Economia
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Por Renan Monteiro

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira que a solução para os juros cobrados no rotativo do cartão de crédito precisa ter “equilíbrio”. Ele também comentou que eventual limitação de juros no cartão de crédito pode diminuir a oferta para o consumidor.

O rotativo é oferecido quando não há o pagamento total da fatura do cartão até o vencimento. Essa é a linha de crédito mais cara do mercado e a liberação é automática. Campos Neto participou de almoço promovido pela Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), em Brasília.

— Precisa achar um equilíbrio (...) Estão sendo debatidos vários tipos de soluções. Não quero entrar no mérito, pois entendo que tem opiniões diferenciadas. Se você simplesmente limitar os juros você corre o risco de ter os bancos retirando os cartões de circulação. Por outro lado, a função do parcelado sem juros é muito importante para a economia e consumo — afirmou durante o encontro deste terça.

Fim do rotativo

Na semana passada, o presidente do Banco Central adiantou, em sessão no Senado, que a discussão com bancos sobre o rotativo do cartão de crédito estava sendo direcionada para a extinção dessa modalidade, que tem juro anual próximo de 450% ao ano e, no último levantamento, juro composto de 15% ao mês (pagamento de juro sobre juro).

Em contrapartida, segundo Campos Neto, o consumidor em inadimplência iria quitar o débito de forma parcelada, com juro de 9% ao mês. O chefe do BC também falou da possibilidade de limitar o parcelamento sem juros.

Isso porque a alta de juros no cartão de crédito, segundo ele, é também explicada pelo elevado nível de parcelamento nas compras, com uma média de 13 parcelas por consumidor. Esse prolongamento aumenta o risco de crédito para as instituições financeiras (considerando o potencial dos consumidores não cumprirem com seus compromissos). A consequência são juros mais elevados.

O adiantamento dessa proposta gerou ruídos. Campos Neto reconheceu, também em pronunciamento público, que levou um “puxão de orelhas”, sem citar nomes de quem teria reclamado.

Proteção das vendas

Nesta última segunda, o ministro da Fazenda comentou a discussão e disse que o foco é tratar do rotativo no cartão de crédito. Ele mostrou preocupação com o impacto no bolso do consumidor, ao mexer no parcelamento sem juros, avaliando que esta modalidade representa mais de 70% das compras feitas no comércio.

O tema está sendo trabalhado pela Fazenda, BC, instituições financeiras e Legislativo. Um projeto de lei que já tramita na Câmara, de autoria do deputado Elmar Nascimento (União-BA), ainda terá um parecer divulgado, com nova proposta para o rotativo. O relator do PL é deputado federal Alencar Santana (PT-SP).

Ainda no evento deste terça-feira, o presidente do BC disse que o anúncio pela Petrobras de reajuste nos preços da gasolina e do diesel levará a uma piora nas expectativas de inflação do mercado financeiro.

Ele também avaliou que o mercado financeiro mostra “descrença” com as metas de equilíbrio das contas públicas apresentadas pelo governo, com o arcabouço fiscal.

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