O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que os detalhes do novo arcabouço fiscal que vai substituir o teto de gastos deverão ser definidos até abril. Haddad está no Fórum Econômico Mundial, em Davos, nos Alpes suíços.
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Na manhã desta terça-feira, o ministro se reuniu com o governo da Arábia Saudita para discutir potenciais investimentos, sobretudo em concessões, no Brasil. O encontro foi com o ministro de investimentos saudita, Al-Fahli (Ministro Saudita do Investimento). Haddad também este com Malloch Brown e Alexander Soros, filho de George Soros, do Open Society, e Ian Bremmer, do Eurasia.
Desde ontem em Davos, o ministro petista disse que tem recebido apoio da comunidade internacional em relação aos atos golpistas do dia 8 de janeiro.
— Eles ficaram muito chocados, mas entendem que trabalhamos para reestabelecer a democracia.
'Mercado já entendeu que novo governo será de estabilidade e previsibilidade', diz Haddad
Em painel sobre o Brasil no Fórum Econômico Mundial, em Davos, Haddad disse que o mercado financeiro já entendeu que o novo governo Lula será de estabilidade e previsibilidade.
Durante sua fala, Haddad reforçou que seu plano é zerar o déficit do governo em dois anos e que a reforma tributária é importante. Mais cedo, a jornalistas, o ministro disse que os detalhes do novo arcabouço fiscal, que vai substituir o teto de gastos, deverão ser definidos até abril.
Em uma parte mais política do discurso, Haddad disse que “não há como negar que a extrema direita se organizou no Brasil”. Antes dessa fala, o petista havia comentado que tem recebido apoio da comunidade internacional em relação aos atos golpistas do dia 8 de janeiro. “Eles ficaram muito chocados, mas entendem que trabalhamos para restabelecer a democracia.”
De acordo com Haddad, Lula vai defender no G20 um discurso de paz, combate à desigualdade e à fome, além da estabilidade da democracia e a pauta ambiental.
Dividindo o painel do começo da tarde — quatro horas à frente de Brasília — com o ministro da Fazenda, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse considerar emblemática a presença dela e de Haddad em Davos.
Segundo Marina, a candidatura do Brasil para sediar a COP30 em 2025 em Belém mostra o comprometimento do governo com a agenda ambiental, que ela voltou a lembrar que estava desmontada quando Lula assumiu.
Haddad busca discurso conciliador com banqueiros
Em um almoço privado com empresários e investidores promovido pelo Itaú em Davos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez um discurso tranquilizador para o mercado, segundo apurou o Valor.
Ele disse aos presentes que vai dar celeridade à reforma tributária e defendeu a proposta de Bernard Appy, que faz parte de sua equipe econômica.
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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), era um dos presentes ao almoço com cerca de 50 pessoas e manifestou apoio ao Haddad em relação à reforma tributária, disse uma fonte presente.
Entre os participantes, estavam executivos de Bradesco, Itaú, Safra, McKinsey, Telefônica, além de José Auriemo Neto, da JHSF, e Nizan Guanaes.