O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, avalia que este é o momento ideal para a União Europeia (UE) renovar a parceria e os investimentos na América Latina.
- A gente está em uma encruzilhada em que tanto para a União Europeia quanto para a região pode ser uma inflexão - disse Goldfajn, em entrevista ao GLOBO durante a III Cúpula CELAC-UE, em Bruxelas
Na semana passada, o jornal britânico Financial Times publicou um editorial em que dizia que os europeus estavam chegando atrasados à América Latina se comparado ao avanço da presença da China no continente.
Durante a Cúpula em Bruxelas, a União Europeia anunciou € 45 bilhões do programa Global Gateway para investir na região.
- A União Europeia precisa da América Latina, porque tem todos esses objetivos de clima, a América Latina é muito importante - acrescentou Ilan.
Confira imagens das primeiras viagens oficiais do governo Lula
17 fotos
Em cinco meses, atual presidente já se encontrou com mais chefes de governo do que seu antecessor em quatro anos
Sobre a avaliação do jornal inglês, o presidente do BID acredita que não é tarde para os europeus renovarem o compromisso com a região:
- Não existe isso de chegar atrasado, é sempre um bom momento.
Ilan afirmou que a União Europeia é um parceiro, está renovando a vontade de investir na região e tem valores parecidos, como democracia, transparência, respeito a direitos humanos.
- Pelo lado da América Latina, a gente tem algumas décadas perdidas. Portanto, a gente precisa encontrar aliados, a gente precisa achar algum espaço nosso no mundo, para poder desenvolver, poder crescer - diz o presidente do BID.
Ilan Goldfajn acredita que é preciso mudar a narrativa de que a América Latina precisa do dinheiro dos europeus, já que eles também precisam do continente:
- A gente precisa de uma colaboração. Nós temos muito do que o mundo precisa, tanto energia limpa, renovável, hidrogênio verde, alimentos, várias coisas que dá para fazer juntos.
BepiColombo, uma missão conjunta europeia e japonesa, concluiu seu último sobrevoo por Mercúrio, enviando uma prévia do planeta cheio de crateras que começará a orbitar em 2026
Supremo Tribunal Federal reservou três semanas para ouvir 85 testemunhas de defesa de cinco réus, sendo que algumas são as mesmas, como os delegados Giniton Lages e Daniel Rosa, que investigaram o caso
A decisão do candidato da oposição de deixar a Venezuela por temer pela sua vida e pela da sua família ocorreu depois de ter sido processado pelo Ministério Público por cinco crimes relacionados com a sua função eleitoral