
![Ativistas marcham pelo Dia Internacional da Mulher na capital ucraniana, KievAFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/FH_cXN9udiV8cPsBMUJpDVmSSAM=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/q/8/jA4TFpSO2Jfa45n3ty0Q/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-3-8-11-1615216008433.jpg)
Ativistas marcham pelo Dia Internacional da Mulher na capital ucraniana, KievAFP
Publicidade
![Manifestantes, usando máscaras para evitar a propagação do COVID-19, participam de protesto para marcar o Dia Internacional da Mulher em Ancara, TurquiaREUTERS](https://s2-oglobo.glbimg.com/5rrwEpitO69pFU8GkFGm4dDd64Q=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/0/o/76en3KRjOOjPtF0L2kGw/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-3-8-11-1615216007025.jpg)
Manifestantes, usando máscaras para evitar a propagação do COVID-19, participam de protesto para marcar o Dia Internacional da Mulher em Ancara, TurquiaREUTERS
![Mulheres e famílias refugiadas, exigem respeito aos seus direitos em protesto no Dia Internacional da Mulher, na capital grega AtenasAFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/6t4NOXyvkzn7eJ0umzDfGyRnZ_U=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/c/5/owhXreQaKQcbGgaKODyQ/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-3-8-11-1615216005422.jpg)
Mulheres e famílias refugiadas, exigem respeito aos seus direitos em protesto no Dia Internacional da Mulher, na capital grega AtenasAFP
Publicidade
![Membros do movimento feminista russo marcham para marcar o Dia Internacional da Mulher em uma rua no centro de São PetersburgoAFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/6KDMqE74kbhK6PWK-hckSKDLsYo=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/f/1/O2sYPsQTmB8AmDOcYWTA/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-3-8-12-1615218386300.jpg)
Membros do movimento feminista russo marcham para marcar o Dia Internacional da Mulher em uma rua no centro de São PetersburgoAFP
Segundo a Ouvidoria da CGU, foram 465 registros de abuso sexual desde 2015. Só entre 2019 e 2022, foram 378 queixas. Na segunda etapa, na Corregedoria, há 272 processos em andamento. Em geral, metade dos processos resulta em punições como advertência, afastamento e demissão.
Caixa: Bolsonaro mantém silêncio sobre denúncias de assédio contra Guimarães: 'Ele pediu afastamento'
Para a CGU, falta um detalhamento mais preciso do que configura assédio sexual no Código Penal, que determina até dois anos de detenção para esse crime. A legislação trabalhista prevê demissão por justa causa.
Segundo um técnico, a mudança na lei de improbidade administrativa, aprovada pelo Congresso em novembro de 2021, dificulta a penalização de detentores de cargos públicos. A CGU agora precisa enquadrar os infratores na lei 8.112/1990, que trata do regime dos servidores públicos, por uso do poder em proveito próprio.