Economia
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Por Bloomberg

Os ataques dos Estados Unidos e do Reino Unido no Iêmen fizeram como que as cotações do petróleo subissem com força na manhã desta sexta-feira.

O barril do tipo Brent, referência global, subia 2,5% e, por volta das 6h30 de hoje, era cotado a US$ 79. Já o petróleo tipo Texas (WTI), referência nos EUA, avançava 3,26%, a US$ 74,37.

Os bombardeios por drone tiveram como alvo posições dos rebeldes Houthi no Iêmen. O grupo, nas últimas semanas, realizou ataques no Mar Vermelho, prejudicando uma importante rota de navegação rumo ao Canal de Suez.

O presidente Joe Biden afirmou que os ataques foram realizados contra diversos alvos utilizados pelo grupo apoiado pelo Irã, e autoridades dos EUA disseram que foram atingidos locais de radares e lançadores de mísseis.

Os Houthi controlam partes do território do Iêmen e fazem parte do “eixo de resistência”, um grupo de movimentos armados hostis a Israel e apoiados pelo Irã que inclui também o Hamas e o Hezbollah. E tem realizado os ataques no Mar Vermelho em apoio ao Hamas, por conta de sua guerra com Israel em Gaza.

Os Houthis têm disparado mísseis contra navios quase que diariamente nos últimos dois meses e prometeram não parar até que Israel termine seu ataque a Gaza.

Temor que tensões no Oriente Médio aumentem

Analistas temem que a reação de EUA e seus aliados no Iêmen aumente as tensões no Oriente Médio.

O principal risco de alta para os preços é se o Irã for envolvido diretamente no conflito, o que poderia ameaçar a produção e os fluxos em uma região que produz um terço do petróleo bruto do mundo.

- A intensificação do conflito sugere um maior potencial de interrupções e a necessidade de desvio de navios, o que ajuda os preços - disse Warren Patterson, chefe de estratégia de commodities do ING Groep NV. - Entretanto, o maior risco é se isso se espalhar e começarmos a ver ameaças aos fluxos que saem do Golfo Pérsico. Embora acreditemos que o risco disso seja baixo, o impacto seria significativo.

Proprietários de petroleiros param de enviar navios para a região

Os proprietários de petroleiros pararam de enviar seus navios através do sul do Mar Vermelho na sexta-feira, depois dos ataques aéreos dos EUA e do Reino Unido no Iêmen, os exemplos mais claros de interrupção dos fluxos de petróleo desde que militantes Houthi começaram a atacar navios comerciais.

Pelo menos três empresas, que entre elas comandam mais de 350 petroleiros, disseram que estavam interrompendo as viagens pela área. É provável que muitos outros proprietários tenham seguido o exemplo após o conselho das forças militares ocidentais de que todos os navios deveriam ficar longe. Os transportadores de granéis sólidos e de gás liquefeito também pareciam evitar o Mar Vermelho.

Tesla e Volvo paralisam produção em fábricas

A Volvo Car anunciou que vai suspender a produção em sua fábrica na Bélgica na próxima semana em resposta aos ataques ao navios no Mar Vermelho que interromperam a cadeia de abastecimento da empresa. A decisão da empresa acompanha a Tesla, que disse à Reuters que também paralisará a maior parte da produção em sua fábrica do Modelo Y, perto de Berlim, de 29 de janeiro a 11 de fevereiro.

A decisão da Volvo acontece depois que os navios tiveram que ser redirecionados para evitar a violência em uma das rotas marítimas mais movimentadas do mundo, atrasando a entrega de caixas de câmbio, de acordo com um porta-voz.

Mapa mostra rota alternativa ao Mar Vermelho — Foto: Editoria de arte
Mapa mostra rota alternativa ao Mar Vermelho — Foto: Editoria de arte

A empresa não vê que as interrupções tenham impacto na sua capacidade de atingir metas globais de atacado ou produção, acrescentou.

Biden diz que 'não hesitará' em agir contra houthis

- Não hesitarei em tomar medidas adicionais para proteger nosso povo e o livre fluxo do comércio internacional, conforme necessário- afirmou.

O Irã, por sua vez, condenou os ataques, com o Ministério das Relações Exteriores dizendo que eles apenas alimentariam a insegurança e a instabilidade em toda a região, já que os Houthis disseram que não seriam dissuadidos.

Os ataques aéreos são uma aposta para os EUA e o Reino Unido, que afirmaram repetidamente que sua prioridade é impedir que o conflito entre Israel e Hamas se espalhe. Há preocupações por parte da Arábia Saudita e de outras nações de que tal ação inflame as tensões e, após a ação liderada pelos EUA, Riad pediu moderação.

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