Economia
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Por Renan Monteiro — Brasília

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, se encontraram na manhã desta terça-feira, em Brasília, após anúncio de mudança na política de preços para os combustíveis. Para o presidente da Petrobras, a nova política não representa intervenção do governo na empresa e a rentabilidade da companhia está assegurada.

A nova política de preços passa a considerar custos internos de produção da Petrobras e não apenas a cotação internacional e o câmbio, como previa a política de paridade internacional (PPI), criada no governo de Michel Temer. Também prevê preços diferenciados por cliente e por região.

Segundo Silveira, a medida cumpre promessa eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e era hora de "abrasileirar" os preços. Ele define a nova estratégia como “política nacional de competitividade interna” e defende o papel da Petrobras como "indutora" do crescimento nacional, com uma visão social.

O objetivo, segundo ele, é buscar os melhores “preços competitivos” e internos, com resultado prático à população.

A aplicação da nova política é imediata. Amanhã, os preços de gasolina e diesel vão cair nas refinarias em 12,6% e 12,8%, respectivamente. Veja abaixo com vai ficar:

  • Gasolina A (antes da mistura com etanol e antes de chegar na distribuição e revenda) terá queda de R$ 0,40 por litro ou 12,6%;
  • Diesel A (antes da mistura bom o biodiesel) cairá R$ 0,44 ou 12,8%;
  • GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) terá queda de R$ 8,97 por botijão de 13 quilos, menos 21,3%.

— Estamos trabalhando para as empresas petroleiras terem uma referência interna. Era hora de “abrasileirar” os preços dos combustíveis. A Petrobras de forma alguma vai deixar de ser atrativo aos investidores. Nós estamos conseguindo avançar naquilo que o presidente Lula disse em campanha, olhando para a vida dos mais pobres — disse Silveira, em coletiva no ministério de Minas e Energia.

Botijão de gás abaixo de R$ 100

Segundo o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, a diretoria executiva, que anunciou a nova política de preços, é a última instância de decisão. Ele salientou a queda de botijão de gás:

— Teremos redução de preços a partir de amanhã. Pela primeira vez, desde de outubro de 2021, nós teremos o botijão a gás abaixo dos R$ 100, como preço médio esperado no mercado a R$ 99,87 — disse Jean Paul.

Segundo Prates, a rentabilidade da empresa não será afetada pela medida. Ele nega que seja uma intervenção do governo federal na governança da companhia e diz a nova estratégia "recupera" a liberdade da empresas em "fazer preços":

— Não há intervenção. É uma vontade política que foi eleita. Os instrumentos de rentabilidade e competitivos estão integralmente garantidos. É um modelo que vai a Petrobras ter o melhor preço para o seu cliente, como qualquer outras empresas. É aproveitarmos os ativos brasileiros em favor dos brasileiros. Nós nos “alforriamos” de um único fator, que é a paridade internacional — disse Prates.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira — Foto: Lula Marques
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira — Foto: Lula Marques

Na visão do governo, é contraditória a “importação” de 100% dos preços, quando o país teria autossuficiência, com vasta produção interna de petróleo. Essa vantagem do Brasil, segundo o presidente da Petrobras, justificaria a desvinculação da paridade internacional.

Outro tema discutido na coletiva foi o impacto da redução de preços dos combustíveis no nível de preços ao consumidor. Para o ministro Alexandre Silveira, a queda nos preços dos itens voláteis como gasolina e diesel abrirá margem a uma menor pressão inflacionária e eventual redução dos juros por parte do Banco Central.

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