Saiba o que o Bard, chat de inteligência artificial do Google pode fazer (e o que não pode)

A Bard compete com tecnologias semelhantes da Microsoft e de sua parceira, a startup OpenAI de São Francisco, como o ChatGPT. Mas o Google tem sido cauteloso com seu lançamento, pois tenta controlar o comportamento inesperado exibido por esse tipo de tecnologia. Ela está implantando o chatbot como um serviço que opera separadamente de seu mecanismo de busca na Internet e de outros produtos.

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Confira um breve guia para o novo bot:

Bard diz imediatamente que comete erros. “Sou Bard, seu colaborador criativo e prestativo. Tenho limitações e nem sempre vou acertar, mas seu feedback vai me ajudar a melhorar”, diz uma mensagem no topo da página.

Como o ChatGPT da OpenAI e o chatbot do Bing da Microsoft, o Bard é baseado em um grande modelo de linguagem, ou LLM, um tipo de tecnologia de inteligência artificial que aprende analisando grandes quantidades de dados da Internet. Isso significa que às vezes comete erros e pode inventar coisas.

Para começar, Bard sugere alguns prompts, incluindo “Explique por que grandes modelos de linguagem às vezes cometem erros”.

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O Bard não pretende ser um mecanismo de busca. É um sistema experimental destinado a mostrar às pessoas como elas podem usar esse tipo de chatbot.

Pode gerar ideias. Ele pode escrever postagens de blog. E pode responder a perguntas com fatos ou opiniões.

Quando perguntado: "Qual é o momento mais importante da história americana?" ele escreveu:

"O momento mais importante da história americana é uma questão de opinião, mas alguns dos candidatos mais citados incluem:" e lista eventos. No entanto, ele não dá a mesma resposta todas as vezes.

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Como tecnologias semelhantes, o Bard gera um novo texto toda vez que você digita um prompt. Pode responder à mesma pergunta de muitas maneiras diferentes.

Quando questionado em outra ocasião sobre o momento mais importante da história americana, Bard escreveu que foi sem dúvida a Revolução Americana.

Como o chatbot Bing da Microsoft e tecnologia semelhante de startups como You.com e Proximity, Bard às vezes anota suas respostas para que você possa revisar suas fontes.

E ele se conecta ao vasto índice de sites do Google para que suas respostas possam incluir as informações mais recentes publicadas na Internet.

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Mas isso nem sempre leva a melhores fontes. Quando o chatbot escreveu que o momento mais importante da história americana foi a Revolução Americana, ele citou um blog, “Pix Style Me”, que foi escrito em uma mistura de inglês e chinês e adornado com desenhos animados de gatos.

E ele nem sempre percebe o que está fazendo. Quando perguntado por que havia citado essa fonte específica, o bot insistiu que havia citado a Wikipedia.

Ao usar a versão mais recente do ChatGPT da OpenAI este mês, Oren Etzioni, pesquisador e professor de IA, perguntou ao bot: “Qual é a relação entre Oren Etzioni e Eli Etzioni?” Ele respondeu corretamente que Oren e Eli são pai e filho.

Quando ele fez a mesma pergunta a Bard, ele se recusou a responder. “Meu conhecimento sobre essa pessoa é limitado. Há mais alguma coisa que eu possa fazer para ajudá-lo com este pedido?”

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Eli Collins, vice-presidente de pesquisa do Google, disse que o bot frequentemente se recusava a responder sobre pessoas específicas porque poderia gerar informações incorretas sobre elas – um fenômeno que os pesquisadores de IA chamam de “alucinação”.

Ele não quer orientar incorretamente as pessoas.

Quando a Bard foi solicitada a fornecer vários sites que discutissem as últimas pesquisas sobre o câncer, ela se recusou a fazê-lo.

O ChatGPT responderá a solicitações semelhantes (e, sim, criará sites). Collins disse que o Google Bard tendia a evitar fornecer aconselhamento médico, jurídico ou financeiro porque poderia levar a informações incorretas.