Economia
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Por Glauce Cavalcanti — Rio

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad tem apoio irrestrito do BNDES em seu projeto para o novo arcabouço fiscal para o país.

- Em relação ao novo arcabouço fiscal, Haddad pode esperar total lealdade e parceria do BNDES. Não nos peçam para não dizer o que pensamos nem de ajudar o governo. Vamos apoiar, ajudar a encontrar o melhor caminho para o país, adotar as melhoras práticas - afirmou Mercadante, adicionando uma crítica à conduta do banco no governo de Jair Bolsonaro:

- Aquele banco acanhado acabou. Vamos investir.

Na reta final antes da apresentação da âncora fiscal, Haddad terá mais uma reunião com ministros do governo para explicar os detalhes da proposta de mudança das regras costuradas pelo governo para controlar a dívida pública.

O novo arcabouço fiscal deverá ser novamente discutido pela Junta de Execução Orçamentária (JEO) com os ministros Rui Costa, da Casa Civil, Simone Tebet, do Planejamento, e Esther Dweck, da Gestão. O encontro estava previsto para esta segunda-feira, mas foi adiado para terça-feira.

Mercadante participou da abertura do Seminário 'Estratégias de desenvolvimento sustentável para o século XXI', realizado pelo BNDES na manhã desta segunda-feira. O evento é organizado pelo banco, Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e Fiesp.

Na mesa de abertura do evento estão ainda Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento; Esther Duek, ministra da Gestão; Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp, e José Pio Borges, presidente do Conselho Curador do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri).

Há ministros de outros governos, como os economistas Pedro Malan e Izabela Teixeira, ex-ministra do Meio Ambiente, e especialistas como o economista Eduardo Gianetti. Presentes ainda nomes que participarão do evento, como o economista André Lara Resende e o prêmio Nobel de Economia, Joseph Stiglitz.

Também estiveram presentes no seminário João Paulo Capobianco, secretário executivo do Meio Ambiente; Jorge Viana, presidente da Apex-Brasil; João Pedro Nascimento, presidente da CVM; e José Velloso Dias, presidente da Abimaq, além de nomes como Carlos Eduardo Gabas e Raul Jungmann. Também estão presentes Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, e Lindbergh Farias (PT).

Apoio ao presidente da Fiesp

Também em sua fala de abertura, Mercadante reforçou o apoio a Josué Gomes, que foi alvo de disputas políticas internas na Fiesp que quase resultaram em sua deposição do cargo de presidente da instituição:

- Josué é hoje o grande defensor da indústria, do chão da fábrica. E tem todo o nosso apoio e a nossa solidariedade - afirmou o presidente do BNDES, que já havia reforçado seu apoio ao tomar posse no BNDES.

As desavenças sobre o comando da Fiesp foram pacificadas após a assinatura e um acordo, no fim de janeiro, assinado por Josué Gomes e Paulo Skaf, ex-presidente da entidade.

Mercadante concentrou sua fala na mudança na condução do BNDES, com foco em fazer com que o banco tenha papel de peso em apoiar a construção de políticas públicas e o desenvolvimento do país.

- Temos uma longa história de contribuição em políticas públicas. Estamos cumprindo o papel de subsidiar, de apoiar o governo. Não estamos concorrendo com nenhum ministério - afirmou.

Josué Gomes defende reindustrialização

Ao discursar no evento, o presidente da FIESP destacou a necessidade da reindustrialização brasileira. Segundo Josué Gomes, a alta carga tributária do setor industrial e a alta taxa de juros no país, ao longo de quatro décadas, foram circunstâncias negativas impostas à indústria e tem minado sua participação no PIB brasileiro.

- Precisamos oferecer para o setor produtivo nacional, especialmente indústria de transformação, taxas de juros compatíveis e uma tributação isonômica com relação aos demais setores. (...) É inconcebível o patamar de juros do Brasil - disse Gomes, que destacou a importância das reservas cambiais que trazem credibilidade ao país.

O presidente da FIESP comparou ainda as condições do setor industrial com as do setor agropecuário, que conta com o Plano Safra, programa do governo federal que destina anualmente recursos para custeio e investimento do setor.

- O agro tem o Plano Safra. Por que não criar um ‘Plano Produção’? - questionou ele, que também criticou o alto nível de impostos pago pelo setor industrial, em detrimento do setor agro.

A ministra da Gestão, Esther Dwek, por sua vez, frisou que a pasta vem conversando sobre parcerias com o BNDES em diversas frentes:

— Uma das mais importantes é a de contratação e de contas públicas, como BNDES podendo ser um dos grandes motores de inovação e desenvolvimento do país.

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