A abertura do mercado livre de energia para todos os consumidores de média e alta tensão, no chamado grupo A, a partir de janeiro, vai permitir que 165 mil empresas de pequeno e médio porte possam escolher seu próprio fornecedor de eletricidade, além das concessionárias tradicionais.
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Hoje, esse mercado conta com 37 mil consumidores, a maior parte formada por grandes companhias industriais. A promessa de consultorias e empresas do segmento é que a maior concorrência na oferta pode gerar reduções de até 30% na conta de luz.
Assim, hotéis, restaurantes e padarias, por exemplo, já começam a fazer os cálculos para trocar de fornecedor de eletricidade. Segundo a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) , mais de 8.700 empresas já pediram a migração para o mercado livre a partir de 2024.
O mercado de média e alta tensão inclui empresas que precisam de equipamentos que consomem maior quantidade de energia. E por isso, precisam, na prática, de uma rede mais robusta de eletricidade. Em geral, as contas mensais são acima de R$ 10 mil. Com a nova regra, cai a barreira de consumo mínimo de 500 kW mensais para entrar no mercado livre.
— O setor de energia vai romper a fronteira do mercado de varejo — disse Rodrigo Ferreira, presidente da Abraceel.
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!["Se não investir em renováveis, a Petrobras perde importância", diz Sérgio Gabrielli (2005-2012). Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/ZxXMM0PauBoai0pLL7mXJmWwnM0=/0x0:639x418/648x248/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/t/A/7RZDY3SEa8TinzBFfGhg/sergio-gabrielli-domingos-peixoto-agencia-o-globo-7-out-2010.jpg)
!["Se não investir em renováveis, a Petrobras perde importância", diz Sérgio Gabrielli (2005-2012). Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/jGGNhvbA8ZYIuo_P-UdkvVpy-Bk=/639x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/t/A/7RZDY3SEa8TinzBFfGhg/sergio-gabrielli-domingos-peixoto-agencia-o-globo-7-out-2010.jpg)
"Se não investir em renováveis, a Petrobras perde importância", diz Sérgio Gabrielli (2005-2012). Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo
![“A sociedade quer a descarbonização, tem direito a ela e não há como ignorá-la", diz Graça Foster (2012-2015) Foto: Divulgação/Agência Petrobras](https://s2-oglobo.glbimg.com/J_o6td0OXiyo98Vkiktq9U7UbsE=/0x0:598x399/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/A/z/tlNEOmRsABWBm9WG1yvQ/maria-da-graca-foster-divulgacao-agencia-petrobras.jpg)
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“A sociedade quer a descarbonização, tem direito a ela e não há como ignorá-la", diz Graça Foster (2012-2015) Foto: Divulgação/Agência Petrobras
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![“A empresa sofre com mudanças frequentes de gestão. Não pode deixar de atender esse desafio”, diz Pedro Parente (2016-2018) Foto: Jorge William/Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/qaaLGpLVnRTkhBSdjVwi87qJpOA=/0x0:627x417/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/J/D/uVzriYRzmOtMPLTost4Q/pedro-parente-jorge-william-agencia-o-globo.jpg)
![“A empresa sofre com mudanças frequentes de gestão. Não pode deixar de atender esse desafio”, diz Pedro Parente (2016-2018) Foto: Jorge William/Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/5drbgj12T6c8IjJtOMjoFmeuIhM=/627x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/J/D/uVzriYRzmOtMPLTost4Q/pedro-parente-jorge-william-agencia-o-globo.jpg)
“A empresa sofre com mudanças frequentes de gestão. Não pode deixar de atender esse desafio”, diz Pedro Parente (2016-2018) Foto: Jorge William/Agência O Globo
![“A Petrobras pode ser muito produtiva e relevante caso seja privatizada”, diz Roberto Castello Branco (2019-2021) Foto: AFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/EXRryf3WTwEoPTXD1ZEhse1W00c=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/k/H/4nDdjfSEOtPB9SB9YKeQ/roberto-castello-brancoafp.jpg)
“A Petrobras pode ser muito produtiva e relevante caso seja privatizada”, diz Roberto Castello Branco (2019-2021) Foto: AFP
