Os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB); e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), afirmaram nesta quarta-feira acreditar ser possível a aprovação de uma reforma tributária, mas mostraram que não concordam com seu escopo. As declarações foram dadas a uma plateia de investidores em São Paulo.
Tarcísio de Freitas voltou a dizer que a tramitação não será “um mar de rosas”, mas disse ver “grande possibilidade de a reforma tributária avançar” porque os governadores hoje estão dispostos a ceder em temas que impediram o avanço das discussões no passado, como a eventual mudança sobre tributação feita na origem do produto (local da fabricação) para a cobrança no destino final (local da venda).
— Para mim, é a reforma mãe hoje, é o primeiro passo que tem que ser dado. (...) Os estados estão muito mais dispostos a abrir mão, posso citar o exemplo de São Paulo, para que a gente possa avançar na reforma tributária em questões que foram importantes (entraves) no passado como a da tributação na origem, a gente está abrindo mão — disse.
O mundo em imagens nesta quarta-feira
![Lubov Yakimovich, 68, se despede de Mykola, 71. Mãe e filho decidem deixar a casa, em Chasiv Yar, Ucrânia, mas o pai decide ficar — Foto: YASUYOSHI CHIBA/AFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/gf9cs0C14rgvIlXfKd6j7SC_NiM=/0x0:6000x4001/648x248/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/K/8/sozu7gQE6IxsfAIZnfxw/102055161-topshot-lubov-yakimovich-l-68-who-evacuates-with-a-son-has-a-last-moment-with-her-husban.jpg)
![Lubov Yakimovich, 68, se despede de Mykola, 71. Mãe e filho decidem deixar a casa, em Chasiv Yar, Ucrânia, mas o pai decide ficar — Foto: YASUYOSHI CHIBA/AFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/nU1EFZ1tU61DIrtE38ikiTBp55I=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/K/8/sozu7gQE6IxsfAIZnfxw/102055161-topshot-lubov-yakimovich-l-68-who-evacuates-with-a-son-has-a-last-moment-with-her-husban.jpg)
Lubov Yakimovich, 68, se despede de Mykola, 71. Mãe e filho decidem deixar a casa, em Chasiv Yar, Ucrânia, mas o pai decide ficar — Foto: YASUYOSHI CHIBA/AFP
![Sobreviventes queimam livros para se manter aquecidos à espera de resgate nos escombros em Hatay, Turquia — Foto: BULENT KILIC/AFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/O9ZFFY-MQSSsS-r4KcaRfi7Eb6s=/0x0:6192x4128/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/c/B/H6TWh8QHWRd6jsEKcAbg/102054829-topshot-local-residents-burn-books-to-keep-warm-as-they-wait-for-their-relatives-to-be-p.jpg)
![Sobreviventes queimam livros para se manter aquecidos à espera de resgate nos escombros em Hatay, Turquia — Foto: BULENT KILIC/AFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/1zf_JMYC_UGK4Ui8pldntyOEFys=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/c/B/H6TWh8QHWRd6jsEKcAbg/102054829-topshot-local-residents-burn-books-to-keep-warm-as-they-wait-for-their-relatives-to-be-p.jpg)
Sobreviventes queimam livros para se manter aquecidos à espera de resgate nos escombros em Hatay, Turquia — Foto: BULENT KILIC/AFP
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![Reforma da previdência, motivo de greve e revolta da classe trabalhadora francesa, é votada no parlamento em Paris — Foto: LUDOVIC MARIN/AFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/VuyE7lYfP2JYO9c383D0ZN3AS0U=/0x0:7797x5198/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/G/A/KNKKmmQsGS1HAI2c8L6A/102055153-topshot-members-of-parliament-hold-a-vote-by-show-of-hands-during-a-session-to-discuss-t.jpg)
![Reforma da previdência, motivo de greve e revolta da classe trabalhadora francesa, é votada no parlamento em Paris — Foto: LUDOVIC MARIN/AFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/PkBLGUFadlbQPNAC9fMyhp6RK6U=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/G/A/KNKKmmQsGS1HAI2c8L6A/102055153-topshot-members-of-parliament-hold-a-vote-by-show-of-hands-during-a-session-to-discuss-t.jpg)
Reforma da previdência, motivo de greve e revolta da classe trabalhadora francesa, é votada no parlamento em Paris — Foto: LUDOVIC MARIN/AFP
