Economia
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Por Ivan Martínez-Vargas — São Paulo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) afirmou nesta segunda-feira que o Pix com função de crédito deverá ser lançado pelo Banco Central (BC) em 2023, "quem sabe até o meio do ano".

A declaração foi dada a uma plateia de empresários na sede da Fiesp, em São Paulo e ocorre após reunião de Haddad com o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto.

— Em meados do ano, o Pix vai virar instrumento de crédito também, o que vai baratear muito o crédito no Brasil. Isso está na agenda do BC e vai ser lançado quem sabe no meio do ano — disse Haddad.

Ao comentar a reunião com Campos Neto, que durou cerca de uma hora e meia, o ministro afirmou que foi instado pelo presidente do BC a destravar pautas que, segundo ele, estavam paradas por razões burocráticas no Executivo durante a gestão de Jair Bolsonaro.

— Recebi uma notícia dele hoje que várias iniciativas ficaram pelo caminho por questões formais Às vezes um técnico deu um parecer desfavorável na forma. (...) Ele estava cobrando diligência. Me comprometi com ele que em 15 dias vamos ter todas essas medidas na mão e encaminharemos ao Congresso depois de uma avaliação interna do Ministério da Fazenda. São medidas que vão melhorar o ambiente de negócios do Brasil — afirmou Haddad, sem detalhar de quais iniciativas fazia referência.

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, ficou encarregado de levantar "tudo o que ficou engavetado" para que, até março, tudo esteja encaminhado à Casa Civil e ao Congresso.

— Vamos abraçar a agenda de crédito. Houve avanços que precisam ser mencionados no sentido de aumentar a concorrência bancária, isso tem surtido efeito — afirmou Haddad. O ministro se disse favorável à entrada de mais agentes no mercado de crédito no país, lembrando que cerca de 70 milhões de brasileiros estão negativados atualmente.

O ministro disse também que conversou com Campos Neto sobre nomes que possam substituir o atual diretor de política monetária do Banco Central, Bruno Serra Fernandes, cujo mandato termina em 28 de fevereiro. Na mesma data, também deixará o BC o diretor de fiscalização da autoridade monetária, Paulo Sérgio Neves de Souza.

O ministro disse que os postos poderão ser ocupados por nomes do mercado ou que tenham atuação no setor público.

— Temos dois cargos técnicos que precisam ser discutidos, são pessoas que têm um perfil muito próprio para ocupar essa posição. Pela lei, a prerrogativa (de nomeação) é do presidente da República. O que nós temos de fazer é levar bons nomes para que o presidente possa decidir. São cargos importantes e certos requisitos técnicos precisam ser observados — disse Haddad.

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