Economia
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Por Bloomberg — São Francisco

Trabalhadores do mundo inteiro estão mais exaustos do que nunca. Mais de 40% das pessoas que trabalham em escritório se sentem esgotadas no trabalho, uma alta em relação ao período ais agudo da pandemia, de acordo com uma pesquisa divulgada na quarta-feira pelo Future Forum, um consórcio de pesquisa apoiado pela Salesforce.

O sofrimento é particularmente forte fora dos EUA, onde a taxa de burnout aumentou o suficiente para neutralizar as pequenas melhorias observadas pelos trabalhadores americanos.

A incerteza econômica, o medo de cortes de empregos e a crescente pressão para retornar ao trabalho aumentaram o mal-estar, disseram os pesquisadores do Future Forum. Mulheres e trabalhadores mais jovens, em particular, relataram dificuldades com o burnout.

As pressões regionais também estão deixando as pessoas para baixo. No Reino Unido, as greves paralisaram o país enquanto os sindicatos do setor público protestam contra o que consideram aumentos salariais insignificantes.

O governo do Japão pediu às empresas locais que ajudem os trabalhadores a lidar com a inflação mais alta desde 1981.

Os cidadãos franceses foram às ruas para protestar contra o plano do governo de aumentar a idade de aposentadoria de 62 para 64, o que pode resultar em algumas concessões em relação ao trabalho em casa, um porta-voz do governo disse no início desta semana.

Nos EUA, as demissões estão aumentando e as políticas de retorno ao escritório estão mudando de recomendadas para obrigatórias. No entanto, os trabalhadores americanos parecem se sentir um pouco mais felizes do que seus colegas em outros países.

Apenas 41% das pessoas pesquisadas nos EUA disseram que se sentiram esgotadas no final do ano passado, pouco abaixo da taxa global de 42% e uma melhora modesta em relação ao início de 2022.

A pesquisa do Future Forum , realizada trimestralmente nos EUA, Reino Unido, Japão, Austrália, Alemanha e França, entrevistou 10.243 trabalhadores de 16 de novembro a 22 de dezembro de 2022.

O levantamento indica que os trabalhadores da era pandêmica com mais liberdade para escolher onde e quando trabalham geralmente são mais satisfeitos, produtivos e menos propensos a pedir demissão.

Trabalhadores da saúde protestam contra o excesso de trabalho e reivindicam salários mais justos — Foto: Bloomberg
Trabalhadores da saúde protestam contra o excesso de trabalho e reivindicam salários mais justos — Foto: Bloomberg

Na última pesquisa, realizada no final do ano passado, mais da metade dos que disseram estar insatisfeitos com seu nível de flexibilidade também afirmaram estar esgotados. Funcionários com horários de trabalho fixos têm duas vezes mais chances de dizer que “definitivamente” procurarão um novo emprego no próximo ano.

"Todos os benefícios da flexibilidade são sobre como você dá às pessoas um tempo concentrado", disse Brian Elliott, executivo do Slack que supervisiona a pesquisa do Future Forum. “A flexibilidade também melhora a cultura de uma empresa, e toda vez que digo isso aos executivos, eles ficam surpresos.”

Não é apenas o facetime obrigatório que está estressando os trabalhadores. As empresas jogaram tanta tecnologia nos funcionários que podem estar ficando sobrecarregados. Grandes empregadores agora usam uma média de 211 aplicativos diferentes, ante 195 no ano passado, de acordo com uma pesquisa separada da Okta, empresa de software em nuvem que rastreia o uso de aplicativos.

Um estudo recente, destacado na Harvard Business Review, de 20 equipes de três grandes empregadores, descobriu que os trabalhadores alternavam entre diferentes aplicativos e sites 1.200 vezes por dia, levando a um “imposto de alternância” que pode custar tempo, produtividade e tranquilidade aos trabalhadores.

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