A nova expectativa do mercado para a inflação de 2022, divulgada nesta segunda-feira no relatório Focus do Banco Central, é de uma taxa de 5,62%, ante uma estimativa anterior de 5,71%, na semana passada. Para 2023, analistas esperam que o indicador fique abaixo de 5%.
É a 16ª queda consecutiva nas previsões do IPCA para 2022. Ainda assim, a previsão dos analistas consultados pelo BC continua acima da meta oficial, de 3,5% ao ano, com uma variação de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, em um intervalo entre 2% e 5%.
A projeção mais baixa para a inflação tem sido influenciada pela deflação que o país vem registrando desde agosto, como reflexo de uma de medidas promovidas pelo governo. Uma delas foi a redução dos preços de combustíveis e energia, por meio da desoneração de impostos.
Os retrocessos no Brasil em 2022
Para 2023, a taxa prevista pelo mercado está em 4,97%, levemente abaixo da estimativa anterior, de 5%.
De acordo com o Focus, houve uma pequena alta na estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano, de 2,70% para 2,71%. O índice esperado para 2022, fruto de medidas para turbinar a economia, como o aumento de R$ 600 do benefício pago pelo programa Auxílio Brasil — é bem maior do que o projetado para 2023, de 0,59%.
O mercado manteve a projeção de 13,75% da taxa básica de juro (Selic) para este ano. Para 2023, a estimativa é de 11,25% ao ano.