Economia
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Por Alice Cravo — Brasília

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou nesta quarta-feira que o governo está fazendo um “esforço concentrado” para mostrar ao Banco Central que é possível reduzir os juros no país. Tebet defendeu que a inflação não é de demanda e que o governo tenta mostrar segurança jurídica, previsibilidade e estabilidade.

— O que estamos fazendo é um esforço concentrado para mostrar para o Banco Central, na próxima reunião do Copom, que o problema da inflação não é demanda. Esse já é um ponto importante inicial que nos dá tranquilidade de ter segurança daquilo que estamos falando: que é possível baixar os juros no Brasil — afirmou Tebet.

Ela falou depois de o governo ter anunciado na véspera uma reoneração parcial de gasolina e etanol por um prazo de quatro meses, associada a uma taxação das exportações de petróleo pelo mesmo período.

Alguns postos já trocam o preço dos combustíveis — Foto: Márcia Folleto/Agência O Globo
Alguns postos já trocam o preço dos combustíveis — Foto: Márcia Folleto/Agência O Globo

— Se nós mostrarmos segurança jurídica, previsibilidade, estabilidade, pode, ainda que paulatinamente, diminuir os juros porque temos responsabilidades — disse a ministra.

Tebet deu a declaração em conversa com jornalistas após um encontro com a primeira-dama, Janja da Silva, e as outras dez ministras do governo para marcar a abertura do Mês Internacional da Mulher. A cerimônia ocorreu no Palácio do Planalto.

Na ocasião, Tebet foi questionada sobre a decisão anunciada ontem pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de retornar os impostos federais (PIS/Cofins e Cide) em R$ 0,47 para a gasolina e R$ 0,02 para o álcool.

— Estamos preparando um pacote que envolve reforma tributária, envolve arcabouço fiscal, reuniões da junta, mostrando que estamos preocupados com gastos públicos, com contenção, e que embora tenhamos medidas expansionistas de promessas de campanha do presidente, elas já foram precificadas. Portanto, não vale apara falar de aumento ou estabilidade de juros porque já está no pacote anunciado — afirmou Tebet.

A volta dos impostos deve causar um impacto entre 0,33 e 0,39 ponto percentual no IPCA em março, calculam economistas. O fim da desoneração era defendida pelo ministro Haddad para não aumentar os rombos das contas públicas. A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, por sua vez, era contrária à volta dos tributos.

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