Economia
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Por Ivan Martínez-Vargas — São Paulo

O governo da Argentina e técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) chegaram a um consenso sobre as bases de um acordo para a quinta revisão do acordo de Mecanismo de Financiamento Ampliado do país junto à instituição. Os detalhes ainda serão divulgados nos próximos dias.

Um acordo permitiria destravar US$ 4 bilhões em pagamentos previstos à Argentina para o fim de junho e que não ocorreram porque o país não cumpriu com as metas acordadas antes do impacto da seca, de acordo com o jornal Ámbito.

O programa do FMI é usado por países que enfrentam problemas de balanço de pagamentos. A Argentina vive uma forte crise econômica e uma seca histórica em meio a um cenário eleitoral. Suas reservas são negativas US$ 7,3 bilhões e, nesse cenário, a moeda tem se depreciado em relação ao dólar. A cotação da moeda americana chegou ao patamar de 520 pesos na semana passada.

No primeiro semestre, a Argentina não cumpriu metas de acumulação de reservas, déficit fiscal e financiamento monetário de déficit. As negociações para a quinta revisão do acordo já duram três meses e envolvem quase uma semana de discussões presenciais de autoridades argentinas e do FMI em Washington.

Uma nota técnica conjunta de autoridades argentinas e do organismo intenacional, publicada nas redes sociais, afirma que "foram finalizados os aspectos medulares do trabalho técnico da próxima revisão".

"Foram acordados os objetivos e os parâmetros centrais que serão a base de um 'Staff Level Agreement' (acordo técnico) que deve ser finalizado nos próximos dias, para em seguida avançar rumo à revisão do programa da Argentina", diz a nota, sem entrar em detalhes. De acordo com o Ámbito, os termos do acordo devem ser divulgados na quarta-feira ou na quinta-feira desta semana.

Ainda de acordo com a nota técnica, o acordo "busca consolidar a ordem fiscal e fortalecer as reservas reconhecendo o forte impacto da seca, o prejuízo às exportações e os ingressos fiscais do país".

As negociações nos Estados Unidos começaram na terça-feira com a presença do vice-ministro Gabriel Rubinstein e do vice-presidente do Banco Central da Argentina, Lisandro Cleri, juntamente com o diretor daquela entidade, Jorge Carrera.

Nos últimos dias especulou-se que o próprio Sergio Massa, ministro da Economia da Argentina e candidato do governo peronista de Alberto Fernández à presidência do país vizinho, viajaria para fechar o acordo, mas as negociações endureceram na reta final e a viagem do ministro a Washington foi suspensa, de acordo com o jornal La Nación.

Fernández revelou ter mantido uma conversa telefónica com a diretora do FMI Kristalina Georgieva e disse que o governo está “trabalhando a todo o vapor para chegar a um acordo”.

Com a Casa Rosada na reta final para as eleições primárias do país, que serão em 13 de agosto, o acordo é um tema sensível para o peronismo, que não é favorito no pleito. Massa chegou a transformar as negociações em tema de campanha. Em um discurso que surpreendeu analistas e opositores, o ministro afirmou, na semana passada, que “queremos pagar ao Fundo e que o Fundo vá embora da Argentina”.

O Brasil, por orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem pedido ao FMI que facilite um acordo com o governo Fernández. Um dos que fez o pedido explicitamente foi o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante o encontro do G7, no Japão. Lula também aproveitou encontros internacionais para pedir compreensão pela situação da Argentina.

O atual acordo com o FMI foi fechado na gestão de Mauricio Macri (2015-2019), no valor de US$ 57 bilhões. Fernández, ao assumir, negociou novos termos e suspendeu os desembolsos, até o início do ano passado. O Fundo já havia desembolsado US$ 44 bilhões antes das eleições presidenciais passadas, o que foi visto pelos peronistas como uma tentativa de beneficiar Macri, que acabou derrotado.

Mesmo tendo logrado revisar o acordo três vezes, o país descumpriu várias das metas acordadas com o Fundo em março, e o desembolso de junho, de cerca de US$ 4 bilhões, foi adiado. O objetivo de Massa é conseguir um waiver (perdão) do organismo, e um desembolso superior a US$ 4 bilhões, que permita ao governo pagar os vencimentos com o FMI e resolver o problema das reservas cambiais.

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