Economia
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou hoje 16 novos futuros ministros, entre eles nomes que vão ocupar quatro ministérios da área econômica. O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) foi escolhido para o Ministério da Indústria, que será recriado, após recusas de empresários. O deputado eleito Luiz Marinho (PT-SP) vai para o Ministério do Trabalho; Márcio França (PSB), ex-governador de São Paulo, vai para Porto e Aeroportos, e a economista Esther Dweck para o Ministério da Gestão.

A pasta de Planejamento, para a qual havia sido convidado André Lara Resende, economista próximo de Alckmin e que integrava a equipe de transição, ficou para a próxima leva de anúncios. Até agora, apenas Fernando Haddad, que será o futuro ministro da Fazenda, havia sido anunciado para a área econômica do primeiro escalão.

A composição da área econômica até agora mostra que os principais cargos foram ocupados por políticos.

A escolha de Alckimin ocorre após sucessivas recusas de empresários, evidenciando a dificuldade que o presidente eleito tem enfrentado para compor o primeiro escalão da sua equipe. Lula chegou a afirmar que Alckmin não seria ministro.

Ele foi escolhido pelo bom trânsito com o PT e com o empresariado paulista. Ao menos dois empresários — o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, e Pedro Wongtschowski, do Grupo Ultra — foram convidados por Lula, mas recusaram. Alckmin é, portanto, na melhor das hipóteses, a terceira opção para o cargo.

O próprio Lula disse no evento em que anunciou os novos ministros que a escolha de Alckmin seria a maior surpresa do dia.

Aval das centrais sindicais

Luiz Marinho, que vai para a pasta do Trabalho, também é presidente do PT de São Paulo. Ele conseguiu o aval das centrais sindicais para ocupar o posto. A nomeação contraria falas de Lula durante a campanha de que não iria repetir ministros de seus primeiros governos.

Marinho é amigo do presidente eleito e iniciou a carreira política da mesma forma que Lula, como presidente do Sindicatos dos Metalúrgicos do ABC.

Márcio França foi prefeito de São Vicente (SP), deputado federal e governador de São Paulo entre 2018 e 2019. Ele assumiu o cargo após a renúncia de Geraldo Alckmin para concorrer à Presidência. Ele era vice de Alckmin e concorreu à reeleição, mas perdeu em segundo turno para João Doria (PSDB).

Nós do leilão de Santos Dumont e Galeão

À frente do Ministério de Portos e Aeroportos, ele terá como um dos desafios desatar o nó da licitação do Santos Dumont, no Rio, que foi adiada para que o terminal seja concedido junto com o Galeão. O aeroporto internacional carioca está num processo de devolução. A ideia da gestão Bolsonaro era fazer o leilão do Santos Dumont neste ano, junto com Congonhas, mas a decisão do principal investidor do Galeão de devolvê-lo à União levou o governo a adiar o leilão.

Foi anunciada ainda Esther Dweck para chefiar o futuro Ministério da Gestão, que cuidará da estrutura de servidores e vai fomentar a digitalização, incumbências que são de responsabilidade do Ministério da Economia na gestão do presidente Jair Bolsonaro.

O Ministério da Economia uniu Fazenda, Planejamento e Indústria em um "superministério". Na arquitetura anterior à do governo Bolsonaro, a pasta do Planejamento também incluía Gestão. No governo eleito, esses dois últimos serão ministérios separados. O Planejamento cuidará exclusivamente do orçamento.

Era esperado o anúncio do produtor rural Neri Geller (PP) para a Agricultura, o que não ocorreu. A pasta de Minas e Energia também continua sem decisão, assim como a dos Transportes, pasta que será criada a partir do desmembramento do atual Ministério da Infraestrutura.

Segundo fontes, o senador eleito Renan Filho (MDB-AL) deve ser indicado para comandar o Ministério dos Transportes . O GLOBO apurou que a indicação do filho do senador Renan Calheiros (AL) está "praticamente fechada", mas o martelo deve ser batido mesmo nesta quinta-feira, em reunião entre o presidente do MDB, Baleia Rossi (SP), e Lula.

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