O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) passará a fazer parte dos associados da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), informou a entidade em nota divulgada nesta quinta-feira. De acordo com a Febraban, o banco de fomento formalizou o pedido de ingresso, que será aceito pela governança da entidade.
- Apoio à democracia: Febraban confirmou apoio ao manifesto
"A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informa que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) passará a integrar seu quadro de instituições associadas, bem como a participar das instâncias consultivas e deliberativas da entidade", diz a nota assinada pelo presidente da Febraban, Isaac Sidney.
No mês de janeiro, numa visita à sede da entidade, o novo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, já havia adiantado que pretendia pedir o ingresso na entidade.
O analista Luis Miguel Santacreu, da agência de classificação de risco Austin Rating, avalia como positiva a entrada do BNDES na Febraban. Embora o banco de fomento não tenha agências, ele tem tido atuação junto a um público semelhante ao dos bancos de varejo, dando crédito a pequenas e médias empresas.
- Tem uma conveniência a participação do BNDES na Febraban. É um banco que tem uma agenda do setor financeiro, e poderá interagir com o bancos privados. O BNDES tem relação com essas instituições via repasse de financiamentos das linhas de crédito, por exemplo. Na prática, é um canal de comunicação mais próximo com os bancos - diz Santacreu.
Bancos públicos como a Caixa e o Banco do Brasil já fazem parte da Febraban. No ano passado, ainda no governo de Jair Bolsonaro, após a Febraban ter decidido assinar um manifesto organizado por entidades da sociedade civil em defesa da democracia, os dois bancos públicos se posicionaram contra a iniciativa.
Em 2021, as duas instituições também ameaçaram sair da Febraban caso ela oficializasse adesão a um manifesto articulado por Paulo Skaf, então presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) pedindo a pacificação entre os poderes da República.