![Mulher carrega criança ao longo de uma estrada no distrito de Zhari, na província de Kandahar, Afeganistão — Foto: SANAULLAH SEIAM/AFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/8WyQoBwGEOzrZLzClTA3s7UeMvk=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/P/S/CZomuqSy2laf60HEn8Qg/102055307-topshot-a-woman-carrying-a-child-walks-along-a-roadside-in-zhari-district-of-kandahar-pr.jpg)
Mulher carrega criança ao longo de uma estrada no distrito de Zhari, na província de Kandahar, Afeganistão — Foto: SANAULLAH SEIAM/AFP
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![Sírio Faez Ghanam é salvo por equipes de resgate após 210 horas de espera sob escombros em Hatay — Foto: BULENT KILIC/AFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/Ul4-JuKeynirdmh-JKj4sASaFro=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/e/u/Kv0qGiQNqC5HgLCYudUg/102055029-topshot-syrian-man-faez-ghanam-saved-by-rescue-workers-from-under-the-rubble-after-210-h.jpg)
Sírio Faez Ghanam é salvo por equipes de resgate após 210 horas de espera sob escombros em Hatay — Foto: BULENT KILIC/AFP
![Australianas comemoram expulsão de adversária durante a Copa do Mundo de críquete — Foto: MARCO LONGARI/AFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/deQm68VkmMSqx_XoHswfNyg3aec=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/T/t/paFsW4ThmZICkQjBtYgw/102054797-topshot-australias-georgia-wareham-c-celebrates-after-the-dismissal-of-bangladeshs-sob.jpg)
Australianas comemoram expulsão de adversária durante a Copa do Mundo de críquete — Foto: MARCO LONGARI/AFP
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Para Tarcísio, é "razoável a tributação no destino" se houver um período de compensação. Historicamente, o Estado de São Paulo era contrário à mudança porque, como estado industrializado, avaliava que perderia arrecadação.
— A gente entende que prejudica a receita do estado no curto prazo, mas a partir do momento que a gente acaba com a guerra fiscal, a gente vai ter uma capacidade muito grande de atração de investimentos - afirmou o governador de São Paulo — afirmou Tarcísio.
O governador de São Paulo defendeu que haja uma definição sobre a recomposição das perdas de arrecadação dos estados com a limitação das alíquotas de ICMS antes da discussão da reforma. Os cortes, que afetaram os cofres públicos estaduais, foram promovidos pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) e aprovadas pelo Congresso no ano passado.
Tarcísio disse que “sem a corda no pescoço”, o ambiente de discussão com governadores sobre a reforma tributária seria “mais colaborativo”.
Para Eduardo Leite, a tramitação da reforma tributária só andará se for uma prioridade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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— Se a gente quer uma reforma tributária para o país, é fundamental que ela não seja a reforma do técnico, do Bernard Appy, e nem do Ministério da Fazenda. Tem que ser liderada pelo presidente da República. O Congresso precisa perceber a absoluta prioridade desse processo para simplificação (de tributos) — afirmou o governador gaúcho.
Leite elogiou o diálogo que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem mantido com os governadores quanto à recomposição das perdas de arrecadação de ICMS dos estados. Segudo ele, a recomposição precisa ser uma prioridade. — O ambiente de diálogo me deixa confiante de que teremos encaminhamento - disse.
— Para que o tributo sobre a gasolina, que é um combustível fóssil, seja considerado como essencial e consequentemente quem tem carro pague menos, eu vou tirar dinheiro da saúde e da educação. É R$ 1 bilhão a menos por ano para educação (no Rio Grande do Sul). Estou restringindo investimentos para algo que atende quem tem carro — salientou.
Já Ratinho Júnior afirmou que “os governos do PT historicamente não têm o perfil reformista”. O governador paranaense diz não acreditar em uma reforma ampla.
— Não acredito que vão avançar na (reforma) tributária. Geralmente, uma reforma tributária precisa ter ambiente econômico saudável, coisa que não temos hoje no mundo, existe uma instabilidade. Não vejo que o governo federal e o Congresso consigam fazer uma reforma tributária ampla. (...) É possível avançar talvez numa simplificação dos tributos — disse ele.