Economia
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Por O Globo, Com Agências Internacionais

Os membros do G20 não chegaram a um acordo sobre uma declaração de consenso nas reuniões do grupo devido a um impasse sobre a linguagem a respeito da guerra da Ucrânia. Enquanto nações ocidentais insistiram em uma condenação da Rússia, países como a China demonstraram resistência.

A falta de consenso fez com que a Índia, que preside o encontro, recorresse à emissão de um "resumo do presidente", no qual simplesmente resumia os dois dias de conversações e registrava as divergências.

Os participantes concordaram com grande parte do documento, incluindo opiniões sobre uma perspectiva econômica global ainda incerta. Foi consensual que, embora as condições econômicas tenham melhorado modestamente desde a última reunião, ainda havia riscos negativos significativos, incluindo “inflação elevada”.

"A maioria dos membros (do G20) condenou com veemência a guerra na Ucrânia, com diferentes avaliações da situação e a respeito das sanções impostas à Rússia desde o início da invasão", afirma o documento.

Um trecho no final do texto afirma que dois parágrafos do projeto de comunicado, relacionadas à guerra na Ucrânia, foram "aprovados por todos os países membros, com exceção da Rússia e da China".

As divergências sobre a Ucrânia já haviam marcado a reunião anterior do G20, em novembro, em Bali, na Indonésia.

— Condenamos conjuntamente o ataque russo à Ucrânia – aqui havia um grande terreno comum, no entanto, com exceção dos chineses muito ambivalentes — disse o ministro das Finanças alemão, Christian Lindner.

Também houve unanimidade na abordagem sobre a renegociação de dívidas de alguns países, algo que não estava garantido durante as reuniões.

Negociação sobre dívida

A ministra das Finanças da Índia, Nirmala Sitharaman, afirmou que "não haver divergências" na declaração sobre questões de dívida marcou uma conquista depois de negociações "muito estressantes".

Horas antes, um oitavo rascunho de um comunicado obtido pela Bloomberg News mostrava divergências persistentes tanto em linhas sobre a guerra quanto em uma seção sobre reestruturação de dívidas e obrigações de vários tipos de credores.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, tentou buscar pontos positivos na mesa redonda que discutiu a dívida soberana global. O encontro reuniu credores públicos e privados na mesa de negociações, com o compromisso básico de encontrar um campo comum.

Georgieva chamou a participação da China de "construtiva" em uma entrevista à Bloomberg, acrescentando que essas autoridades têm a responsabilidade de ser uma parte central das negociações como um grande credor.

A chefe do FMI pediu um memorando de entendimento sobre a Zâmbia, a primeira nação africana a entrar em default, o mais rápido possível. Ela disse que o país fez “um trabalho incrível” reformando a economia e mereceu progresso nas negociações com os credores.

“Congratulamo-nos com a conclusão do tratamento da dívida do Chade e pedimos uma rápida conclusão do trabalho sobre o tratamento da dívida da Zâmbia e da Etiópia”, disse o resumo do presidente. Os participantes estavam esperançosos com a formação rápida de um comitê oficial de credores para Gana e pediram uma “resolução rápida para a situação da dívida do Sri Lanka”.

Os líderes também destacaram a luta contínua contra a inflação como uma prioridade. A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, disse à Bloomberg News em uma entrevista no sábado que “a inflação continua a ser um problema” e que “os dados que vimos sugerem que ainda não está sob controle, mas diminuiu”.

Georgieva incentivou separadamente os bancos centrais a “manter o rumo” para um retorno à estabilidade de preços que é fundamental para investidores e consumidores.

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