Economia
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Por Victoria Abel e Renan Monteiro

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, adotou um tom neutro na disputa entre o Ministério do Meio Ambiente e o Ibama, de um lado, e o Ministério de Minas e Energia e a Petrobras, de outro, sobre a exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas. O ministro concedeu entrevista à Globonews na tarde desta sexta-feira.

Haddad disse que a região tem um ecossistema "impressionante" e que é preciso ouvir cientistas e ambientalistas sobre os riscos da exploração. Mas também afirmou que o país precisa olhar para as experiências internacionais e lembrou que a Petrobras tem bastante conhecimento sobre a região e sobre a exploração em alto mar.

- Temos que olhar para a experiência internacional para saber o que de fato estamos falando. Eu conheço a região. Aquela região é de uma riqueza e biomas incalculáveis. O Amazonas entra no oceano quilômetros. É um ecossistema muito impressionante. Penso que um cientista vai concordar que é uma preciosidade. Faz muito bem o Meio Ambiente em zelar por aquele patrimônio. Agora, hoje há tecnologias que podem, não sou especialista, mas a própria ministra falou que vai estudar a questão com a importância que merece. A Petrobras também está disposta a dar todas as garantias para que a proteção ambiental esteja garantida na forma da legislação brasileira - disse Haddad.

O ministro disse que é preciso tentar algum tipo de compatibilização nas agendas ambiental e de exploração de petróleo. Ao mesmo tempo em que se mostrou preocupado com os efeitos das mudanças climáticas, e lembrou a seca vivida na Argentina, também disse que o mundo terá, por algum tempo, que conviver com as duas agendas: de produção de energia pelas vias tradicionais, enquanto promove a transição energética.

- Temos cientistas muito capazes de oferecer os melhores pareceres para que a decisão seja tomada com muito embasamento. É uma área muito sensível do ponto de vista ecológico, que inspira cuidado pela sua riqueza. Aquela região do país é muito impressionante e o Brasil e as empresas têm suas prerrogativas de exploração. É possível compatibilizar? Não sou eu que vou responder, mas tem que ser tentado um esforço de verificar as melhores possibilidades - disse.

Segundo ele, o Brasil precisa olhar para a experiência internacional.

— Não é exclusividade do Brasil. Outros países da margem equatorial também tem petróleo. Então por que não verificar o que está acontecendo, a experiência da própria Petrobras na região, ela não está chegando agora e tem conhecimento. E aí de novo volto para a política. Quando é bem feita ela pode produzir os melhores resultados. E tomar as decisões mais duras ou não à luz dos fatos. Essa questão ambiental vai nos acompanhar, até resolver a questão da descarbonização — afirmou.

Petrobras

— Lula nunca defendeu a desoneração de combustíveis. Não faz sentido ter imposto sobre água e não ter sobre combustível fóssil. Estamos retomando a normalidade — afirmou.

Eletrobras

Questionado sobre o modelo de capitalização da Eletrobrás, Haddad lembrou que acha ruim o modelo, mas destacou que o governo precisa escolher as batalhas que vai lutar.

— Se você está no governo, você faz um debate. Quando o governo toma uma decisão, é do time. Você vai concordar com todas as decisões? Você fica no governo com a mentalidade de que o balanço é favorável a população. No caso em questão, eu acho que a privatização da Eletrobras foi mal feita. É uma lei que deveria ser repensada. Essa briga é fruto de uma indignação com o que se fez com o patrimônio público. Essas empresas estratégicas quando são vendidas de uma forma que não é esclarecedora, fica sempre uma insegurança se a decisão foi a melhor — afirmou.

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