O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a estatal vai contribuir com o Novo PAC com 47 projetos que somam investimentos de R$ 323 bilhões.
Ele citou alguns exemplos, como o fundo de descarbonização, os 19 novos sistemas de exploração (plataformas e outras embarcações) para produção em Campos, Santos e Sergipe-Alagoas.
Destacou ainda que tem 9 poços previstos na Margem Equatorial, que aguardam o licenciamento do Ibama. A Petrobras hoje já explora a área conhecida como Margem Equatorial com dois poços na Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte, onde aguarda o aval do Ibama para perfurar um terceiro poço.
Projetos do PAC que ficaram no papel
![Usina Nuclear Angra 3. Começou a ser construída em 1984, ainda no governo militar. As obras foram paralisadas em 1986, por falta de recursos em meio a crises econômicas — Foto: Brenno Carvalho](https://s2-oglobo.glbimg.com/5y7SKNJqMuGZq87Ln1Y8VmJQc5A=/0x0:5464x3640/648x248/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/H/E/m5ZhmsSoq36bJlPVULFQ/87349742-ri-rio-de-janeiro-rj-04-02-2020-obras-paradas-da-usina-de-angra-3-ha-pecas-paradas-no-ga.jpg)
![Usina Nuclear Angra 3. Começou a ser construída em 1984, ainda no governo militar. As obras foram paralisadas em 1986, por falta de recursos em meio a crises econômicas — Foto: Brenno Carvalho](https://s2-oglobo.glbimg.com/rEerBaeM8MNEQCxA6MhfFgZxRvo=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/H/E/m5ZhmsSoq36bJlPVULFQ/87349742-ri-rio-de-janeiro-rj-04-02-2020-obras-paradas-da-usina-de-angra-3-ha-pecas-paradas-no-ga.jpg)
Usina Nuclear Angra 3. Começou a ser construída em 1984, ainda no governo militar. As obras foram paralisadas em 1986, por falta de recursos em meio a crises econômicas — Foto: Brenno Carvalho
![Obras inacabadas da Refinaria Premium l, no Maranhão, em 2014: projeto nunca foi adiante — Foto: Chico de Gois / Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/HedT2UDGDdbwn7DjIhIm8R7Epqo=/0x0:2613x1800/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/8/f/kHa2E0QCCzQ8GyDaNEvw/13106855-bsb-brasilia-brasil-09-05-2014-pa-refinaria-bacabeira-placa-na-entrada-da-refi.jpg)
![Obras inacabadas da Refinaria Premium l, no Maranhão, em 2014: projeto nunca foi adiante — Foto: Chico de Gois / Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/WC3JsR1a72B1AZN97EOoPaSuAYM=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/8/f/kHa2E0QCCzQ8GyDaNEvw/13106855-bsb-brasilia-brasil-09-05-2014-pa-refinaria-bacabeira-placa-na-entrada-da-refi.jpg)
Obras inacabadas da Refinaria Premium l, no Maranhão, em 2014: projeto nunca foi adiante — Foto: Chico de Gois / Agência O Globo
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![Trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), que corta a Bahia. As obras começaram em 2010, mas pararam em 2014, por falta de recursos — Foto: Elói Corrêa | GOV-BA](https://s2-oglobo.glbimg.com/8Ph-38csGtOgOTRFzZ3e08W9PJk=/0x0:770x474/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/O/a/LXMJgNRjmvsiikK24DBQ/ferrovia-oesteleste-fiol-20219121729905770.jpeg)
![Trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), que corta a Bahia. As obras começaram em 2010, mas pararam em 2014, por falta de recursos — Foto: Elói Corrêa | GOV-BA](https://s2-oglobo.glbimg.com/l1d0CHllpKvmW7r2-e7YFN6Q2nE=/770x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/O/a/LXMJgNRjmvsiikK24DBQ/ferrovia-oesteleste-fiol-20219121729905770.jpeg)
Trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), que corta a Bahia. As obras começaram em 2010, mas pararam em 2014, por falta de recursos — Foto: Elói Corrêa | GOV-BA
![Bernardo Figueiredo, que liderou o projeto de trem-bala entre Rio e São Paulo — Foto: Ailton de Freitas/Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/d4BQB5lMAYjSjZ5d-ofePRGQRHQ=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/t/N/n1aBs5ToWkNBqtdDxKNg/20843892-bsb-brasilia-df-brasil-25052011-pa-o-deputado-federal-edson-ezequiel-pmdb-rj-presid.jpg)
Bernardo Figueiredo, que liderou o projeto de trem-bala entre Rio e São Paulo — Foto: Ailton de Freitas/Agência O Globo
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Recentemente, a estatal teve seu pedido de licenciamento para uma área mais sensível no Foz do Amazonas - que faz parte da Margem Equatorial - negado pelo Ibama, que exigiu um estudo mais completo para liberar a exploração de petróleo no local.
