Economia
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Por — Brasília

O Brasil assumiu, em 1º de dezembro, a presidência rotativa do G20, grupo que reúne as principais economias do planeta. Até novembro de 2024, serão mais de 120 reuniões de trabalho espalhadas por 13 cidades do país, com o desafio de pautar no debate internacional as três principais bandeiras do terceiro mandato do presidente Lula: combate à fome e à pobreza, à mudança climática e a reforma da governança global. Os encontros do G20 no Brasil começam já em dezembro.

O G20 reúne as 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e, a partir deste ano, a União Africana. O grupo responde por cerca de 85% do PIB mundial, 75% do comércio internacional e dois terços da população mundial.

O resultado final da agenda de trabalho construída ao longo deste ano será apresentado na Cúpula de Líderes do G20, prevista para acontecer nos dias 18 e 19 de novembro do Rio de Janeiro. Até lá, representantes dos países vão debater propostas, ideias e soluções para as principais pautas internacionais, que vão nortear a declaração final dos presidentes e as cooperações que serão estabelecidas entre os países membros.

Primeiras agendas

A primeira agenda da presidência brasileira será dos dias 11 a 15 de dezembro, e Brasília, no Palácio do Itamaraty, com uma reunião das duas trilhas que norteiam os trabalhos do G20: Sherpas e Finanças. É a primeira vez que os membros dos dois grupos se reunirão no começo de um novo mandato.

No encontro, a ideia do governo brasileiro é apresentar os pilares da gestão e tentar unir desde o princípio o debate político com as soluções financeiras. Uma das propostas que será levada pelo governo brasileiro é uma iniciativa global para a erradicação da pobreza e combate à fome e à desnutrição. Começarão, ainda, as negociações sobre as declarações e outros atos a seres adotados pelos líderes do G20 na cúpula do Rio de Janeiro.

Cronograma de trabalho

Ao todo, serão 130 reuniões de grupos de trabalho ao longo do ano espalhadas por 13 cidades do país: Brasília (DF), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Foz de Iguaçu (PR), Maceió (AL), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Salvador (BA), São Luís (MA) e Teresina (PI).

A primeira reunião de chanceleres está prevista para acontecer em fevereiro, no Rio de Janeiro, nos dias 21 e 22. Nela, a expectativa é que os principais temas da agenda global sejam pautados, além dos principais eixos da presidência do Brasil.

Ainda em fevereiro, haverá a primeira reunião ministerial de Finanças, em São Paulo, com os presidentes dos Bancos Centrais.

Em abril, a previsão é que haja uma reunião no FMI com Finanças e Banco Central e uma outra de Finanças com presidentes dos Bancos Centrais em Washington, em outubro. Ao todo, a Trilha de Finanças terá quatro reuniões.

Em setembro, haverá uma segunda reunião de chanceleres em Nova York, junto com a Assembleia-Geral da ONU, uma iniciativa da gestão brasileira. Tradicionalmente, ocorre apenas uma reunião de chanceleres. No encontro, a proposta é que o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, tentar repactuar a governança internacional com base no avanço das discussões dos outros pilares da gestão brasileira.

Em novembro, acontecerão no Rio de Janeiro as últimas reuniões da presidência brasileira. Além de um encontro de sherpas, haverá, ainda, a Cúpula Social, nos dias 15 a 17 de novembro, e Cúpula de Líderes do G20, prevista para os dias 18 e 19 de novembro de 2024.

A presidência brasileira no G20

A presidência do G-20, inédita para o Brasil, é considerada o ponto alto da agenda internacional de Lula e o evento mais importante para a posição internacional do país. O Brasil assume o comando do grupo da Índia, e passará para a África do Sul em dezembro de 2024.

— Eu queria lembrar os companheiros que possivelmente seja o mais importante evento internacional que o Brasil vai assumir a responsabilidade de coordenar. São as 20 maiores economias do mundo, são, junto com os convidados que sempre vêm, a gente vai ter aqui no Brasil uma reunião histórica para o nosso país e uma reunião que espero que possa tratar dos assuntos que nós precisamos parar de fugir e tentar resolver os problemas — afirmou Lula durante abertura da Comissão Nacional do G20, na última semana.

O que é o G20

O G20 reúne as 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e, a partir deste ano, a União Africana. O grupo responde por cerca de 85% do PIB mundial, 75% do comércio internacional e 2/3 da população mundial.

São membros fixos do G20, além do Brasil, África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia, União Africana e a União Europeia.

A presidência brasileira terá ainda oito países convidados: Angola, Egito, Nigéria, Espanha, Portugal, Noruega, Emirados Árabes Unidos e Singapura. Desde o primeiro mandato de Lula, a política externa tem buscado um alinhamento com outros países em desenvolvimento. Na lista, constam três países da África: Angola, Egito e Nigéria.

O G20 nasceu em 1999 como um fórum de ministros de Fazenda e presidentes de Bancos Centrais. Em 2008, durante a crise econômica mundial, os chefes de governo entraram em cena e o Brasil mobilizou os países membros para o enfrentamento da crise.

Como o G20 funciona

O G20 é organizado em duas faixas de atuação, a Trilha de Sherpas e a Trilha de Finanças. A primeira é comandada por representantes pessoais dos líderes do G20, que supervisionam as negociações, discutem pontos que formam a agenda internacional e coordenam a maior parte do trabalho. O sherpa indicado pelo governo brasileiro é o embaixador Maurício Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty.

Já a Trilha de Finanças é responsável pelo debate dos assuntos econômicos e é comandada pelos ministros da Fazenda e presidentes dos Bancos Centrais dos países-membros. No Brasil, a coordenação desta trilha ficará com a economista e diplomata Tatiana Rosito, secretária Internacionais do Ministério da Fazenda.

Cada trilha é formada por grupos de trabalhos temáticos, herdados das gestões anteriores e já incorporados na rotina de trabalho do G20. Na de sherpas, serão 15 grupos, enquanto na de Finanças, sete.

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