Economia
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Por — São Paulo

O debate político sobre a taxa de juros é legítimo e, pela centralidade do tema, seria “ingênuo” imaginar que ele não levantaria discussões, afirmou o diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, nesta sexta-feira, em São Paulo, durante o Expert XP 2023.

Desde julho no quadro que compõe o Comitê de Política Monetária do BC, Galípolo indicou o que a autoridade monetária vem buscando formas de melhorar a comunicação. Para ele, “faz parte do processo” ter de conviver com a politização do tema.

— Eu brinquei outro dia em uma reunião que a ata do Copom virou discussão sobre a escalação da seleção brasileira. O Banco Central vinha monitorando isso já vem tentando fazer com que os canais de comunicação tentem transmitir esses temas de uma maneira mais clara. Agora eu acho ingênuo a gente achar que não vai exigir debate político sobre esse tema, que afeta diretamente o vida das pessoas.

A uma plateia formada especialmente por agentes do mercado financeiro, o ex-secretário Especial do Ministério da Fazenda, que era número dois de Fernando Haddad, disse que “não é de hoje que os juros são alvos de debate político” e que o tema tem sido um desafio para as autoridades monetárias em todo o mundo.

Discussões 'republicanas'

Desde o início do ano, o presidente Lula e ministros do governo têm sido vocais sobre as críticas ao patamar elevado dos juros. Nesta sexta-feira, em agenda em Fortaleza, Lula voltou a criticar o presidente do BC, Roberto Campos Neto, chamando-o de “cidadão do Banco Central”. O presidente afirmou iria “continuar brigando" pela redução dos juros.

Galípolo amenizou qualquer incômodo que pudesse haver dentro do BC em relação às críticas duras que o governo têm feito a Campos Neto. Segundo ele, tanto o presidente da autoridade monetária quanto dos diretores do BC acham “legítimo” o debate.

— O presidente do Banco Central e os diretores do BC que estavam lá a todo o momento falaram que achavam legítimo que o presidente da República faça esse debate. A todo o momento eles reafirmaram isso. Acho que foi salutar e republicano — afirmou o diretor do BC, sem especificar quando e em que ocasião as falas aconteceram.

Cenário externo e arcabouço

Galípolo também tratou do cenário atual do câmbio e inflação. O diretor de política monetária do BC atribuiu a piora recente do dólar, em relação ao real, principalmente à pressão externa. A moeda americana encerrou o mês de agosto com alta acumulada de 3,19%, aos R$ 4,95. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, teve queda de 5%.

— A piora das últimas semanas é explicada majoritariamente pelo comportamento mais recente pelo cenário internacional. Se você acompanhar a trajetória das moedas, fica claro quando é um choque externo.

O diretor do BC reiterou que, apesar do choque recente, o Brasil tem se saído melhor que outros pares emergentes. Ele também indicou que as medidas tomadas pelo governo vêm trazendo sendo "premiadas" pelo mercado, e o ceticismo dos agentes financeiros diante da promessa de déficit zero no próximo ano são legítimas, mas devem se dissipar.

— As críticas são legítimas. O arcabouço não é um paper acadêmico, é o resultado de uma construção política. O próximo marcador importante (sobre o fiscal) vai ser a execução do arcabouço.

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