Economia
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Por Daniel Gullino — Brasília

O ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães virou réu por denúncias de assédio contra funcionárias do banco. O caso tramita na Justiça Federal de Brasília, sob sigilo. A investigação foi aberta após diversas servidoras apresentarem acusações.

Em nota, o advogado de Guimarães, José Luis Oliveira, afirmou que a defesa "nega taxativamente a prática de qualquer crime e tem certeza que durante a instrução a verdade virá à tona, com a sua absolvição". De acordo com o texto, "Pedro Guimarães confia na Justiça".

Os termos da denúncia não foram divulgados, mas o crime de importunação sexual ("praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso") tem pena de um a cinco anos de reclusão. Já o crime de assédio sexual ("constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual") tem pena de um a dois anos de detenção (que pode ser cumprida em regime semiaberto).

Guimarães deixou a presidência da Caixa em junho do ano passado, um dia após o site "Metrópoles" publicar o relato de cinco funcionárias do banco. Elas contaram ter sido vítimas de comportamentos inapropriados, como convites, frases constrangedoras e toques em partes do corpo delas. Depois, outras denúncias também surgiram.

Além da investigação na Justiça Federal, Guimarães também já foi denunciado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). O órgão pediu que ele pague pague R$ 30,5 milhões pelos danos causados às mulheres que o acusam.

Em outubro do ano passado, a Caixa conclui um relatório de investigação interna sobre a conduta do ex-presidente da instituição. Foram ouvidos mais de 50 depoimentos de vítimas e testemunhas, além de reunidos dados sobre as denúncias de assédio sexual e moral.

O documento concluía que existiam indícios de práticas irregulares de “índole sexual" e que teriam sido praticadas de forma reiterada, e se utilizando “das mais variadas formas de expressão (física, gestual ou verbal) e valendo-se, inclusive, e em especial, da condição de presidente da empresa”, segundo reportagem veiculada à época pelo Jornal Nacional.

A corregedoria da Caixa também concluiu na ocasião que Guimarães adotava práticas como abuso de poder hierárquico, atitudes constrangedoras, comportamentos agressivos, tratamento ríspido e submissão de empregados a práticas de humilhação.

Após a saída de Guimarães, foram afastados outros executivos próximos do ex-presidente. Desde então, a Caixa tem sido comandada por mulheres. No fim do governo Bolsonaro, a instituição ficou a cargo de Daniella Marques. No atual governo, o comando ficou com Rita Serrano, que é funcionária de carreira.

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