Economia
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Por — São Paulo

A avaliação dos brasileiros sobre a economia é negativa, já que 38% consideram o quadro econômico atual como ruim ou péssimo. Mas essa percepção tende a mudar, já que 53% acreditam que a economia vai melhorar nos próximos seis meses. E 45% dos brasileiros acha que a situação já melhorou nos últimos seis meses.

Esse é o resultado da pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira — Economia e População feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O levantamento mostrou que para 22% da população, a situação tende a piorar no mesmo período e 21% acreditam que nada deve mudar.

Foram ouvidas 2.004 pessoas, com mais de 16 anos, nos 27 estados do país, entre os dias 14 e 19 de setembro de 2023. As entrevistas foram feitas pelo Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (IPRI).

O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, observa que a percepção mais positiva para os próximos seis meses é importante porque afeta as decisões de consumo.

— Vemos esse problema na indústria, com demanda baixa, redução do consumo e decisão de investir. Com a mudança de percepção, o brasileiro se sente mais confortável em consumir, inclusive bens de maior valor — diz Azevedo.

Mas o país precisa de um crescimento sustentável para que a qualidade de vida da população se mantenha ao longo do tempo.

"O Brasil ainda precisa de uma política industrial moderna, focada em inovação, e da reforma tributária para atrair investimentos e crescer de forma sustentada. O crescimento econômico é essencial para aumentar a qualidade de vida da população", afirmou em nota o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

A pesquisa mostra que 24% da população considera boa ou ótima a situação atual da economia e 36% afirmam que a situação é regular.

A percepção varia conforme a região do país. No Nordeste, 32% afirmam que o desempenho da economia está ótimo ou bom e 30% ruim ou péssima. No Norte e Centro-Oeste, o percentual de quem assinalou ótima ou boa é de 23% e a avaliação de que está ruim ou péssima é de 44% dos entrevistados.

No Sudeste, 20% marcaram ótima ou boa e 39% assinalaram ruim ou péssima. O Sul tem a pior percepção: a avaliação de 18% da população é de que a economia está ótima ou boa e 43% afirmam perceber a economia como ruim ou péssima.

Apesar da avaliação menos positiva sobre o momento atual da economia, 45% da população considera que a situação já foi pior. Este é o percentual de brasileiros que afirmam que a economia melhorou nos últimos seis meses. E, entre os que consideram a situação da economia atual como ruim ou péssima, 17% avaliam que ela está melhor do que no primeiro trimestre.

Inflação em alta

Para 49% dos brasileiros, os preços dos produtos consumidos por eles aumentaram, no entanto, 32% consideram que os preços diminuíram e 18% disseram que estão iguais nos últimos seis meses. A expectativa é de aumento de preços nos próximos seis meses para 46% da população, enquanto 29% acreditam que a inflação vai começar a cair.

Além disso, 48% dos entrevistados afirmam que as taxas de juros de suas compras ou de suas dívidas aumentaram nos últimos seis meses e 9% disseram que caíram. A projeção para os próximos seis meses para 39% da população é de aumento nos juros dos financiamentos pessoais, enquanto 24% avaliam que os juros devem cair.

Os dados mostram que 33% da população afirma que o desemprego aumentou entre as pessoas próximas nos últimos seis meses, 41% disseram que a situação permanece igual e 22% afirmam que o desemprego diminuiu. A expectativa é de que o desemprego aumente para 30% dos entrevistados e que caia para 31%.

A percepção de aumento da pobreza na região e nos ambientes em que 32% dos entrevistados frequentam se expandiu nos últimos seis meses, permaneceu igual para 49% dos brasileiros e caiu 26%. Para os próximos seis meses, 29% dos brasileiros afirmam que a pobreza ao seu redor vai aumentar e outros 29%, o mesmo percentual, acreditam que a pobreza será menor.

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