Os reguladores de segurança da aviação dos EUA descobriram que a Boeing não cumpriu os requisitos de qualidade de fabricação em "várias" ocasiões, de acordo com uma auditoria iniciada em resposta a um quase acidente envolvendo um novo jato 737 Max 9 da Alaska Airlines em janeiro.
As falhas foram encontradas tanto na Boeing quanto na Spirit AeroSystems Holdings, que fabrica a maior parte da fuselagem do 737, informou a Administração Federal de Aviação (FAA na sigla em inglês) em um comunicado nesta segunda-feira.
O órgão regulador dos EUA enviou mais de uma dúzia de inspetores para as fábricas da Boeing e da Spirit depois que um painel da fuselagem explodiu do jato do Alasca que estava no ar. Suas conclusões foram divulgadas dias depois que a FAA emitiu uma análise contundente das deficiências na cultura de segurança da Boeing.
A partir daí, a agência deu à empresa 90 dias para elaborar um plano abrangente para corrigir essas deficiências.
"A FAA identificou problemas de não conformidade no controle do processo de fabricação da Boeing, no manuseio e armazenamento de peças e no controle de produtos", disse a agência no comunicado.