Economia
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Por Manoel Ventura — Brasília

O governo Luiz Inácio Lula da Silva vai colocar mais R$ 300 milhões no programa que concede descontos na compra de carros populares para continuar estimulando as vendas do setor automotivo, de acordo com integrantes do Executivo. Os novos valores vão seguir as regras já vigentes, ou seja, valendo apenas para carros de até R$ 120 mil. Os bônus bancados pelo governo são de R$ 2 mil a R$ 8 mi por veículo.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, antecipou à colunista do GLOBO Míriam Leitão que o programa de incentivo à compra de carros será estendido, e aberto inclusive para pessoas juridicas nessa segunda etapa.

O governo já havia disponibilizado R$ 500 milhões para a compra de veículos leves com abatimentos, valor que agora deve subir para R$ 800 milhões. A ampliação constará em medida provisória (MP) a ser publicada ainda nesta semana.

A duração máxima do incentivo continuará sendo de quatro meses, mas governo acredita que ele dure apenas mais algumas semanas.

O programa concede descontos para os carros, e depois as montadoras têm acesso a crédito (que são abatidos na cobrança de impostos).

Segundo o painel de dados lançados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), R$ 420 milhões dos R$ 500 milhões em crédito tributário para a compra de carros já foram usados. Isso equivale a 84% do total.

Originalmente, a possibilidade de empresas, como locadoras de veículos, entrarem no programa de compra de carros acabaria no último dia 20, mas a exclusividade para pessoas físicas se beneficiarem dos descontos foi estendida por duas semanas. Para as compras de ônibus e caminhões, a exclusividade acabou no último dia 21, e as empresas já podem adquirir esses veículos com desconto.

Como funciona o programa

O desconto para a compra de carros varia de R$ 2 mil a até R$ 8 mil no preço dos veículos de até R$ 120 mil. Algumas marcas, porém, incluíram promoções adicionais para atrair os interessados.

Inicialmente, o governo reservou R$ 1,5 bilhão para o programa. Serão distribuídos assim:

  • R$ 500 milhões para automóveis
  • R$ 700 milhões para caminhões
  • R$ 300 milhões para vans e ônibus

Só será renovada a compra de carros de passeio. O tamanho do desconto varia conforme três critérios: menor preço, maior eficiência energética (carros menos poluentes); maior densidade industrial (capacidade de gerar emprego). Quanto maior a pontuação do modelo nos três critérios, maior o desconto.

Receberam desconto 233 versões de 31 modelos de nove marcas que aderiram ao programa.

O programa para renovação da frota é custeado por meio de créditos tributários, descontos concedidos pelo governo aos fabricantes no pagamento de tributos futuros, no total de R$ 1,5 bilhão. Em troca, a indústria automotiva comprometeu-se a repassar a diferença ao consumidor.

Volks suspende produção

Mesmo com o programa, a a Volkswagen anunciou nesta semana que haverá parada de produção temporária em suas três fábricas de automóveis no país, por conta da "estagnação do mercado". As paralisações servem para ajustar a produção à demanda fraca.

Segundo a montadora, a fábrica de São José dos Pinhais (PR), onde é produzido o T-Cross, está com um turno em layoff (quando os operários têm os contratos de trabalho suspensos temporariamente) desde 5 de junho, com duração prevista entre dois e cinco meses. O outro turno de produção ficará parado apenas esta semana: desde terça-feira, dia 27, até sexta-feira, dia 30, em regime de banco de horas.

A unidade de Taubaté (SP), onde são fabricados o Polo Track e o Novo Polo, também ficará com os dois turnos de produção interrompidos nesta semana: desde terça-feira, dia 27, até sexta, dia 30, também em regime de banco de horas.

A fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), onde são produzidos o Novo Virtus, Novo Polo, Nivus e Saveiro, protocolou férias coletivas de dez dias previstas para os seus dois turnos de produção, a partir de 10 de julho.

Segundo a montadora, todas as ferramentas de flexibilização estão previstas em acordo coletivo firmado entre o Sindicato dos Metalúrgicos e os colaboradores da Volkswagen.

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