A empresa recorreu e o governo conta com um parecer da Advocacia Geral da União (AGU) para dispensar a exigência deste estudo mais amplo e viabilizar a exploração de petróleo na Foz do Amazonas.
![Margem Equatorial — Foto: Editoria de Arte](https://s2-oglobo.glbimg.com/TpaDUqeYx_jyO51jpMi8E2otgLU=/0x0:984x1374/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/1/r/Fh8mTeQyuSPcHxxB5ZPQ/margem-equatorial-1-.webp)
Além da Bacia Potiguar e da Foz do Amazonas, há a previsão de exploração de outras bacias na Margem Equatorial. Em entrevista a jornalistas, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou a importância da inclusão no novo PAC da exploração de petróleo na polêmica Margem Equatorial:
— A Margem Equatorial no PAC passa a ser uma prioridade de governo. Mas, claro, tudo com diálogo permanente com o executivo e o Congresso e o Ibama.
Silveira destacou a importância de se cumprir as leis:
— É importante destacar que o nosso governo será intransigente na questão da cumprimento da legislação, o que não quer dizer que há impeditivo para se explorar a margem Equatorial. O único impeditivo que poderia ser apontado era se houvesse estudos no sentido de que Essa região seria inexplorável por questões pontuais
Segundo Prates, outras obras previstas pela estatal que foram incluídas no PAC incluem projetos de escoamento de gás, com o gasoduto da Rota 3 no Rio de Janeiro e mais dois gasodutos, ambos em Sergipe-Alagoas.
- De Belo Monte a Refinaria Abreu e Lima: Veja que fim levaram cinco obras emblemáticas do PAC
- Tem a Rnest (Refinaria Abreu e Lima, que vai aumentar a capacidade para 260 mil barris por dia). Tem projetos de upgrade da Replan (Refinaria de Paulínia, em São Paulo) e da Revap (Refinaria Henrique Lage, em São Paulo), com melhoria de diesel. A transição energética, com planta de bioqav (combustível renovável para aviação) e diesel renovável. Tem planta de co-processamento R5 (diesel mais renovável) na Repar (refinaria Presidente Getúlio Vargas, no Paraná), Cubatão, em Duque de Caxaias e Rnest.
Segundo ele, tudo já está no plano da Petrobras.
- O PAC é uma reunião dos projetos. Tem uma parte do PAC que são as diretrizes e colocamos coisas possíveis, como fertilizantes.
Prates disse ainda que para o próximo plano de negócios, até novembro, devem entrar novos projetos.
- Daqui até março, vamos ter pelos menos até mais cinco projetos de downstream (refino, petroquímica e fertilizantes). Talvez incluam aquisições. Pode ser coisa que já está pronta.
Em sua apresentação no Theatro Municipal no Rio, Prates disse que o setor naval vai voltar a contratar:
— Navios serão construídos no Brasil. Vamos lotar os estaleiros novamente, no Rio, na Bahia, no Nordeste. No Sul, já temos os estaleiros revigorados como o Rio Grande. Como disse meu colega ministro de minas e energia (Alexandre Silveira), estamos alinhados. E estamos trabalhando em transição energética. Teremos uma refinaria inaugurada em 1937 por Getúlio Vargas que será a primeira biorefinaria do Brasil — disse.
Nota da redação: A Margem Equatorial tem a previsão de 9 poços e não 19, como mencionado na primeira versão.