Economia
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As vendas no varejo cresceram 1% em 2022, menor crescimento desde 2016, quando houve queda no setor. O desempenho modesto tem relação com a inflação e juros altos, que frearam o consumo dos brasileiros no ano passado. Em dezembro, as vendas voltaram a cair (-2,6%), na segunda queda consecutiva. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE.

Veja os destaques:

  • O setor de hiper e supermercados, que é o de maior peso na pesquisa, encerrou o ano com ganho acumulado de 1,4%, com inflação e auxílio maiores
  • O setor de combustíveis teve o segundo melhor resultado da série com o corte de ICMS
  • O segmento de livros voltou a crescer com o retorno presencial das aulas. Desde 2013, o segmento não tinha avanço nas vendas.

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O que diz o IBGE

Segundo o IBGE, o resultado das vendas do comércio em 2022 está muito próximo ao dos anos anteriores. Em 2021, por exemplo, houve ganho de 1,4%.

Um dos segmentos que mais contribuíram para que o varejo mantivesse o resultado positivo foi o de combustíveis. Com o corte do ICMS sobre esses produtos a partir de julho, o consumo de gasolina e outros combustíveis cresceu 16,6% em 2022.

O gerente da pesquisa, Cristiano Santos, lembra que, nos dois últimos meses o segmento teve quedas fortes, superiores a 5%. Ainda assim o desempenho no ano foi o segundo melhor na série histórica.

No caso do segmento de hiper e supermercados, a alta em 2022 é explicada, em parte, pela queda de 2,6% no ano anterior. Também reflete a escalada da inflação e a ampliação do Auxílio Brasil.

“Em 2022, tivemos o efeito da inflação elevada sobretudo em alimentos, o que favorece mais esse setor que outros, já que muitos deixam de consumir outro tipo de produto para continuar comprando esses itens básicos. No último trimestre, tivemos também o efeito do aumento do Auxílio Brasil, alcançando as famílias de menor renda que tendem a usar o valor do benefício em hiper e supermercados”, analisa Santos.

Volta às aulas presenciais

O segmento de livros, jornais, revistas e papelaria também acumulou um aumento de dois dígitos em 2022 (14,8%). O crescimento é associado ao retorno da circulação de pessoas e das aulas presenciais. Essa atividade não acumulava alta, frente ao ano anterior, desde 2013.

“É um setor que acumula perdas ao longo dos anos, por causa do esvaziamento das lojas físicas. O que explica esse crescimento no ano é a venda de materiais didáticos em um momento de volta às salas de aula de forma presencial”, destaca o pesquisador.

Material de construção (-8,7%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-8,4%), e Móveis e eletrodomésticos (-6,7%) tiveram quedas. Esses segmentos cresceram bem nos dois primeiros anos de pandemia, com as pessoas em casa. No ano passado, com a rotina voltando à normalidade, apresentaram queda.

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