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![“Petróleo e derivados são ‘commodities’. Tentar controlá-los é como controlar a gravidade”, diz Joaquim Silva e Luna (2021-2022) Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil](https://s2-oglobo.glbimg.com/dI2vzzJXA4eMTom9mvIqdNo7wog=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/D/Y/WDH7ceTh2AAXYNTFOxow/joaquim-silva.jpg)
“Petróleo e derivados são ‘commodities’. Tentar controlá-los é como controlar a gravidade”, diz Joaquim Silva e Luna (2021-2022) Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil
![“A Petrobras pode ser indutora do crescimento, mas não deve investir ema qualquer coisa”, diz José Mauro Coelho (2022) Foto: PR](https://s2-oglobo.glbimg.com/Gj4r4R6-pQbYMex0wjxXmh-aK48=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/i/F/uk8upWRTSJur9Gub3CDQ/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2022-4-6-20-1649286538526.jpg)
“A Petrobras pode ser indutora do crescimento, mas não deve investir ema qualquer coisa”, diz José Mauro Coelho (2022) Foto: PR
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Prazo de um a cinco anos
Mas, para especialistas, é preciso cuidado e atenção extra antes de aderir ao mercado livre. Isso porque as comercializadoras responsáveis por vender a eletricidade precisam entender a empresa e oferecer pacotes específicos com previsão de consumo para os diferentes meses do ano.
Além disso, diferentemente da concessionária, no mercado livre são firmados contratos que podem variar de um ano a cinco anos com diferentes índices de reajuste anual. Por isso, destacam especialistas, é importante estar atento ao contrato antes de aderir.
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Para as empresas, a redução de preço ocorre em razão da maior diversidade de fontes que são escolhidas pelos comercializadores — já são 93 empresas credenciadas e 39 em processo de autorização — na hora de vender a energia, que pode ser ajustada de acordo com os preços no mercado e condições hidrológicas.
Já o mercado cativo tem preços maiores, pois há diversos custos que incidem na conta do consumidor final para compensar momentos de pouca chuva, com a contratação de termelétricas, por exemplo, que têm energia mais cara do que outras fontes.
Assim, a Urca Trading, associada do Grupo Urca Energia, quer conquistar 2 mil clientes até o fim de 2024. O objetivo do grupo é atuar em nichos de mercado voltados para clientes com fatura mensal de, pelo menos, R$ 10 mil.
Dante Beneveni, CEO da Urca Trading, diz que vão ser desenvolvidos produtos específicos para cada setor com base no consumo. Outro pilar é criar, por meio da área de inteligência, ações para evitar o desperdício. Segundo ele, a estratégia envolve a venda de energia com certificado que rastreia e comprova a origem renovável:
— A abertura do mercado livre é uma grande transformação para a economia brasileira e permitirá tornar indústrias e varejo mais competitivos. Nossa ideia é oferecer uma solução simples e sem burocracia para quem quer migrar.
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A preferência por fontes renováveis e preço menor fizeram a indústria de alimentos Reffinato buscar o mercado livre. Segundo Jean Carlo Farina Busetto, CEO da companhia, a decisão foi tomada após ver outras empresas de porte similar aderirem:
— A saída do mercado cativo é simplesmente por questão do alto custo que temos hoje na indústria. O mercado livre é uma alternativa para reduzir consideravelmente nossos gastos com energia. E ainda conseguimos optar pela fonte de geração. Negociamos o contrato para cinco anos.
Segundo Vinicius Santos, CEO do LSH Hotel, na Barra da Tijuca, no Rio, a migração para o segmento em que o cliente escolhe o fornecedor de energia reduziu a conta em até 30%:
— Essa mudança nos permitiu ter mais previsibilidade do consumo, além de não ter alteração do valor pago pela energia no horário de pico. A ideia original era colocar placas solares, mas devido ao projeto estrutural do hotel não conseguimos avançar, por não ter área disponível para a instalação das placas. Direcionamos os estudos para o mercado livre de energia.
