Economia
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Contrariando expectativas de analistas que esperavam uma Black Friday com faturamento superior ao de 2022, até as 19h59 desta sexta-feira, o faturamento havia atingido R$ 2,9 bilhões. O valor é 13,1% menor do que o registrado no ano passado em igual período de tempo, de acordo com a Neotrust, empresa de dados com foco no comércio digital, que previa uma alta de 12%.

A redução também acontece na quantidade de pedidos, que foi 12,9% menor que em 2022, alcançando 4,3 milhões até as 20h.

Para o head de vendas da Neotrust, Luís Otávio Cambraia, o resultado é reflexo da redução de vendas de celulares e aparelhos de TV que, apesar de serem os dois itens de maior procura deste ano, apresentaram demanda menor se comparada ao ano passado.

— Grande parte dessa perda vem da categoria de telefonia, que é muito importante, e está caindo por volta de 30%, no caso celulares, e também em TVs, que apresentam queda em relação ao ano passado — afirma.

Tíquete médio também cai

O médico Marcos Fernandes, de 27 anos, por exemplo, está monitorando preços de celulares pela internet, mas só pretende comprar o aparelho se achar o preço vantajoso. Hoje, ele até esteve em um Shopping em Botafogo, na Zona Sul do Rio, mas sua prioridade não era adquirir um celular.

O médico Marcos Fernandes, 27 anos, foi ao shopping Rio Sul, na Zona Sul do Rio, nesta Black Friday — Foto: Beatriz Orle / Agência O Globo
O médico Marcos Fernandes, 27 anos, foi ao shopping Rio Sul, na Zona Sul do Rio, nesta Black Friday — Foto: Beatriz Orle / Agência O Globo

— Caso eu veja que o aparelho que eu quero, atingiu um valor melhor do que tenho visto, eu compro ainda hoje. Mas, se eu não ver tanta diferença, eu aguardo, pois não é uma prioridade.

Até mesmo o tíquete médio, que na manhã desta sexta-feira chegou a registrar crescimento de 0,8%, apresentou ligeira queda de 0,2% no balanço das 20h da Neotrust, para R$ 668,07, na comparação a igual período do ano passado.

Principais categorias em queda

Entre os produtos mais vendidos, destaque para os eletrodomésticos com 264 mil pedidos e faturamento de R$ 558 milhões, queda de 4,4%. Em seguida, eletrônicos com 222 mil pedidos e R$ 392 milhões em faturamento — queda de 18,6%.

Telefonia teve 155 mil pedidos e R$ 321 milhões em faturamento — queda de 35,1%. E, por fim, moda e acessórios com 705 mil pedidos e R$ 190 milhões em faturamento — queda de 0,2%.

Nesta sexta-feira teve consumidor que preferiu ir até as lojas físicas em busca das melhores oportunidades. É o caso da administradora Gabriela Barbosa, de 26 anos, que até monitorou, pela internet, os preços de roupas, cosméticos e maquiagens, mas escolheu ir até o Shopping Rio Sul, no Rio de Janeiro, para fechar negócio.

— Vir direto à loja está valendo mais a pena do que comprar on-line, porque vejo muitos lugares cobrindo as ofertas da internet, promoções do site que estão valendo aqui também. Além disso, consigo experimentar as peças de roupa e escolher melhor.

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