Economia
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Por O GLOBO, com Agências Internacionais

A libra caiu para seu nível mais baixo em relação ao dólar na abertura dos mercados na Ásia. A moeda chegou a recuar para US$ 1,03, embora tenha se recuperado levemente e estabilizado em US$ 1,08 na manhã desta segunda-feira. A desvalorização da divisa britânica ocorreu após o anúncio do maior corte de impostos em 50 anos no Reino Unido na última sexta-feira.

O recorde anterior havia sido há 37 anos, quando a libra bateu US$ 1,05 em fevereiro de 1985. Desde a semana passada, a moeda britânica vem renovando o patamar histórico de baixa em relação ao dólar, em meio à crise político-econômica por que passa o Reino Unido.

Além da instabilidade na Europa, a libra está sob pressão porque o dólar se fortaleceu, após alta de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Na semana passada, a instituição elevou a taxa de juros em 0,75 ponto percentual e sinalizou que outro aumento virá por aí.

O euro também atingiu nova mínima em 20 anos em relação ao dólar, nas negociações da manhã na Ásia, em meio a preocupações dos investidores sobre o risco de recessão na Europa, à medida que o inverno se aproxima, sem sinais de fim da crise de energia ou da guerra na Ucrânia.

A vitória da direita na Itália, com a eleição de Giorgia Meloni, também pressiona o euro e os mercados. A nova primeira-ministra será o governo mais extremista desde a era fascista de Benito Mussolini, segundo observadores, o que levanta dúvidas sobre como a Itália vai se relacionar com a União Europeia.

Desvalorização de 21% no ano

A valorização do dólar afeta outras moedas, mas a libra tem sofrido mais devido à situação econômica no Reino Unido, que tem a maior inflação entre os países do G7 (grupo das sete economias mais ricas do mundo) e enfrenta grave crise fiscal.

A libra já acumula desvalorização de 21% ante o dólar em 2022, enquanto o euro registra baixa de 15% no ano

- Se tiver qualquer escalada na guerra na Ucrânia poderemos ver uma nova baixa na libra e no euro - avalia Clifford Bennett, economista-chefe da corretora ACY.

Na semana passada, os mercados globais caíram depois que o Federal Reserve e vários outros grandes bancos centrais, incluindo o Banco da Inglaterra, aumentaram as taxas de juros, na tentativa de controlar o aumento dos preços.

A forte queda da libra hoje levou analistas a preverem que o Banco da Inglaterra terá de elevar a taxa novamente de maneira emergencial. Alguns acreditam que a alta nos juros pode ocorrer ainda nesta semana.

Nas negociações de contratos bancários, as taxas embutidas indicam um aumento de 0,25 ponto percentual nesta segunda-feira.

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