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Flexibilidade do contrato
Rodrigo Morais, diretor comercial no Grupo Safira, explica que há falta de conhecimento sobre o mercado livre. A companhia, que conta com mais de mil clientes no segmento, vem investindo em produtos mais simples, de entrada. Ele lembra que grandes indústrias contam com departamentos de energia, o que ajuda a montar uma estratégia de compra de eletricidade. O mesmo não ocorre entre pequenas e médias empresas.
— Um dos desafios é que nem sempre essa empresa sabe o que vai consumir de energia, seja a mais ou a menos a depender de períodos de alta e baixa temporada, como em hotéis ou no setor de gastronomia. Por isso, a ideia é buscar contratos que tenham flexibilidade. Se o contrato não for bem feito, pode haver cláusulas de compra de energia no mercado à vista, o que vai depender das condições no momento — afirmou Morais.
Nova composição: Presidente e diretores do Banco Central
![Roberno Campos Neto, presidente do Banco Central — Foto: Raphael Ribeiro/BCB](https://s2-oglobo.glbimg.com/qJfwkzrSB6zH5ZHhajfadn2V0RI=/0x0:799x523/648x248/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/L/5/LUA3gNQcA0LBMZuDzwXw/raphael-ribeiro.jpg)
![Roberno Campos Neto, presidente do Banco Central — Foto: Raphael Ribeiro/BCB](https://s2-oglobo.glbimg.com/_Yze9bgD4OqW0PAAq72rhceqz2M=/799x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/L/5/LUA3gNQcA0LBMZuDzwXw/raphael-ribeiro.jpg)
Roberno Campos Neto, presidente do Banco Central — Foto: Raphael Ribeiro/BCB
![Gabriel Muricca Galípolo - Diretor de Política Monetária — Foto: Pedro França/Agência Senado](https://s2-oglobo.glbimg.com/OBLOCk_k3tRNmwMoNU1Hf_iiLbo=/0x0:799x533/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/o/s/ZuErAPT4aIbGuTbUNRxw/53022363349-cca73851a0-c-1-.jpg)
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Gabriel Muricca Galípolo - Diretor de Política Monetária — Foto: Pedro França/Agência Senado
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![Ailton Aquino dos Santos - Diretor de Fiscalização — Foto: Pedro França/Agência Senado](https://s2-oglobo.glbimg.com/xCsp0sfDNhTDbZ27ginQviwcCCw=/0x0:799x533/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/a/W/ZGsnccTXu2u9XUSlaPbA/53022382011-aa7bc23d68-c.jpg)
![Ailton Aquino dos Santos - Diretor de Fiscalização — Foto: Pedro França/Agência Senado](https://s2-oglobo.glbimg.com/Ij7I51Gmy_YxkSXT1NNym37_tDA=/799x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/a/W/ZGsnccTXu2u9XUSlaPbA/53022382011-aa7bc23d68-c.jpg)
Ailton Aquino dos Santos - Diretor de Fiscalização — Foto: Pedro França/Agência Senado
![Carolina Barros, diretora de Administração — Foto: Raphael Ribeiro/BCB](https://s2-oglobo.glbimg.com/fAp769EuGmwg7lezp9hp2mJZcjU=/799x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/I/U/EyRaQaSOCsUf9A5NlgDw/diretora-de-administracao-carolina-barros.jpg)
Carolina Barros, diretora de Administração — Foto: Raphael Ribeiro/BCB
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![Diogo Abry Guillen, diretor de Política Econômica — Foto: Raphael Ribeiro/BCB](https://s2-oglobo.glbimg.com/SXOdD7veQ099ZyZhrAWxUSFhfqo=/799x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/A/K/c11fmHQOyzZURc61mUPA/diretor-de-politica-economica-diogo-abry-guillen.jpg)
Diogo Abry Guillen, diretor de Política Econômica — Foto: Raphael Ribeiro/BCB
![Maurício Moura, diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta — Foto: Raphael Ribeiro/BCB](https://s2-oglobo.glbimg.com/LhV7kr83n_UlSYxcf5TYxLdNODs=/799x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/q/R/hpZtukTUGHrfxSJU62KA/mauricio-moura-diretor-de-relacionamento-cidadania-e-supervisao-de-conduta.jpg)
