Economia
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Por The New York Times — Nova York

O Departamento de Justiça e a Securities and Exchange Commission (SEC, o órgão regulador do mercado americano) deram os primeiros passos para investigar o colapso do Silicon Valley Bank (SVB), segundo fontes informaram ao Wall Street Journal. As iniciativas são independentes e ainda estão na fase preliminar. Elas podem ou não levar a acusações formais de irregularidades.

Um dos alvos potenciais pode ser a venda de ações do banco por diversos executivos nas semanas que antecederam a quebra do banco. As vendas geraram milhões de dólares em receitas, embora algumas operações tenham sido feitas de acordo com planos de vendas que preveem antecipadamente a data da operação.

CEO pede que cliente volte

O ex-presidente do SVB Gregory Becker vendeu ações no fim de fevereiro no valor de US$ 3 milhões, ao preço de US$ 286 por papel, conforme informações divulgadas no dia 1º de março. Mas a operação havia sido definida no dia 26 de janeiro, quando as ações fecharam a US$ 296.

Ontem, o novo CEO do SVB, Tim Mayopoulos, fez um apelo aos clientes: que eles se voltem para o banco, ou seja, que mantenham ou tragam de volta seus recursos para a instituição, cujo colapso é o maior desde a crise financeira de 2008.

“A primeira coisa que você pode fazer para apoiar o futuro desta instituição é nos ajudar a reconstruir nossa base de depósitos, deixando recursos no Silicon Valley Bank ou transferindo de volta aqueles que sobraram nos últimos dias”, escreveu ele, na terça-feira, em um e-mail para os clientes.

Segundo Mayopolous, o banco está aberto para negócios, fazendo novos empréstimos e honrando as linhas de crédito existentes. De acordo com os reguladores, em meio a uma corrida aos bancos, os saques feitos por clientes e investidores totalizaram US$ 42 bilhões no dia 9 de março.

O colapso do SVB foi desencadeado por uma corrida de clientes para resgatar depósitos. A maioria tinha um total de recursos superior a US$ 250 mil, ou seja, acima do limite que é garantido por lei.

O caso do SVB levantou temor que clientes de outros bancos regionais sacassem recursos em um movimento que poderia desestabilizar o sistema bancário. No fim de semana, o governo americano anunciou um plano de empréstimo aos bancos e assegurou que todos os clientes teriam acesso aos recursos, mesmo que eles ultrapassem o limite de US$ 250 mil.

Mercado vê alta de juro

Em outra frente, o Federal Reserve, o banco central americano, está considerando mudanças nas regras para instituições financeiras de médio porte após o colapso do SVB. Uma opção é que elas passem a seguir normas mais rígidas, hoje aplicadas somente aos grandes bancos de Wall Street.

Enquanto autoridades tentam punir os responsáveis e evitar que o caso ganhe maiores proporções, investidores voltaram ontem suas atenções para o comportamento da inflação. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) avançou 0,4% em fevereiro, em linha com as expectativas. O núcleo do índice, que exclui componentes com maior oscilação, como alimentos e energia, subiu 0,5%.

Os números reforçaram a percepção de que a inflação está alta e que, portanto, o Federal Reserve deve continuar a subir juros, ainda que a alta seja mais moderada. No começo da semana, após a quebra do SVB, o mercado passou a avaliar a hipótese de pausa no aumento de juros. Ontem, ganharam força as apostas em um aumento de 0,25 ponto percentual. A reunião para definir o comportamento da taxa está marcada para a próxima semana.

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