Menos de um dia após o anúncio de que passaria a cobrar pelas transações via Pix às pessoas jurídicas a partir do dia 19 de julho, a Caixa Econômica comunicou nesta terça-feira que vai suspender a medida. A manutenção da gratuidade faz o banco ser o único entre os cinco maiores do país (Bradesco, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Caixa Econômica e Santander) a não praticar tarifa nessa modalidade.
A medida já é comum entre grandes bancos, inclusive em públicos, mas suas taxas e condições variam entre as instituições financeiras. Há, contudo, outras instituições e fintechs que não praticam a cobrança. Veja a seguir as condições em cada um deles:
Bancos e fintechs que cobram pelo Pix para Pessoa Jurídica
- Banco do Brasil:
Cobra R$ 2,90 a cada Pix saque e a cada Pix troco.
Para recebimento via QR Code PIX, cobra 0,99% do valor por transação, sendo que o valor máximo é de R$ 140,00.
Para transferência para outras instituições, cobra 0,99% do valor por transação, sendo que o valor mínimo é de R$ 1,00 e o valor máximo é de R$ 10,00.
Não cobra para transferência e recebimento de Pix de BB para BB.
- Bradesco:
Cobra R$ 2,50 a cada Pix saque e a cada Pix troco.
Para recebimento via QR Code PIX, cobra 1,40% do valor por transação, sendo que o valor mínimo é de R$ 0,90 e o valor máximo é de R$ 9,00.
Para transferência para pagamento, cobra 1,40% do valor por transação, sendo que o valor mínimo é de R$ 1,65 e o valor máximo é de R$ 9,00.
- Santander:
Para recebimento de Pix via QR Code, cobra 6,54% do valor por transação, sendo que o valor mínimo é de R$ 0,90 e o valor máximo é de R$ 9,00.
Para recebimento de Pix via Checkout ou GetNet, cobra 1,4% do valor recebido, sendo o mínimo de R$ 0,95.
Para envio de pagamento, cobra 1,4% do valor da transação, sendo o mínimo R$ 1,75 e máximo R$ 9,60.
- Mercado Pago:
O Mercado Pago não cobra tarifa para transferências Pix, seja pessoa física ou pessoa jurídica, por meio da chave Pix no App do Mercado Pago ou web. - Mas pagamentos que requerem integrações e gestão de conciliação mais sofisticados, como QR Code, maquininha de cartão Point, checkout em um e-commerce e link de pagamento, as taxas variam entre 0.49% e 0.99% sobre o valor processado. Para grandes volumes e soluções especializadas, as taxas são customizadas.
Bancos e fintechs que não cobram Pix para PJ
- Nubank
- C6 Bank
- Cora
- Inter
De acordo com as regras do Banco Central, o Pix é gratuito para pessoas físicas, microempreendedores individuais (MEIs) e empresários individuais (EIs). No entanto, são passíveis de cobrança por parte dos bancos caso o cliente utilize canais presenciais ou por telefone, mesmo com outros disponíveis; estiver recebendo dinheiro com fins comerciais; ultrapassar 30 Pix por mês; receber com QR Code dinâmico ou QR Code de um pagador pessoa jurídica.
No caso de pessoas jurídicas que não são MEIs nem EIS, o recebimento e envio de Pix podem ser cobrados e ficam a critério dos bancos a aplicação ou não de tarifas.