Maurício Moura, diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta — Foto: Raphael Ribeiro/BCB
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![Renato Dias de Brito Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução — Foto: Alessandro Dantas/PT no Senado](https://s2-oglobo.glbimg.com/oOKm4-wgbhiyNRuq9ln1Mw9-5Xs=/799x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/L/Y/buuK3KSsSShW1mNXtyBQ/renato-foto-alessandro-dantas.jpg)
Renato Dias de Brito Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução — Foto: Alessandro Dantas/PT no Senado
![Otávio Damasco, diretor de Regulação — Foto: Raphael Ribeiro/BCB](https://s2-oglobo.glbimg.com/ETCOCP2MpFbX4zOBpbvZ2EmSYaE=/799x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/S/7/s2mpC2RP2hPb2aTE0t7Q/otavio-damasco-diretor-de-regulacao.jpg)
Otávio Damasco, diretor de Regulação — Foto: Raphael Ribeiro/BCB
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![Fernanda Guardado, diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos — Foto: Raphael Ribeiro/BCB](https://s2-oglobo.glbimg.com/kz6LFrTe85k-vwnEOeAPu3q2LOA=/602x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/Q/I/0yrMFTRoiXo7rhHozPDA/e62a7332-4b42-4329-80eb-22dc4f9d5be4.jpg)
Fernanda Guardado, diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos — Foto: Raphael Ribeiro/BCB
Para João Sanches, fundador e CEO da Trinity Energias Renováveis, haverá mais oportunidades para o consumidor. Ele avalia que as empresas precisam fornecer um serviço customizado com base no volume previsto, que pode variar de acordo com a sazonalidade, como ocorre em uma faculdade, uma sorveteria ou uma padaria.
— O consumo é maior dependendo da época do ano. Entrar no mercado livre é algo que tem que ser bem estudado, apesar do preço menor, pois, se a empresa quiser voltar, vai depender de a concessionária aceitar — diz Sanches, que tem 1.200 clientes e quer chegar a 2 mil no fim de 2024.
Mas o preço menor ainda é o grande chamariz. Antonio Marques, que comanda uma franquia de loja Habibs no Rio, vai mudar, pois, segundo ele, o mercado cativo tem custo alto sem possibilidade de negociar.
— O preço foi um aspecto de peso enorme na nossa escolha. Pesquisamos a comercializadora com calma após verificarmos que é uma empresa séria.
Na Ecom, comercializadora que tem 700 pontos de consumo no mercado livre, a previsão é chegar a 20 mil clientes em 2027. Felipe Sapucahy, diretor comercial da companhia, diz que a mudança para o mercado livre exige atenção, pois é preciso entender o apetite a risco de cada cliente:
—Existem produtos em que os preços de energia são fixados e outros em que é garantida uma redução percentual fixa em relação ao mercado cativo. Cada um tem as suas vantagens, sendo parte do nosso trabalho explicar as diferenças para o cliente tomar a melhor decisão dentro do seu perfil.
Douglas Ludwig, diretor Executivo da Ludfor Energia, destaca como vantagem a possibilidade de trabalhar 24 horas por dia com o mesmo preço da energia, não precisando mais usar geradores no horário de pico.
— A perspectiva de crescimento para 2024 é de 23% a 25%. E nós devemos, já no primeiro trimestre, chegar a 3 mil unidades consumidoras em todo o Brasil — diz ele, que contabiliza 2.700 clientes.
De olho na chegada de novas empresas, a Enel Trading, comercializadora do Grupo Enel, está criando produtos para atender a esse novo público. A estratégia, diz Dario Miceli, diretor de Trading e Comercialização, é iniciar com soluções simplificadas para 99% dos novos consumidores com contratos de três anos:
— Hoje, muitas empresas podem escolher ainda a fonte de energia que querem para serem abastecidos, como as renováveis.