Economia
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Por Bloomberg — Pequim

Autoridades chineses adotaram medidas, no último fim de semana, que ampliaram o desconforto e a desconfiança entre empresas globais. A Foxconn, empresa com sede em Taiwan que é a principal fabricante de iPhones na China e a maior parceira comercial da Apple no país, foi alvo de uma auditoria fiscal.

A empresa também será investigada pelas autoridades que apuram se o uso de terrenos em suas fábricas nas províncias de Henan e Hubei fere as leis locais sobre recursos naturais.

Enquanto isso, um executivo e dois ex-funcionários da WPP, uma das maiores agências de publicidade do mundo, foram presos na China, de acordo com o relato de fontes que pediram o anonimato.

Também veio a público que o governo deteve um funcionário local de uma empresa japonesa de comércio de metais em março, conforme relatado pelo jornal Nikkei no domingo. E não há informações sobre os motivos para esta detenção. E neste mês, um tribunal formalmente acusou um executivo da Astellas Pharma de suspeita de espionagem.

A investida do governo sobre o conglomerado Foxconn fez com que as ações da Hon Hai, principal empresa listada em Bolsa do grupo, despencassem na Bolsa, caindo 10% - limite máximo de perda diário antes de ter suas negociações interrompidas.

A China frequentemente não explica publicamente as medidas tomadas por suas autoridades. Dada a imensa influência do Partido Comunista, essa abordagem pouco transparente na supervisão da economia tem deixado executivos estrangeiros inquietos.

A Foxconn é um alvo surpreendente, e igualmente gigante. A empresa tem sido fundamental para o crescimento da China como uma economia calcada na tecnologia e, com a chancela da Apple, se tornou um símbolo das oportunidades para outras empresas no país.

O CEO da Apple, Tim Cook, visitou a China na semana passada, encontrando-se com o Ministro do Comércio, Wang Wentao. A rara visita do chefe da Apple ocorreu após Pequim proibir alguns funcionários de agências governamentais e empresas estatais de usarem o icônico iPhone da Apple por razões de segurança. O mais recente iPhone 15 também teve um início decepcionante na China.

Pequim intensificou a vigilância sobre empresas ocidentais em meio às crescentes tensões geopolíticas. Em março, as autoridades realizaram uma operação em escritório da empresa de due diligence com sede em Nova York, Mintz Group, em Pequim, e detiveram cinco de seus funcionários chineses. Em abril, a Bain & Co. confirmou que as autoridades chinesas haviam questionado funcionários em seu escritório em Xangai.

No mês seguinte, autoridades de segurança do governo chinês visitaram uma filial da Capvision, uma empresa de consultoria com sede em Nova York e Xangai.

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