Economia
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Por Fernanda Trisotto, Jeniffer Gularte, Paula Ferreira

O futuro ministro de Minas e Energia, o senador Alexandre Silveira (PSD-MG), classificou de bomba o déficit que o atual governo deixará para o setor elétrico. Conforme diagnóstico feito pela equipe de transição, há estimativa de que o novo governo herdará cerca de R$ 500 bilhões em dívidas no setor que serão bancadas ao longo dos próximos anos pela população, no pagamento das tarifas.

― Na questão da energia elétrica, temos uma bomba armada que é a questão do deficit deixado pelo atual governo. Com cuidado e parcimônia, considerando que é um ministério regulador, precisaremos dar segurança jurídica, previsibilidade, segurança de contrato para atrair investimento e continuar desenvolvendo o setor energético nacional e diminuir o preço das tarifas, principalmente para a parcela mais pobre ― disse.

O cálculo foi divulgado no início de dezembro pelo coordenador executivo do grupo de Minas e Energia da equipe de transição de governo, Mauricio Tolmasquim. A herança de R$ 500 bilhões a ser bancada pelos consumidores compreende valores de empréstimos feitos ao setor durante a pandemia da Covid-19 e para cobrir os rombos da crise energética de 2021, a contratação emergencial de termelétricas e contrapartidas que constavam na privatização da Eletrobras.

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Isso inclui a obrigação de contratação de termelétricas em regiões sem escoamento de gás natural e a de pequenas centrais hidrelétricas como reserva de mercado em leilões de energia.

O futuro ministro citou, ainda, que vai avaliar questões como a composição dos combustíveis e o uso de biocombustíveis para diminuição de custos. Silveira disse que Lula demandou a montagem de uma equipe técnica para liderar processos nas áreas de transição energética e combustíveis.

Essa é uma preocupação do PT, que já sinalizou não querer prorrogar a desoneração dos tributos federais sobre combustíveis.

― Um dos objetivos nossos no Ministério é que a energia elétrica e combustíveis cada vez menos sejam fatores de impacto direto na inflação, para criarmos estabilidade e o país consequentemente poder crescer com foco em geração de oportunidade e combate de desigualdades ― disse Silveira.

Em relação ao comando da Petrobras, Silveira acredita que as definições ocorrerão em janeiro, porque é preciso observar a lei das estatais e por causa dos processos internos da companhia para mudanças de diretoria.

A mineração também ganhará atenção do futuro ministro, que pretende lançar novo olhar separando os empreendimentos legais do setor, que geram emprego e renda, da mineração e garimpo ilegal, também em terras indígenas. Para isso, aposta em trabalho conjunto com a pasta dos Povos Originários.

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