O Pix foi o meio de pagamento digital mais utilizado no ano passado, respondendo por 29% das transações realizadas, contra 16% em 2021. Os dados fazem parte de relatório do Banco Central divulgado nesta quarta-feira.
De acordo com o BC, o Pix teve um saldo de crescimento e usabilidade desde o lançamento em novembro de 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19.
“Em apenas dois anos de operação, entre novembro de 2020 e dezembro de 2022, o Pix tornou-se o instrumento com maior quantidade anual de transações”, diz o documento do BC.
Os dados mostram que o cartão de crédito ficou com uma fatia de 20% da quantidade de transações (de 22% em 2021), o de débito, com 19% (de 23%) e o pré-pago, com 9% (de 7% um ano antes).
O regulador pondera que em termos absolutos, no entanto, foi mantido o contínuo aumento do uso de cartões. Houve estagnação da utilização de boletos e redução “ainda mais acelerada" do uso de cheques, aponta o Banco Central.
No relatório, o BC cita dois movimentos com a entrada no Pix no mercado. A primeira foi substituir meios de pagamento e transferências já existentes. Posteriormente, o cenário foi de atrair pessoas até então não bancarizadas.
“A evolução da quantidade de transações por meio do Pix demonstra que esse instrumento teve importante papel no significativo aumento na quantidade de transações do ecossistema de pagamentos como um todo, proporcionando a participação de pessoas que nunca haviam realizado transferências", diz o BC.