O conselho executivo do Fundo Monetário Internacional aprovou um desembolso de US$ 7,5 bilhões para a Argentina nesta quarta-feira, de acordo com uma declaração do Ministério da Economia do país.
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O ministro da Economia, Sergio Massa, que liderou as negociações com o Fundo, se reunirá com a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, na sede de Washington, ainda hoje. Segundo comunicado, às 18h haverá uma coletiva de imprensa.
Os pagamentos em dinheiro fazem parte de um programa de empréstimo refinanciado de US$ 44 bilhões, o maior do credor, que estende uma tábua de salvação crucial para o governo argentino antes de uma corrida presidencial acirrada.
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A decisão do conselho segue um acordo preliminar de julho que flexibilizou alguns aspectos do acordo, uma vez que a Argentina lutou para cumprir seus termos em meio a uma seca severa que prejudicou as exportações agrícolas e a economia.
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A assessoria de imprensa do FMI não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
O acordo se estenderá após a eleição de outubro, depois que o Fundo, com sede em Washington, combinou sua quinta e sexta revisões. Espera-se que a Argentina receba outro desembolso em novembro, enquanto aguarda uma aprovação separada do conselho. Os fundos serão usados principalmente para pagar o FMI.
Massa, o candidato da coalizão governista peronista, disse aos repórteres na terça-feira que não esperava que o resultado da eleição afetasse o desembolso de novembro. Javier Milei, de extrema direita, saiu das primárias de agosto como o provável líder da corrida.