Um ano após o lançamento de um programa piloto que testou uma semana de quatro dias em empresas nos Estados Unidos e no Canadá, a média de horas de trabalho dos funcionários continuou a cair. Além disso, a melhora no bem estar físico e mental dos funcionários, graças à redução da jornada, se manteve firme ao longo do tempo, contrariando as previsões de que haveria um esgotamento desse efeito após alguns meses.
Uma nova pesquisa da 4 Day Week Global, uma organização sem fins lucrativos que coordenou o estudo, acompanhou a saúde, o bem-estar e os resultados comerciais de 41 empresas que adotaram o modelo de semana reduzida de trabalho um ano depois do início do programa piloto.
As pontuações de saúde física e mental relatadas pelos funcionários se mantiveram estáveis durante todo o ano, enquanto o equilíbrio entre vida pessoal e profissional continuou a melhorar. Houve, porém, aumento nas taxas de esgotamento dos funcionários e a satisfação dos trabalhadores com o trabalho caiu - embora ambos indicadores continuem melhores do que antes da adoção da semana de quatro dias.
O relatório constatou que um ano após o lançamento dos testes, que foram realizados pelo período de seis meses, a média da semana de trabalho dos funcionários caiu de 38 horas para menos de 33 horas, um grande passo em direção à meta das 32 horas que compõem uma semana de trabalho composta por quatro dias de oito horas.
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A vibe descontraída e praias mundialmente famosas do Rio continuam a fascinar estrangeiros que se mudam para a maior economia da América do Sul — Foto: Pixabay
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Capital da Malásia está se tornando cada vez mais atraente para negócios globais devido a sua grande força de trabalho que fala inglês, conexões de voo fáceis ao redor a região e a relativa acessibilidade — Foto: Pixabay
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Os pesquisadores atribuem a redução adicional de horas ao fato de as empresas terem descoberto mais maneiras de serem eficientes, em vez de dependerem do aumento da intensidade do trabalho. A economia de tempo veio através de uma programação com menos reuniões, da simplificação da comunicação e da criação de mais tempo de concentração para reduzir as distrações.
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O estudo sugere que os benefícios da mudança para uma semana de quatro dias podem durar e se fortalecer com o tempo, em vez de se dissiparem.
"Uma preocupação que ouvimos com frequência é que não há como os resultados de nossos testes de seis meses serem mantidos, pois a novidade acaba passando, mas aqui estamos um ano depois com benefícios que continuam a aumentar. Isso é muito promissor para a sustentabilidade desse modelo", disse Dale Whelehan, CEO da 4 Day Week Global, no relatório.
Os pesquisadores também avaliaram o efeito positivo que a semana de quatro dias teve sobre o bem-estar dos trabalhadores, constando ganhos de longo prazo.
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"Isso sugere que os efeitos positivos que uma semana de quatro dias tem sobre a satisfação com a vida podem estar mais profundamente enraizados no bem-estar geral dos indivíduos do que apenas na satisfação com o trabalho", escreveu a pesquisadora principal do estudo, Juliet Schor, professora do Boston College.
O cronograma de uma semana de trabalho abreviada aumentou a capacidade das empresas em contratar e reter funcionários, sendo que quase um terço dos empregados que disseram que estavam pensando seriamente em deixar a empresa agora dizem que é menos provável que o façam.
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Quando perguntados sobre quanto teriam que receber para voltar a trabalhar cinco dias, quase metade disse que precisaria de aumentos significativos para considerar a possibilidade, enquanto cerca de um em cada dez disse que nenhuma quantia seria suficiente. Nenhuma das empresas que participou do estudo expressou o desejo de voltar à programação convencional de jornada de segunda a sexta-feira.