Economia
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Por — Milão

A Telecom Italia, controladora da operadora de telecomunicações TIM, fechou neste domingo a venda de sua rede de telefonia fixa para a firma de investimentos americana KKR, um acordo de € 22 bilhões (pouco mais de R$ 115 bilhões), com apoio do governo italiano.

Após uma maratona de reuniões que começou na sexta-feira, o conselho de administração da companhia de telecomunicações aprovou a venda da rede para o gigante americano de private equity, sem condicionar a decisão a um voto dos acionistas, conforme declarado em um comunicado.

A decisão foi tomada apesar da oposição do maior acionista da empresa, a Vivendi – que tem 23,75% do capital da companhia, enquanto 44,2% estão nas mãos de investidores institucionais globais e outros 17,8% pertencem a acionistas em geral.

Redução da dívida

A KKR avaliou a rede em € 18,8 bilhões, mas o valor total do negócio chega a € 22 bilhões com base no que pode ser ganho se a rede for fundida com a da pequena concorrente Open Fiber. O acordo, que a Telecom Italia espera concluir até o verão de 2024, deve permitir à empresa reduzir sua dívida em € 14 bilhões, de acordo com o comunicado.

O conselho não aprovou a oferta da KKR pela unidade de cabos submarinos da Telecom Italia, Sparkle, e estendeu o prazo até 5 de dezembro para verificar a possibilidade de uma oferta mais alta. Essa subsidiária foi anteriormente avaliada em cerca de € 1 bilhão.

A decisão representa uma vitória para o CEO da Telecom Italia, Pietro Labriola, o principal arquiteto do plano de venda da rede, e é um resultado positivo para o governo da primeira-ministra Giorgia Meloni, uma vez que o acordo com a KKR permitirá à ex-estatal monopolista reduzir suas dívidas, ao mesmo tempo em que permitirá ao governo manter a supervisão sobre um ativo considerado estratégico.

Aprovada por 11 votos a favor e três contra, a decisão do conselho foi imediatamente criticada pela Vivendi, que há muito tempo se opõe aos planos de desfazer-se da rede, o ativo mais valioso da Telecom Italia.

Vivendi, principal acionista, quer assembleia

Em uma declaração minutos após o anúncio, a Vivendi disse que “lamenta profundamente” a decisão do conselho e que “utilizará todos os meios legais ao seu alcance para contestar esta decisão e proteger seus direitos e os de todos os acionistas”. O conglomerado de mídia já convocou uma assembleia geral extraordinária na qual poderia tentar reunir apoio para interromper a venda.

A Telecom Italia procurou vender a rede por meses. Embora a empresa seja de propriedade privada, o governo de Meloni e o governo anteior, liderado por Mario Draghi, desempenharam um papel fundamental na elaboração de um acordo que permitiria ao governo manter influência, dada a quantidade de empregos da empresa e a importância geopolítica da rede de telecomunicações que controla.

Conseguir a aprovação do conselho tornou-se ainda mais complicado no fim do mês passado, depois que uma empresa de investimentos com sede em Londres, a Merlyn Advisor., apresentou um plano surpresa para interromper a venda e substituir Labriola.

Embora a Merlyn possua publicamente apenas cerca de 0,006% da Telecom Italia, a proposta obteve imediatamente apoio da Vivendi, que pediu pelo menos € 30 bilhões para vender o ativo. Em uma declaração após a decisão do conselho, a Merlyn disse que buscará ação legal para interromper a venda e, assim como a maior acionistas da companhia, convocou uma assembleia de acionistas.

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