Economia
PUBLICIDADE

Por Manoel Ventura — Brasília

O governo federal está fechando os detalhes do programa Desenrola e pretende apresentar a medida ainda neste mês. Promessa de campanha do presidente Lula, a ação é voltada para negativados, visa a renegociar contas e impulsionar o consumo das famílias.

O modelo prevê financiamento para pagamento de dívidas bancárias e não bancárias com descontos. Pelos números nas mãos do governo hoje, são cerca de 70 milhões de endividados, com dívidas de R$ 300 bilhões. Desse total, dois terços são dívidas não bancárias.

As conversas em andamento não limitam o acesso ao programa de acordo com a renda da pessoa, mas haverá diferença entre as condições.

O programa mais vantajoso, com juros menores e com risco assumido pelo Tesouro, deve contemplar até 40 milhões de pessoas que estão endividadas e têm renda de até dois salários mínimos (equivalentes hoje a R$ 2.604). Outra vertente do Desenrola atenderia pessoas acima dessa renda, mas sem participação do governo e com o risco dos bancos.

A maior discussão hoje gira em torno do aporte do Tesouro num fundo garantir de operações, nos moldes do Pronampe (criado durante a pandemia para socorrer pequenas empresas).

A expectativa é que o aporte do Tesouro gire em torno de R$ 10 bilhões a R$ 20 bilhões. No início do programa, devem ser usados recursos que estão disponíveis no Fundo de Garantia de Operações, vinculado ao Banco do Brasil e que deu suporte ao Pronampe.

Com o fundo, o governo garante que a eventual inadimplência será paga. Assim, o banco consegue oferecer juros mais baixos. Essa é uma conta complexa, porém, porque é preciso uma taxa de inadimplência. E o público-alvo do programa tem um perfil de crédito considerado de risco pelos bancos.

Já os credores só poderão acessar o programa se concederem descontos na dívida. Essa será uma condição obrigatória. Embora ainda não exista definição sobre um percentual mínimo de desconto, a Fazenda já asseverou nas reuniões internas que quem oferecer mais desconto terá prioridade.

O programa deve concentrar em uma plataforma de devedores, credores e bancos. Hoje são dados que estão descentralizados e ainda precisarão ser unificados. Essa plataforma será gerida pelos bureaus de crédito, como a Serasa e o SPC.

A intenção é criar um site em que o consumidor, com o uso do CPF, irá consultar suas dívidas e demostrar interesse em negociar. Com isso, as empresas credoras poderão fazer uma oferta de desconto, com os maiores abatimentos tendo prioridade.

Essa dívida será paga a partir da oferta de financiamento feita pelos bancos, que também vão concorrer entre si sobre quem terá melhores condições.

Haverá limite de dívidas cobertas por pessoa e uma data de corte para os valores negociados.

Mais recente Próxima Josué Gomes ignora assembleia que tentou destituí-lo, e Fiesp diz que ele continua no cargo
Mais do Globo

Homem foi descredenciado sob a alegação de que tinha anotações criminais em seu nome

Uber é condenado a pagar R$ 40 mil a motorista de aplicativo por danos morais

Texto ainda depende de aval do presidente para ser enviado ao Congresso; proposta também prevê reduzir negativas a pedidos via LAI

Governo discute projeto para acabar com sigilo de 100 anos após críticas a Lula por veto a informações

Apresentadora fala sobre saída do ‘Saia justa’, estreia de ‘Admiráveis conselheiras’ e etarismo no terceiro episódio do podcast da Revista ELA

ELAPod: Astrid Fontenelle desabafa sobre o etarismo, manda a real sobre a maternidade e opina sobre aborto

A três meses do verão, consumidores já têm dificuldade em encontrar alguns modelos nas lojas. Escoamento dos aparelhos na Zona Franca de Manaus preocupa devido à seca

Produção de ar-condicionado bate recorde e salta 83% no ano, com ondas de calor em pleno inverno

Vítima optou por não realizar o julgamento a portas fechadas porque 'a vergonha deve mudar de lado'

Acusados por estupros de mulher dopada pelo marido denunciam ameaças na França

Só este ano, alta foi de 17%. Seca no Brasil e chuvas intensas no Vietnã, os dois maiores produtores globais, prejudicam colheita há vários anos

Clima adverso afeta plantações de café e preço dobra desde 2020, chegando a R$ 50 por quilo

Jonhny de Souza da Costa, de 26 anos. foi localizado pela polícia em Nova Iguaçu; ele estava foragido da Justiça

Suspeito apontado como um dos maiores assaltantes de carga da Baixada Fluminense é preso

Vencedores têm prazo de 90 dias para reclamar prêmio, antes que prescreva e valor seja repassado

Ganhadores 'abandonaram' mais de R$ 250 milhões em prêmios da Mega-Sena 2024; entenda

José Leonardo, caçula da influenciadora e do cantor, já é sucesso no Instagram

Herdeiro Virgínia Fonseca e Zé Felipe já ultrapassa marca 1 milhão de seguidores horas após nascimento